Pesquisar este blog

domingo, 31 de julho de 2011

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL - 3ª PARTE



PROGRAMA DE AULA

Como repartir o tempo:
Adultos e crianças

Adultos                       Crianças

5 min – abertura                            5 min - abertura
2 min - oração                                2 min - oração
45 min – Exposição                        10 min – Período missionário
8 min – Fixação                             4 min - Visitantes
                                                            9 min - Cânticos
                                                            20 min – Lição Bíblica
                                                            10 min – Fixação




ORAÇÃO

Orai sem cessar” – 1 Ts 5.17.

A – Propósito
  • Reconhecer a presença de Deus
  • Buscar as suas bênçãos
  • Ensinar as crianças a orar

B – Preparo
Converse com as crianças:
  • O que é
  • Porque fechar os olhos
  • O que falar
  • Orar em nome de Jesus – Jo 16.24.
  • Formar atitude de respeito.

C- Anotações
  • Período de oração: breve.
  • Linguagem simples / Pedir coisas concretas.
  • Com repetição/ deixe a criança a vontade
  • Pedir para criança já salva(crente) orar.

D – Disciplina
  • Insista na atenção e reverência.
  • Use tom baixo e solene
  • Se houver desordem na sala, para restabelecer a ordem.


CÂNTICOS
Cantai ao Senhor um cântico novo, cantai ao Senhor, todas as terras” Sl 96.1.

A – O valor
  • É bíblico – Sl 33.1-3; Sl 92.1.
  • Prepara o coração.
  • Ensina verdades bíblicas.
  • Leva a mensagem de salvação.

B – Sua escolha
  • Alvo: relacionado com a lição, tema, revista, etc.
  • Letras fáceis.
  • Mensagem espiritual.
  • Música própria para a idade
  • Ambiente.

C – Anotações
  • Visualizar
  • Cantar uma vez sozinho/ frase por frase.
  • Explicar palavras difíceis
  • Observar a pronúncia correta
  • Fazer gestos

D – Observações
  • Não arraste
  • Evite “competições” ou “apresentações”.


MEMORIZAÇÃO DE VERSÍCULOS

A – Razões
- O exemplo de Jesus - Mt 4.4,7,10; Jo 6.4,5.
  • Para estar equipado – 2 Tm 3.16,17.
  • Porque é a Palavra de Deus - 2 Pe 1.20,21.
  • O Espírito poderá usar quando lhe aprouver – hb 4.12.

B – Como ter a Palavra no coração? Sl 119.11.
  • O segredo é repetir, repetir, repetir.
  • Repetir em voz alta.
  • Orar ao repetir
  • Memorizar por parte, com referência.
  • Usar em ocasiões possíveis.
  • Falar dele com outras pessoas.
  • Fazer lembretes.

C – Como ensinar
  • Ler na Bíblia.
  • Explicar palavras difíceis/ ensino.
  • Repetir referência.

D - Utilizar métodos variados
  • Quadro-negro/ flanelógrafo.
  • Cartazes
  • Musicados / quebra-cabeças
  • Varal/figuras/diferentes

E - Anotações
  • Incentivos (concursos/prêmios).
  • Escolha versículo relacionado com a lição
  • Leia diretamente na Bíblia
  • Exija perfeição
  • Recorde versículos já memorizados.












quarta-feira, 27 de julho de 2011

A Escola Dominical Moderna.


Gloucester, massa - csp0250651
  1. O movimento religioso que nos deu a Escola Dominical como temos hoje, começou em 1780, na cidade de Gloucester, no sul da Inglaterra. O fundador foi Robert Raikes, de 44 anos, redator do jornal local. Raikes foi inspirado a criar a Escola Dominical movido por dois sentimentos principais: 1º) O grande número de crianças pobres que perambulavam pelas ruas da cidade sem um destino aparente. e que devotavam à pilhagem, ao vício e à ociosidade, sem nenhuma orientação espiritual. 2º) Há 15 anos ele trabalhava entre os detentos da prisão local, e viu que este seria o destino daquelas crianças no futuro. A princípio foi muito criticado pelos líderes de sua Igreja, como fundador de uma coisa desnecessária, e foi acusado por alguns mais zelosos de profanador do Domingo.
  2. De acordo com as diretrizes de Raikes, nas reuniões dominicais, além do ensino das Escrituras, era também ministrado às crianças rudimentos de linguagem, aritmética e instrução moral e cívica. O ensino das Escrituras consistia quase sempre de leitura e recitação. Em seguida teve início a prática de comentar os versículos lidos. Muito depois é que surgiram as Revistas da Escola Dominical.




Alguns fatos históricos:
  1. Ao fundar a primeira Escola Dominical em 20.07.1780, Raikes estabeleceu o seguinte: Desenvolver inicialmente uma fase experimental e dependendo dos resultados obtidos, divulgaria ao mundo sua experiência. Mal sabia ele que estava lançando os fundamentos de uma obra espiritual que atravessaria os séculos e alcançaria o globo, chegando até nós. Seria a maior agência de ensino da Palavra de Deus de que a Igreja dispõe.. Nessa fase experimental – 1780-1783, Raikes fundou 7 escolas dominicais somente em sua cidade, tendo cada uma cerca de 30 alunos. Os abençoados frutos do trabalho logo surgiram entre as crianças, refletindo isso profundamente nos pais. Estava dando certo a experiência com a Palavra de Deus!
  2. Foi no dia 3 de novembro de 1783 em que Raikes triunfalmente publicou em seu jornal a transformação ocorrida na vida de duas crianças. Até hoje: 03.11.1783 é considerado como o dia natalício da Escola Dominical. Os benditos e abundantes resultados causaram tal impacto no modo de vida da sociedade, que um ano após – 1784, Raikes era o homem mais popular da Inglaterra. Então as Igrejas começaram dar apoio à obra de Raikes e a Escola Dominical passou das casas particulares para os templos.
  3. Em 1784, isto é quatro anos após o início do movimento, a Escola Dominical já contava com 250 mil alunos.
  4. Quem diria que um começo tão humilde como aquele de 1780 através do irmão Raikes, chegasse a tão elevado dividendo? Está escrito em Zacarias 4.10 “...quem desprezará o dia das coisas pequenas?”






A Escola Dominical no Brasil


A Escola Dominical teve seu início entre nós em 19 de agosto de 1855 na cidade de Petrópolis/RJ. O fundador foi o missionário Robert Kalley e sua esposa Da. Sarah P. Kalley, da Igreja Congregacional. Eram escoceses. Ele fora um médico ateu. Depois foi salvo sob circunstâncias especiais, e chamado por Deus entregou-se à obra missionária. Na primeira reunião a freqüência foi de 5 crianças. Desde então o crescimento da Escola Dominical tem sido maravilhoso.
O Brasil defronta-se hoje com problemas espirituais, sociais e morais idênticos aos que precederam a fundação da Escola Dominical na Inglaterra, principalmente no que tange à delinqüência juvenil e desagregação da família. A solução cabal para esses males que tanto preocupam o governo e as autoridades em geral, está na regeneração espiritual preconizada na Palavra de Deus, através da Escola Dominical. A Igreja de Deus precisa, pois explorar todo o potencial da Escola Dominical, como agência de ensino da Palavra de Deus e evangelização em geral.


( Manual da Escola Dominical, Antônio Gilberto, CPAD, 1987, pp. 110-117.

terça-feira, 19 de julho de 2011

DESABAFO DE UM EX-HOMOSSEXUAL


Greg Quinlan é presidente de Pais e Amigos de Ex-Gays & Gays e diretor executivo de Igualdade e Justiça para Todos
Por que os ativistas gays instigaram a atenção dos meios de comunicação por causa dos ex-homossexuais e do marido da candidata presidencial dos EUA Michelle Bachmann?

Ao que tudo indica, o sr. Bachmann, que tem um diploma de doutorado em psicologia clínica, administra vários centros de aconselhamento que também oferecem serviços para clientes homossexuais que buscam vencer atrações indesejadas de mesmo sexo. Mas pelo fato de que até mesmo um só ex-homossexual prova que a conduta homossexual não é inata ou imutável, o medo que os grupos gays de pressão política têm daqueles que eram seus membros traz como consequência afirmações falsas e ataques que têm como alvo impedir que os homossexuais exerçam seu direito à autodeterminação. Eles não suportam ver um único homossexual abandonando o homossexualismo. Daí, estão furiosos com o Dr. Bachmann.

Sei porque eu mesmo sou ex-homossexual. Sofro mais hostilidade como ex-homossexual do que já sofri como alguém que tinha orgulho de ser homossexual assumido.

A população de ex-homossexuais inclui milhares de ex-homossexuais como eu mesmo, que foram beneficiados por aconselhamentos. Não fizemos a escolha de ter nossos sentimentos homossexuais, mas exercemos nosso direito de buscar ajuda para mudar esses sentimentos. Como enfermeiro diplomado, vi centenas de homens gays morrerem de AIDS antes que eu finalmente tivesse deixado o estilo de vida gay.

Contrário aos mitos que são criados por homossexuais furiosos, os aconselhamentos para resolver atrações indesejadas de mesmo sexo não são proibidos por nenhuma associação médica. Homossexuais infelizes não são filhos em necessidade de permissão dos pais e podem livremente escolher seu próprio tratamento terapêutico exatamente como qualquer outra pessoa.

O incidente contra Bachmann demonstra que à medida que os homossexuais estão ganhando mais direitos civis, os heterossexuais estão perdendo os deles. Pelo fato de que são uma minoria rica e politicamente poderosa, os gays exigem acesso à atenção dos meios de comunicação, poder político e influência no meio empresarial que nem mesmo a classe média dos EUA tem.

Dependente das riquezas da comunidade gay para suas campanhas para se eleger e se reeleger, o presidente Obama resolutamente implementa políticas públicas gays, bissexuais e transgêneras em todos os níveis do governo federal, mas omite a única situação impopular da orientação sexual — a dos ex-homossexuais. Mas num gesto louvável, Obama recusou dobrar-se diante dos homossexuais quando exigiram que ele removesse Donnie McClurkin, um cantor ex-homossexual, de um evento de levantamento de fundos para sua campanha.

O presidente Obama precisa demonstrar esse tipo de coragem mais uma vez, e apoiar aqueles que mudam sua orientação sexual tanto quanto ele apoia aqueles que fazem operações para mudar de sexo. Mas quem vai lhe fazer esse pedido? Os meios de comunicação, que têm pavor de represálias dos ativistas gays, permanecem de boca fechada, uma prova a mais da influência e poder dos militantes homossexuais.

Enquanto os meios de comunicação deliberadamente ignoram o nosso lado, os ex-homossexuais estão sofrendo hostilidade e estão sendo publicamente denunciados por implacáveis ativistas gays por causa de nossa impopular orientação sexual.

Wayne Besen do grupo de ódio Truth Wins Out, e outros Sauls dos dias atuais, espreitam e expõem ex-homossexuais de forma negativa para garantir que eles batam em retirada e voltem ao armário. A organização de militância gay Lambda Legal apoia o estabelecimento de Centros GLBTs em universidades públicas, mas bloqueia toda tentativa de acesso igual por parte dos ex-homossexuais. As resoluções de acionistas de empresas para que os ex-homossexuais sejam incluídos em políticas antidiscriminação são repetidamente derrotadas pelo movimento gay.

A organização gayzista Campanha pelos Direitos Humanos exige o “casamento” de mesmo sexo para gays e ao mesmo tempo luta para que os ex-homossexuais não obtenham igualdade. Uma de suas mais recentes vitórias foi o sucesso de suas campanhas de bullying contra o Banco Mundial, pressionando-o a recusar recursos financeiros para instituições de caridade de ex-homossexuais, mas permitindo a participação de organizações gays.

Contudo, os ex-homossexuais não são tão perigosos ou iludidos quanto os extremistas homossexuais acusam. Temos nosso Comitê de Educadores Ex-Gays na Associação Nacional de Educação. Temos a organização Pais e Amigos de Ex-Gays & Gays, que com sucesso processou o governo do Distrito de Colúmbia por recusar reconhecer os ex-homossexuais em suas proteções de orientação sexual. Somos seus médicos, professores, pastores, família e vizinhos.

O Conselho de Psicologia dos EUA segue um código de ética que pede que seus membros respeitem o direito de uma pessoa à autodeterminação. Portanto, a única questão acerca das notícias envolvendo o Dr. Bachmann é esta: Deveriam os homossexuais ter o direito de determinar a heterossexualidade? Isto é, se um homem gay decide que quer viver como um heterossexual saudável, como eu mesmo decidi, deveriam os homossexuais ter o direito de vetar essa decisão?

A resposta determinará se os Estados Unidos serão governados por uma minoria poderosa como a comunidade gay, ou se a igualdade e a justiça para todos prevalecerão. Quanto a mim, anseio viver num país em que meus amigos e eu não sejamos caçados por ativistas gays porque escolhi mudar de gay para normal.

Greg Quinlan é presidente de Pais e Amigos de Ex-Gays & Gays e diretor executivo de Igualdade e Justiça para Todos.


Fonte: Notícias Pro-Família "Libertos do Opressor" (17.07.2011).
-------------------------------

segunda-feira, 18 de julho de 2011

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL, Lição 4 do 3º Trimestre 2011 (Subsídios)


Pacto de Lausanne


O PACTO DE LAUSANNE- 1974, NA SUÍÇA

Sumário
Introdução


1. O Propósito de Deus
2. A Autoridade e o Poder da Bíblia
3. A Unicidade e a Universalidade de Cristo
4. A Natureza da Evangelização
5. A Responsabilidade Social Cristã
6. A Igreja e a Evangelização
7. Cooperação na Evangelização
8. Esforço Conjugado de Igrejas na Evangelização
9. Urgência da Tarefa Evangelística
10. Evangelização e Cultura
11. Educação e Liderança
12. Conflito Espiritual
13. Liberdade e Perseguição
14. O Poder do Espírito Santo
15. O Retorno de Cristo
Conclusão
************************************************************************
Lausanne, na Suíça é o lugar em que ocorreu Congresso Internacional em 1974. Líderes cristãos de 150 países compareceram, e daí surgiu o Lausanne Committee for World Evangelization (Comitê de Lausanne para a Evangelização Mundial). Esse congresso também estabeleceu um pacto, este que você lê abaixo. Este pacto foi assinado por 2.300 evangélicos que se comprometeram a ir mais a fundo no compromisso com a evangelização mundial. Desde então o pacto tem sido uma referência para igrejas e missões. Eu não poderia deixar de postar sobre o Pacto de Lausanne e alguns trechos do Livro sobre o Pacto de Lausanne, que marcou a minha vida e o meu amor por Cristo e pelo Evangelho.
Introdução 

Nós, membros da Igreja de Jesus Cristo, procedentes de mais de 150 nações, participantes do Congresso Internacional de Evangelização Mundial, em Lausanne, louvamos a Deus por sua grande salvação, e regozijamo-nos com a comunhão que, por graça dele mesmo, podemos ter com ele e uns com os outros. Estamos profundamente tocados pelo que Deus vem fazendo em nossos dias, movidos ao arrependimento por nossos fracassos e dasafiados pela tarefa inacabada da evangelização. Acreditamos que o evangelho são as boas novas de Deus para todo o mundo, e por sua graça, decidimos a obedecer ao mandamento de Cristo de proclamá-lo a toda a humanidade e fazer discípulos de todas as nações. Desejamos, portanto, reafirmar a nossa fé e a nossa resolução, e tornar público o nosso pacto.

1. O Propósito de Deus


2. A Autoridade e o Poder da Bíblia

3. A Unicidade e a Universalidade de Cristo


Afirmamos que há um só Salvador e um só evangelho, embora exista uma ampla variedade de maneiras de se realizar a obra de evangelização. Reconhecemos que todos os homens têm algum conhecimento de Deus através da revelação geral de Deus na natureza. Mas negamos que tal conhecimento possa salvar, pois os homens, por sua injustiça, suprimem a verdade. Também rejeitamos, como depreciativo de Cristo e do evangelho, todo e qualquer tipo de sincretismo ou de diálogo cujo pressuposto seja o de que Cristo fala igualmente através de todas as religiões e ideologias. Jesus Cristo, sendo ele próprio o único Deus-homem, que se deu uma só vez em resgate pelos pecadores, é o único mediador entre Deus e o homem. Não existe nenhum outro nome pelo qual importa que sejamos salvos. Todos os homens estão perecendo por causa do pecado, mas Deus ama todos os homens, desejando que nenhum pereça, mas que todos se arrependam. Entretanto, os que rejeitam Cristo repudiam o gozo da salvação e condenam-se à separação eterna de Deus. Proclamar Jesus como "o Salvador do mundo" não é afirmar que todos os homens, automaticamente, ou ao final de tudo, serão salvos; e muito menos que todas as religiões ofereçam salvação em Cristo. Trata-se antes de proclamar o amor de Deus por um mundo de pecadores e convidar todos os homens a se entregarem a ele como Salvador e Senhor no sincero compromisso pessoal de arrependimento e fé. Jesus Cristo foi exaltado sobre todo e qualquer nome. Anelamos pelo dia em que todo joelho se dobrará diante dele e toda língua o confessará como Senhor.

4. A Natureza da Evangelização


Evangelizar é difundir as boas novas de que Jesus Cristo morreu por nossos pecados e ressuscitou segundo as Escrituras, e de que, como Senhor e Rei, ele agora oferece o perdão dos pecados e o dom libertador do Espírito a todos os que se arrependem e crêem. A nossa presença cristã no mundo é indispensável à evangelização, e o mesmo se dá com aquele tipo de diálogo cujo propósito é ouvir com sensibilidade, a fim de compreender. Mas a evangelização propriamente dita é a proclamação do Cristo bíblico e histórico como Salvador e Senhor, com o intuito de persuadir as pessoas a vir a ele pessoalmente e, assim, se reconciliarem com Deus. Ao fazermos o convite do evangelho, não temos o direito de esconder o custo do discipulado. Jesus ainda convida todos os que queiram segui-lo e negarem-se a si mesmos, tomarem a cruz e identificarem-se com a sua nova comunidade. Os resultados da evangelização incluem a obediência a Cristo, o ingresso em sua igreja e um serviço responsável no mundo.

5. A Responsabilidade Social Cristã


Afirmamos que Deus é o Criador e o Juiz de todos os homens. Portanto, devemos partilhar o seu interesse pela justiça e pela conciliação em toda a sociedade humana, e pela libertação dos homens de todo tipo de opressão. Porque a humanidade foi feita à imagem de Deus, toda pessoa, sem distinção de raça, religião, cor, cultura, classe social, sexo ou idade possui uma dignidade intrínseca em razão da qual deve ser respeitada e servida, e não explorada. Aqui também nos arrependemos de nossa negligência e de termos algumas vezes considerado a evangelização e a atividade social mutuamente exclusivas. Embora a reconciliação com o homem não seja reconciliação com Deus, nem a ação social evangelização, nem a libertação política salvação, afirmamos que a evangelização e o envolvimento sócio-político são ambos parte do nosso dever cristão. Pois ambos são necessárias expressões de nossas doutrinas acerca de Deus e do homem, de nosso amor por nosso próximo e de nossa obediência a Jesus Cristo. A mensagem da salvação implica também uma mensagem de juízo sobre toda forma de alienação, de opressão e de discriminação, e não devemos ter medo de denunciar o mal e a injustiça onde quer que existam. Quando as pessoas recebem Cristo, nascem de novo em seu reino e devem procurar não só evidenciar mas também divulgar a retidão do reino em meio a um mundo injusto. A salvação que alegamos possuir deve estar nos transformando na totalidade de nossas responsabilidades pessoais e sociais. A fé sem obras é morta.

6. A Igreja e a Evangelização


Afirmamos que Cristo envia o seu povo redimido ao mundo assim como o Pai o enviou, e que isso requer uma penetração de igual modo profunda e sacrificial. Precisamos deixar os nossos guetos eclesiásticos e penetrar na sociedade não-cristã. Na missão de serviço sacrificial da igreja a evangelização é primordial. A evangelização mundial requer que a igreja inteira leve o evangelho integral ao mundo todo. A igreja ocupa o ponto central do propósito divino para com o mundo, e é o agente que ele promoveu para difundir o evangelho. Mas uma igreja que pregue a Cruz deve, ela própria, ser marcada pela Cruz. Ela torna-se uma pedra de tropeço para a evangelização quando trai o evangelho ou quando lhe falta uma fé viva em Deus, um amor genuíno pelas pessoas, ou uma honestidade escrupulosa em todas as coisas, inclusive em promoção e finanças. A igreja é antes a comunidade do povo de Deus do que uma instituição, e não pode ser identificada com qualquer cultura em particular, nem com qualquer sistema social ou político, nem com ideologias humanas.

7. Cooperação na Evangelização


Afirmamos que é propósito de Deus haver na igreja uma unidade visível de pensamento quanto à verdade. A evangelização também nos convoca à unidade, porque o ser um só corpo reforça o nosso testemunho, assim como a nossa desunião enfraquece o nosso evangelho de reconciliação. Reconhecemos, entretanto, que a unidade organizacional pode tomar muitas formas e não ativa necessariamente a evangelização. Contudo, nós, que partilhamos a mesma fé bíblica, devemos estar intimamente unidos na comunhão uns com os outros, nas obras e no testemunho. Confessamos que o nosso testemunho, algumas vezes, tem sido manchado por pecaminoso individualismo e desnecessária duplicação de esforço. Empenhamo-nos por encontrar uma unidade mais profunda na verdade, na adoração, na santidade e na missão. Instamos para que se apresse o desenvolvimento de uma cooperação regional e funcional para maior amplitude da missão da igreja, para o planejamento estratégico, para o encorajamento mútuo, e para o compartilhamento de recursos e de experiências.

8. Esforço Conjugado de Igrejas na Evangelização


Regozijamo-nos com o alvorecer de uma nova era missionária. O papel dominante das missões ocidentais está desaparecendo rapidamente. Deus está levantando das igrejas mais jovens um grande e novo recurso para a evangelização mundial, demonstrando assim que a responsabilidade de evangelizar pertence a todo o corpo de Cristo. Todas as igrejas, portando, devem perguntar a Deus, e a si próprias, o que deveriam estar fazendo tanto para alcançar suas próprias áreas como para enviar missionários a outras partes do mundo. Deve ser permanente o processo de reavaliação da nossa responsabilidade e atuação missionária. Assim, haverá um crescente esforço conjugado pelas igrejas, o que revelará com maior clareza o caráter universal da igreja de Cristo. Também agradecemos a Deus pela existência de instituições que laboram na tradução da Bíblia, na educação teológica, no uso dos meios de comunicação de massa, na literatura cristã, na evangelização, em missões, no avivamento de igrejas e em outros campos especializados. Elas também devem empenhar-se em constante auto-exame que as levem a uma avaliação correta de sua eficácia como parte da missão da igreja.

9. Urgência da Tarefa Evangelística


Mais de dois bilhões e setecentos milhões de pessoas, ou seja, mais de dois terços da humanidade, ainda estão por serem evangelizadas. Causa-nos vergonha ver tanta gente esquecida; continua sendo uma reprimenda para nós e para toda a igreja. Existe agora, entretanto, em muitas partes do mundo, uma receptividade sem precedentes ao Senhor Jesus Cristo. Estamos convencidos de que esta é a ocasião para que as igrejas e as instituições para-eclesiásticas orem com seriedade pela salvação dos não-alcançados e se lancem em novos esforços para realizarem a evangelização mundial. A redução de missionários estrangeiros e de dinheiro num país evangelizado algumas vezes talvez seja necessária para facilitar o crescimento da igreja nacional em autonomia, e para liberar recursos para áreas ainda não evangelizadas. Deve haver um fluxo cada vez mais livre de missionários entre os seis continentes num espírito de abnegação e prontidão em servir. O alvo deve ser o de conseguir por todos os meios possíveis e no menor espaço de tempo, que toda pessoa tenha a oportunidade de ouvir, de compreender e de receber as boas novas. Não podemos esperar atingir esse alvo sem sacrifício. Todos nós estamos chocados com a pobreza de milhões de pessoas, e conturbados pelas injustiças que a provocam. Aqueles dentre nós que vivem em meio à opulência aceitam como obrigação sua desenvolver um estilo de vida simples a fim de contribuir mais generosamente tanto para aliviar os necessitados como para a evangelização deles.

10. Evangelização e Cultura


O desenvolvimento de estratégias para a evangelização mundial requer metodologia nova e criativa. Com a bênção de Deus, o resultado será o surgimento de igrejas profundamente enraizadas em Cristo e estreitamente relacionadas com a cultura local. A cultura deve sempre ser julgada e provada pelas Escrituras. Porque o homem é criatura de Deus, parte de sua cultura é rica em beleza e em bondade; porque ele experimentou a queda, toda a sua cultura está manchada pelo pecado, e parte dela é demoníaca. O evangelho não pressupõe a superioridade de uma cultura sobre a outra, mas avalia todas elas segundo o seu próprio critério de verdade e justiça, e insiste na aceitação de valores morais absolutos, em todas as culturas. As missões, muitas vezes têm exportado, juntamente com o evangelho, uma cultura estranha, e as igrejas, por vezes, têm ficado submissas aos ditames de uma determinada cultura, em vez de às Escrituras. Os evangelistas de Cristo têm de, humildemente, procurar esvaziar-se de tudo, exceto de sua autenticidade pessoal, a fim de se tornarem servos dos outros, e as igrejas têm de procurar transformar e enriquecer a cultura; tudo para a glória de Deus.

11. Educação e Liderança


Confessamos que às vezes temos nos empenhado em conseguir o crescimento numérico da igreja em detrimento do espiritual, divorciando a evangelização da edificação dos crentes. Também reconhecemos que algumas de nossas missões têm sido muito remissas em treinar e incentivar líderes nacionais a assumirem suas justas responsabilidades. Contudo, apoiamos integralmente os princípios que regem a formação de uma igreja de fato nacional, e ardentemente desejamos que toda a igreja tenha líderes nacionais que manifestem um estilo cristão de liderança não em termos de domínio, mas de serviço. Reconhecemos que há uma grande necessidade de desenvolver a educação teológica, especialmente para líderes eclesiáticos. Em toda nação e em toda cultura deve haver um eficiente programa de treinamento para pastores e leigos em doutrina, em discipulado, em evangelização, em edificação e em serviço. Este treinamento não deve depender de uma metodologia estereotipada, mas deve se desenvolver a partir de iniciativas locais criativas, de acordo com os padrões bíblicos.

12. Conflito Espiritual


Cremos que estamos empenhados num permanente conflito espiritual com os principados e potestades do mal, que querem destruir a igreja e frustrar sua tarefa de evangelização mundial. Sabemos da necessidade de nos revestirmos da armadura de Deus e combater esta batalha com as armas espirituais da verdade e da oração. Pois percebemos a atividade no nosso inimigo, não somente nas falsas ideologias fora da igreja, mas também dentro dela em falsos evangelhos que torcem as Escrituras e colocam o homem no lugar de Deus. Precisamos tanto de vigilância como de discernimento para salva guardar o evangelho bíblico. Reconhecemos que nós mesmos não somos imunes ao perigo de capitularmos ao secularismo. Por exemplo, embora tendo à nossa disposição pesquisas bem preparadas, valiosas, sobre o crescimento da igreja, tanto no sentido numérico como espiritual, às vezes não as temos utilizado. Por outro lado, por vezes tem acontecido que, na ânsia de conseguir resultados para o evangelho, temos comprometido a nossa mensagem, temos manipulado os nossos ouvintes com técnicas de pressão, e temos estado excessivamente preocupados com as estatísticas, e até mesmo utilizando-as de forma desonesta. A igreja tem que estar no mundo; o mundo não tem que estar na igreja.

13. Liberdade e Perseguição


É dever de toda nação, dever que foi estabelecido por Deus, assegurar condições de paz, de justiça e de liberdade em que a igreja possa obedecer a Deus, servir a Cristo Senhor e pregar o evangelho sem impedimentos. Portanto, oramos pelos líderes das nações e com eles instamos para que garantam a liberdade de pensamento e de consciência, e a liberdade de praticar e propagar a religião, de acordo com a vontade de Deus, e com o que vem expresso na Declaração Universal do Direitos Humanos. Também expressamos nossa profunda preocupação com todos os que foram injustamente encarcerados, especialmente com nossos irmãos que estão sofrendo por causa do seu testemunho do Senhor Jesus. Prometemos orar e trabalhar pela libertação deles. Ao mesmo tempo, recusamo-nos a ser intimidados por sua situação. Com a ajuda de Deus, nós também procuraremos nos opor a toda injustiça e permanecer fiéis ao evangelho, seja a que custo for. Não nos esqueçamos de que Jesus nos previniu de que a perseguição é inevitável.

14. O Poder do Espírito Santo


Cremos no poder do Espírito Santo. O pai enviou o seu Espírito para dar testemunho do seu Filho. Sem o testemunho dele o nosso seria em vão. Convicção de pecado, fé em Cristo, novo nascimento cristão, é tudo obra dele. De mais a mais, o Espírito Santo é um Espírito missionário, de maneira que a evangelização deve surgir espontaneamente numa igreja cheia do Espírito. A igreja que não é missionária contradiz a si mesma e debela o Espírito. A evangelização mundial só se tornará realidade quando o Espírito renovar a igreja na verdade, na sabedoria, na fé, na santidade, no amor e no poder. Portanto, instamos com todos os cristãos para que orem pedindo pela visita do soberano Espírito de Deus, a fim de que o seu fruto todo apareça em todo o seu povo, e que todos os seus dons enriqueçam o corpo de Cristo. Só então a igreja inteira se tornará um instrumento adequado em Suas mãos, para que toda a terra ouça a Sua voz.

15. O Retorno de Cristo


Cremos que Jesus Cristo voltará pessoal e visivelmente, em poder e glória, para consumar a salvação e o juízo. Esta promessa de sua vinda é um estímulo ainda maior à evangelização, pois lembramo-nos de que ele disse que o evangelho deve ser primeiramente pregado a todas as nações. Acreditamos que o período que vai desde a ascensão de Cristo até o seu retorno será preenchido com a missão do povo de Deus, que não pode parar esta obra antes do Fim. Também nos lembramos da sua advertência de que falsos cristos e falsos profetas apareceriam como precursores do Anticristo. Portanto, rejeitamos como sendo apenas um sonho da vaidade humana a idéia de que o homem possa algum dia construir uma utopia na terra. A nossa confiança cristã é a de que Deus aperfeiçoará o seu reino, e aguardamos ansiosamente esse dia, e o novo céu e a nova terra em que a justiça habitará e Deus reinará para sempre. Enquanto isso, rededicamo-nos ao serviço de Cristo e dos homens em alegre submissão à sua autoridade sobre a totalidade de nossas vidas.

CONCLUSÃO

Portanto, à luz desta nossa fé e resolução, firmamos um pacto solene com Deus, bem como uns com os outros, de orar, planejar e trabalhar juntos pela evangelização de todo o mundo. Instamos com outros para que se juntem a nós. Que Deus nos ajude por sua graça e para a sua glória a sermos fiéis a este Pacto! Amém. Aleluia!


Conteúdo do Livro:Congresso Internacional de Evangelização mundial. Suíça- 1974, mais de 150 nações, 2.700 participantes líderes e 4.000 congressistas.Conflito EspiritualCremos que estamos empenhados num permanente conflito espiritual com os principados e potestades do mal, que querem destruir a igreja e frustrar a sua tarefa de evangelização mundial. Sabemos da necessidade de nos revestirmos da armadura de Deus e combater esta batalha com as armas espirituais da verdade e da oração.
********************************************************************************
O Congresso Internacional de Evangelização Mundial, realizado em 1974 em Lausanne, Suíça, não foi somente um evento marcante na vida de 4.000 congressistas vindos de muitos países. Ele desencadeou um movimento de evangelização de grupos humanos concretos, que antes não contavam com a presença cristã significativa, como também deu impulso a uma reflexão teológica sobre assuntos relacionados com a evangelização do mundo. Na verdade, o movimento de Lausanne é um interessante experimento de convívio entre peritos em estratégia missionária (os práticos) e peritos em teologia (os teóricos); convívio, aliás, por vezes tenso, mas frutífero e criativo.
************************************************************************
Entre várias reinterpretações populares hodiernas de Jesus, encontram-se Jesus o revolucionário violento, Jesus o palhaço de circo(ver godspell) E Jesus o super-astro desiludido.
Contra essas fantasias da mente humana, devemos ser fiéis ao Jesus autêntico, o Cristo bíblico e histórico.Para melhor compreensão da soberania de Cristo, faça uma análise profunda no livro( carta) de Hebreus.



Todos os homens estão perecendo por causa do pecado, mas Deus ama todos os homens, desejando que nenhum pereça, mas que todos se arrependam. Entretanto, os que rejeitam Cristo repudiam o gozo da Salvação e condenam-se à separação eterna de Deus.

Particularmente, não podemos falar acerca de missão ou evangelização sem primeiro falarmos acerca de Deus. Pois missão e evangelização não são novidades do homem moderno, mas parte do eterno propósito de Deus.
Jesus chamou o diabo de "mentiroso e pai da mentira" ( Jo 8:44). Ele odeia a verdade e está constantemente procurando induzir o homem ao erro.
O diabo usa armas tanto morais como intelectuais. Se ele não consegue induzir a igreja em erros, tenta corrompê-la com pecado e mundanismo. A Igreja tem que está no mundo; e não o mundo estar na Igreja ( 2 Co 4:2; 17:15).
O Senhor está conosco, Mt 28:19-20; At 1:8-11.
Falsos Cristos e falsos profetas apareceriam como precursores do Anticristo ( Mc 13:21-23; I Jo 2:18; 4:1-3).

" O Evangelho que pregamos precisa ser rico de conteúdo." E esse conteúdo precisa ser bíblico.

[Lausanne, Suíça, 1974]

www.lausanne.org/
http://apaixonadopormissoes.blogspot.com/2009/07/o-pacto-de-lausanne-1974-suica.htmlhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Pacto_de_Lausanne


Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...