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domingo, 31 de agosto de 2014

SÍMBOLOGIA BÍBLICA (em ordem alfabética)




 

       A linguagem simbólica oferece muita dificuldade no estudo das Escrituras. Porém, ainda que tenhamos de nos limitarmos à explicação defeituosa de algumas palavras, cremos que ganharemos algo familiarizando-nos com as seguintes:

A

Abelha, símbolo dos reis da Assíria (Is 7.18), os quais em seus escritos profanos (hieróglifos)também são representados por esta figura; às vezes simboliza também, de um modo geral, um poder invasor e cruel (Dt 1.44; Sl 118.12).

Adultério:, infidelidade, infração do pacto estabelecido e conseqüente símbolo da idolatria, especialmente entre o povo que tem conhecido a verdade (Jr 3.8,9; Ez 23.27; Ap 2.22)

Águia, poder, vista penetrante, movimento no sentido mais elevado (Dt 32.11,12)
Alfarroba, palha, nulidade, juízo do mal.
Âncora, esperança (Hb 6.19).
Arca, Cristo (I Pe 3.20,21; Hb 11.17).
Arco, símbolo de batalha e de vitória (Ap 6.2); às vezes também de engano, porquanto se pode quebrar ou atirar o falso (Os 7.16; Jr 9.3).
Árvores, as altas, símbolo de governantes (Ez 31.5-9); as baixas, símbolo do povo comum(Ap 7.1; 8.7).
Azeite, fortaleza pela unção, daí a vida e força que infunde o Espírito de Deus (Tg 5.14).
Azul, o celeste céu (Et 8.15).

B

Babilônia, símbolo de um poder idólatra que persegue as igrejas de Cristo, referindo-se de um modo particular ao poder romano, pagão e papal (Is 47.12; Ap 17.13; 18.24).
Balança, símbolo de trato íntegro e justo (Jó 31.6) Tratando-se da compra de víveres, simboliza a escassez  (Lv 26.26; Ez 4.16; Ap 6.5).
Berilo, prosperidade, magnificência (Ez 1.16; 28.13).
Besta, símbolo de um poder tirano e usurpador, porém às vezes só de um poder temporal qualquer (Dn 7.13,17; Ez 34.28).
Bode, veja macho caprino.
Boi, submissão.
Bosque, símbolo de cidade ou reino, representando suas árvores altas os regentes ou governadores (Is 10.17; 32.19;; Jr 21.14; Ez 20.46).
Braço, símbolo de força e poder; braço nu e estendido significa o poder em exercício (Sl 10.15; Is 52.10; Sl 98.1; Ex 6.6).

C

Cabras, símbolo dos maus em geral (Mt 25.32,33).
Cadeia, escravidão (Mr 5.4).
Calcedônia, pureza.
Cálice, símbolo de luxúria provocante (Ap 17.1), também de ritos idólatras (I Co 10.21) e  também de porção que cabe a alguém (Ap 14.10; 19.6).
Cana, fragilidade humana (Mt 12.20).
Cão, símbolo de impureza e apostasia (Pv 26.11; Fl 3.2; Ap 22.15; também de vigilância (Is 56.10).
Carneiro, símbolo dos reis em geral e especialmente do rei persa (Dn 8.3-7,20).
Carro, símbolo de governo ou proteção ( II Rs 2.12).  Crê-se que Isaías 21.7 se refere a Ciro e Dario, e Zacarias 6.1 a quatro grande monarquias, enquanto os carros de Deus no Salmo 68.17 e Isaías 66.15 designam as hostes do céu.
Casamento, símbolo de união e fidelidade no pacto ou aliança com Deus e por conseguinte da perfeição (Is 54.1-6; Ap 19.7; Ef 5.23-32).
Cavalo, símbolo de equipamento de guerra e de conquista (Zc 10.3); símbolo também da rapidez Jl 2.4); ir a cavalo ou “subir sobre as alturas”, designa domínio (Dt 32.13; Is 58.14).
Cedro, força, perpetuidade (Sl 104.16).
Cegueira, incredulidade (Rm 11.25).
Céu e terra, usas-se esta expressão num triplo sentido: 1º - Invisível e moral; 2º - visível e literal; 3º - político. Usando-se em sentido político, céu simboliza os regentes, terra o povo, os dois juntos formando um reino ou um estado. (Is 51.15,16; 65.17; Jr 4.23,24; Mt 24.29). Cair do céu é perder a dignidade ou autoridade; céu aberto indica uma nova ordem no mundo político; uma porta aberta no céu indica o princípio de um novo governo (Há 2.6-22). O sol a lua e as estrelas simbolizam as autoridades superiores e secundárias (Is 24.21,23; Jl 2.10; Ap 12.1).
Chave, símbolo de autoridade, do direito de abrir e fechar (Is 22.22; Ap 1.18; 3.7; 20.1)
Chuva, influência divina (Tg 5.7).
Cinturão, apertado, pronto para o serviço; frouxo, repouso.
Cinzas, tristeza, arrependimento (Jó 42.6; Dn 9.3).
Cobre, (metal, bronze), símbolo de endurecimento (Is 48.4; Jr 6.28); também de força e firmeza (Sl 107.16).
Comer, símbolo de meditação e participação da verdade (Is 55.1,21); símbolo também dos resultados de conduta observada no passado (Ez 18.2); símbolo ainda de destruição da felicidade ou propriedade de alguma pessoa ( Ap 17.16; Sl 27.2).
Cores
preto, símbolo de angústia e aflição (Jó 30.30; Ap 6.5-12); 
amarelado, símbolo de enfermidade mortal (ap 6.8); 
vermelho, de derramamento de sangue ou de vitória (Zc 6.2; Ap 12.3, ou do que não se pode apagar (Is 1.18); 
branco, de formosura e santidade (Ec 9.8; Ap 3.4); branco resplandecente era a cor real e sacerdotal entre os judeus.

Corno, símbolo de poder (Dt 33.17; I Rs 22.11; Mq 4.13; símbolo também de dignidade real (Dn 8.9; Ap 13.1). Os cornos do altar constituíam um refúgio seguro (Ex 21.14).
Crisólito, glória manifesta.
Crisópraso, paz que sobre puja todo entendimento (Ap 21.20).
Crocodilo ou dragão, símbolo do Egito, e em geral de todo o poder anticristão (Is 27.1; 51.9; Ez 29.3; Ap 12.3; 13.1).
Cruz, sacrifício (Cl 2.14).

D

Dez, simboliza a plenitude, ou completo (Mt 18.24).

E

Egito, símbolo de um poder orgulhoso e perseguidor, como Roma (Ap 11.8).
Embriaguez, símbolo de loucura do pecado (Jr 51.7; e da estupidez produzida pelos juízos divinos (Is 29.9).
Enxofre, símbolo de tormentos (Jó 18.5; Sl 9.6; Ap 14.10,; 20.10).
Escarlata, sendo cor de sangue, a vida (Is 1.18.
Esmeralda, esperança.
Espinhos, abrolhos e roseiras bravas, más influências.

F

Ferro, severidade (Ap. 2.27).
Filha, povoação, como se esta fora mãe.
Fogo, símbolo da Palavra de Deus (Jr  23.29; Há 3.5); símbolo também de destruição (Is 42.25; Zc 13.9; de purificação (Ml 3.2); de perseguição (I Pe 1.7); de castigo e sofrimento (Mr 9.44).
Fronte, denota, segundo a inscrição ou sinal que leva, um sacerdote (Lv 8.9).; um servo ou um soldado (Ap 22.4). Os servidores dos ídolos levavam igualmente, como hoje, um sinal, um nome ou número em sua testa (Ap 13.16).
Fruto, manifestações das atividades da vida (Mt 7.16).

H

Harpa, símbolo de gozo e de louvor (Sl 49.4; 33.2; II Cron 20.28; Is 30.32; Ap 14.1,2).
Hissopo, purificação (Sl 51.7).

I

Incenso, Símbolo de oração (queimava-se com fogo tomado do altar dos perfumes (Sl 141.2; Ap 8.4; Ml 1.11).

J

Jacinto e Ametista, promessas de glórias futuras.
Jaspe, paixão, sofrimento.

L

Lâmpada (candelabro), símbolo de luz, gozo, verdade e governo (Ap 2.5). Em I reis 11.36, indica-se com a existência da  “lâmpada sempre”, que a Davi nunca faltará sucessor (Sl 132.17).
Leão, símbolo de um poder enérgico e dominador (II Rs 23.33; Amós 3.8; Dn 7.4; Ap 5.5).
Leopardo (tigre), símbolo de um inimigo cruel e enganoso ( Ap 13.2; Dn 7.6; Is 11.6; Jr 5.6; Hb 1.8).
Lepra, pecado asqueroso (Is 1.6).
lírio, formosura, pureza.
Livro
o livro do testemunho entregue ao rei simbolizava a inauguração do reino (II Re 11.2); 
um livro escrito por dentro e por fora, símbolo de uma longa série de acontecimentos; 
um livro selado, símbolo de segredos; 
comer um livro, símbolo de um estudo sério e profundo (Jr 15.16; Ap 10.9); 
o livro de vida, memória em que estão os redimidos (Ed 2.62; Ap 3.5)); 
um livro aberto, símbolo do princípio de um juízo (Ap 20.12).
Luz, conhecimento, gozo ( Jo 12.35).

M

Macho caprino (bode), símbolo dos reis macedônios, especialmente de Alexandre (Dn 8.5-7).
Mãe, símbolo do produtor de alguma coisa (Ap 17.5), como por exemplo de uma cidade cujos habitantes se chamam seus filhos (II Sm 20.19, Is 49.23); de uma cidade central, cujos povoados satélites se consideram suas filhas (Is 50.1; Os 2.2,5); símbolo também da Igreja do Novo Testamento (Gl 4.26).
Maná, símbolo de alimento espiritual e imortal (ap 2.17;  veja-se Êxodo 16.33,34).
Mãos, símbolo de atividade. Daí “mãos limpas”, “mãos cheias de sangue” indicam feitos correspondentes, puros ou sangrentos (I Tm 2.8; Is 1.15). Lavar as mãos, significa expiação de culpa (I Co 6.11; I Tm 2.8). Mão direita, símbolo de posto de honra (Mc 16.19)> dar as destras, símbolo de participação de direitos e bênçãos. (Gl 2.9). dar a mão, equivale a render-se. (Sl 68.31; II Cr 30.8). Levantar a destra, era sinal de juramento (Gn 14.22; Dn 12.17). Marcas nas mãos, símbolo de servidão e idolatria (Zc 13.6). As mãos postas sobre a cabeça de alguém, símbolo de transmissão de bênçao, de autoridade ou de culpa (Gn 48.14-20; Dn 10.10). Mãos de Deus, postas sobre um profeta, indica influência espiritual (I Rs 18.46; Ez 1.3; 3.220;  o dedo  indica influência menor; o braço, influência maior.
Medir (partir, dividir), símbolo de conquista e possessão (Is 53.12; Zc 2.2; Am 7.17).
Montanha, símbolo de grandeza e estabilidade (Is 2.2; Dn 2.35).
Morte, separação, separação de Deus, insensibilidade espiritual (Gl 3.3; Rm 5.6; Mt 8.22; Ap 3.1).

O

Olhos, símbolo de conhecimento, também de glória, de fidelidade (ZC 4.10), e de governo (Nm 10.31) Olho maligno significa inveja. Olho bom, liberalidade e misericórdia.
Ouro, realeza e poder (Gn 41.42).

P

Palmeira, palmas, realeza, vitória, prosperidade.
Pão, pão da vida, Cristo; alimento; meio de subsistência espiritual (Jo 6.35).
Pedras preciosas, símbolo de magnificência e formosura (Ap 4.3,21; Ex 28.17; Ez 28.13).
Peixes, símbolo de governadores das gentes (Ez 29.4,5; Há 1.14).
, fragilidade do homem (Ec 3.20; Jó 30.19).
Pomba, influência suave e benigna do Espírito de Deus (mt 3.16).
Porco,  impureza e gula (Mt 7.6).
Porta, sede do poder; poder (Jo 10.9).
Primogênitos, estes tinham autoridade sobre seus irmãos menores; eram os sacerdotes da família, e consagrando-se a Deus, santificavam sua família por esta consagração; cabia-lhes porção dobrada na herança. Simbolizam de certo modo a Cristo (Gn 20.37; Ex 24.5; 13.1,13; Dt 21.17; Hb 2.10,11; 3.1; Cl 1.12).
Púrpura, o real, o romano (Dn 5.7; Ap 17.4).

Q

Querubins, símbolo, crêem alguns, da glória soberana de Deus; no Apocalipse, dos redimidos; segundo outros, das perfeições de Deus, manifestas sob suas diversas formas (Veja-se Gn 3.24; Ex 25.15,22; 37.7,9; Lv 16.2; Nm 7.8,9; Irs 6.23; 8.7; IICr 3.10,13; Ez 1.10).

R

Ramos, ou rebentos, símbolo de filho ou descendente.
Raposa, engano, astúcia (Lc 13.22).
Rãs, símbolo de inimigos imundos e impudicos (Ap 16.13).
Rocha, fortaleza, abrigo, refúgio.

S

Safira, verdade.
Sal, conservação, incorrupção, permanência.
Sangue, vida (Gn 9.4).
Sardônica, amor, ternura, pena, purificação.
Sega, época da destruição (Jr 5.33; Is 17.5;Ap 14.14-18). A sega (messe) é também símbolo do campo para os trabalhos da igreja (Mt 9.37).
Sete, número pelo assim dizer, divino; a soma de três que simboliza a trindade e quatro que simboliza o Reino de Deus na Terra, e portanto a união do infinito e o finito. O Deus-Homem por exemplo, se representa pelos sete candelabros de ouro. Este número ocorre com muita freqüência na (Ap 4.5).

T

Terremoto, símbolo de agitação violenta no mundo político e social (jl 2.10; Ag 2.21; Ap 6.12).
Topázio, alegria do senhor.
Touro (novilho), símbolo de um inimigo forte e furioso (Sl 22.12; Ez 39.18). Novilhos indicam o povo comum, e os estábulos, casas e povoações (jr 50.27).
Trombeta, sinal precursor de acontecimentos importantes (Ap 6.6).

U

Urso, símbolo de um inimigo cegado, feroz e temerário (Pv 17.12; Is 11.7; Ap 13.2).
Uvas, as maduras, símbolo de gente madura para o castigo (Ap 14.18); as recolhidas, símbolo de gente levada em cativeiro (Jr 52.28-32).

V

Vento, impetuosos, símbolo de conturbação; detido, símbolo de tranqüilidade (Ap 7.1; Jr 25.31,33).
Vestiduras, denotam qualidade interiores e morais; vestiduras brancas, símbolo de pureza, de santidade e de felicidade (Is 52.1; Ap 3.4; ZC 3.3). dar as vestiduras a alguém era sinal de favor e amizade (I Sm 17.38).
Véu, do templo, corpo de Cristo (Hb 10.20).
Vinha, símbolo de grande fecundidade; vindima, símbolo de destruição (Jr 2.21; Os 14.7; Ap 14.18,19).
Virgens, símbolo de servos fiéis que não se mancharam com a idolatria (Ap 14.4).

            Lembramos que só se deve fazer o uso destas interpretações no caso de usar-se as palavras aclaradas em sentido simbólico.
Já publicado em 26.09.2012

PS. Caso o leitor tenha outras informações sobre a simbologia bíblica, poderá enriquecer estas informações postando seu comentário, fornecendo também as fontes e nós estaremos acrescentando a esta postagem. Desde já somos agradecidos!

                                                                                                     Por: João Quinteiro Cavalheiro


Fontes: Princípios de Hermenêutica, EETAD, 1989;  Hermenêutica, Editora Vida, 1968/1999.

terça-feira, 26 de agosto de 2014

EBD/CPAD - 4º TRIMESTRE DE 2014 - A INTEGRIDADE MORAL E ESPIRITUAL - O LEGADO DO LIVRO DE DANIEL PARA A IGREJA HOJE.






Lição 1° Daniel, Nosso "Contemporâneo"
Lição 2° A Firmeza do Caráter Moral e Espiritual de Daniel
Lição 3° O Deus que Intervém na História
Lição 4° A Providência Divina na Fidelidade Humana
Lição 5° Deus Abomina a Soberba
Lição 6° A Queda do Império Babilônico
Lição 7° Integridade em Tempos de Crise
Lição 8° Os Impérios Mundiais e o Reino do Messias
Lição 9° O Prenúncio do Tempo do Fim
Lição 10° As Setenta Semanas
Lição 11° O Homem Vestido de Linho
Lição 12° Um Tipo do Futuro Anticristo
Lição 13° O Tempo da Profecia de Daniel




Comentarista:
Pastor Elienai Cabral

quinta-feira, 21 de agosto de 2014

O CIRURGIÃO QUE ENCONTROU JESUS NO CORAÇÃO DE UMA CRIANÇA


  


-Amanhã de manhã eu vou abrir o teu coração. Explicava o cirurgião para uma criança.
E a criança o interrompeu:
-Você encontrará Jesus ali? 

O cirurgião olhou para ela, e continuou:
-Eu vou cortar uma parede do teu coração para ver o dano completo. 

-Mas quando você abrir o meu coração, encontrará Jesus lá? A criança voltou a interrompê-lo.

O cirurgião se voltou para os pais, que estavam sentados em silêncio. 

-Quando eu tiver visto todo o dano causado, planejaremos o que fazer em seguida, ainda com teu coração aberto. 

-Mas você encontrará Jesus em meu coração? A Bíblia diz claramente que Ele mora ali. Todos que acreditam Nele dizem que Ele vive ali... Então você vai encontrá-lo no meu coração! 

O cirurgião pensou que era suficiente e lhe explicou: 

-Após a operação, te direi o que encontrei em teu coração, de acordo? 

Eu tenho certeza que encontrarei músculo cardíaco danificado, baixa resposta de glóbulos vermelhos, e fraqueza nas paredes e vasos. E, além disso, eu vou concluir se posso te ajudar ou não. 

-Mas você encontrará Jesus ali também? É sua casa, Ele vive ali, sempre está comigo. 

O cirurgião não tolerou mais os comentários insistentes e se foi. Em seguida, ele se sentou em seu consultório e começou a gravar seus estudos prévios para a cirurgia: aorta danificada, veia pulmonar deteriorada, degeneração muscular cardíaca massiva. Sem possibilidades de transplante, dificilmente curável. 

Terapia: analgésicos e repouso absoluto. 
Prognóstico: fez uma pausa e em tom triste disse:
-Morte nos primeiros anos de vida.
Então, parou o gravador.
Mas tenho algo a mais a dizer:
-Por quê? Perguntou em voz alta.
Por que acontecer isso com ela? O Senhor a colocou aqui, nessa dor e já a havia condenado a uma morte precoce. Por quê? 

De repente, Deus, nosso Criador respondeu: 

O menino, minha ovelha já não pertencerá a teu rebanho, porque ele é parte de mim e comigo estará por toda a eternidade. Aqui no céu, em meu rebanho sagrado, já não terá nenhuma dor, será consolado de uma forma inimaginável para ti ou para qualquer outra pessoa. Seus pais, um dia, se unirão com ele, conhecerão a paz e a harmonia juntos em meu reino e meu rebanho sagrado continuará crescendo. 

O cirurgião começou a chorar muito, mas sentiu ainda mais raiva, não entendia as razões. E replicou: 

-Tú criastes este menino, e também seu coração para quê? Para que morresse em poucos meses?

O Senhor lhe respondeu:
-Porque é tempo de regressar ao seu rebanho, sua missão na terra já se cumpriu. Há alguns anos atrás enviei uma ovelha minha com dom de médico para que ajudasse a seus irmãos, mas com tantos conhecimentos na ciência se esqueceu de seu Criador. 
Então enviei outra de minhas ovelhas, o menino enfermo, não para perdê-lo, e sim para que a ovelha perdida há tanto tempo, com dotes de médico volte para mim. 

Então o cirurgião chorou e chorou inconsolavelmente. 

Dias depois, após a cirurgia, o médico sentou-se ao lado da cama do menino, enquanto seus pais estavam a frente do médico. 

O menino acordou e murmurando rapidamente perguntou: 

-Abriu meu coração? 

-Sim. Disse o cirurgião. 

-O que encontrou? Perguntou o menino. 

Tinha razão, reencontrei Jesus ali. 

Deus tem muitas maneiras diferentes para que você volte para o seu lado. 

Leia esta mensagem até o final. 

Leia somente se tem tempo para Deus. 

Deus, quando recebi esta mensagem pensei... Eu não tenho tempo para isto... e realmente é inoportuno durante o horário de trabalho. Logo, eu percebi que ao pensar assim é exatamente o que tem causado muitos dos problemas em nosso mundo atual. Buscamos ter a Deus só na igreja aos domingos de manhã. Às vezes, talvez um domingo à noite... Sim, nós gostamos de tê-lo na doença... e, sobretudo, nos funerais. Mas, não temos tempo, o lugar para Ele nas horas de trabalho ou em nosso tempo livre... Porque .... Isso é na parte de nossas vidas em que pensamos: "Nós podemos e devemos controlar sozinhos" 

Que Deus me perdoe por haver pensado que não há um tempo e lugar onde Ele não seja o PRIMEIRO em minha vida. Devemos sempre ter tempo para lembrar TUDO o que Ele fez e faz por nós. Jesus disse: "Se tú tens vergonha de mim, eu me envergonharei de ti diante de meu Pai". 

Então me ajoelhei para orar, mas não por muito tempo, tinha muito para fazer. Tive que apressar-me e ir trabalhar já que as cobranças logo estariam diante de mim. Dei um salto e meu dever cristão estava concluído. 

Minha alma pode então descansar em paz. Em todo o dia não tive tempo de falar uma palavra de encorajamento, nem de falar de Jesus aos meus amigos; iriam rir de mim e eu ficaria com medo. Não há tempo, não há tempo. Há muito que fazer. Esse era a minha reclamação constante. Não há tempo para dar-lhe as almas necessitadas, só na última hora, a hora da morte. Então parei em pé diante do Senhor, o vi e permaneci de cabeça baixa, já que em Suas mãos ele segurava um livro, o livro da vida. Deus deu uma olhada no seu livro e disse: 
'Não posso encontrar o teu nome, uma vez estive a ponto de anotá-lo, mas nunca encontrei o tempo
De todos os presentes que podemos receber, uma oração é o melhor. Não custa nada e traz recompensas maravilhosas, Deus te abençoe. 
Que Deus te abençoe e te guarde.


A.D.
Publicação anterior deste texto: 02.01.2011 

quarta-feira, 13 de agosto de 2014

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL - UM MOVIMENTO QUE NASCEU COM CARACTERÍSTICAS SOCIAIS




A minúscula semente de mostarda que se transformou numa grande árvore
A história da Escola Dominical
Por Ruth Doris Lemos:
Sentado a sua mesa de trabalho num domingo em outubro de 1780 o dedicado jornalista Robert Raikes procurava concentrar-se sobre o editorial que escrevia para o jornal de Gloucester, de propriedade de seu pai. Foi difícil para ele fixar a sua atenção sobre o que estava escrevendo pois os gritos e palavrões das crianças que brincavam na rua, debaixo da sua janela, interrompiam constantemente os seus pensamentos. Quando as brigas tornaram-se acaloradas e as ameaças agressivas, Raikes julgou ser necessário ir à janela e protestar do comportamento das crianças. Todos se acalmaram por poucos minutos, mas logo voltaram às suas brigas e gritos. 

Robert Raikes contemplou o quadro em sua frente; enquanto escrevia mais um editorial pedindo reforma no sistema carcerário. Ele conclamava as autoridades sobre a necessidade de recuperar os encarcerados, reabilitando-os através de estudo, cursos, aulas e algo útil enquanto cumpriam suas penas, para que ao saírem da prisão pudessem achar empregos honestos e tornarem-se cidadãos de valor na comunidade. Levantando seus olhos por um momento, começou a pensar sobre o destino das crianças de rua; pequeninos sendo criados sem qualquer estudo que pudesse lhes dar um futuro diferente daquele dos seus pais. Se continuassem dessa maneira, muitos certamente entrariam no caminho do vício, da violência e do crime. 

A cidade de Gloucester, no Centro-Oeste da Inglaterra, era um pólo industrial com grandes fábricas de têxteis. Raikes sabia que as crianças trabalhavam nas fábricas ao lado dos seus pais, de sol a sol, seis dias por semana. Enquanto os pais descansavam no domingo, do trabalho árduo da semana, as crianças ficavam abandonadas nas ruas buscando seus próprios interesses. Tomavam conta das ruas e praças, brincando, brigando, perturbando o silêncio do sagrado domingo com seu barulho. Naquele tempo não havia escolas públicas na Inglaterra, apenas escolas particulares, privilégio das classes mais abastadas que podiam pagar os custos altos. Assim, as crianças pobres ficaram sem estudar; trabalhando todos os dias nas fábricas, menos aos domingos. 

Raikes sentiu-se atribulado no seu espírito ao ver tantas crianças desafortunadas crescendo desta maneira; sem dúvida, ao atingir a maioridade, muitas delas cairiam no mundo do crime. O que ele poderia fazer? 

Por um futuro melhor

Sentado a sua mesa, e meditando sobre esta situação, um plano nasceu na sua mente. Ele resolveu fazer algo para as crianças pobres, que pudesse mudar seu viver, e garantir-lhes um futuro melhor! Pondo ao lado seu editorial sobre reformas nas prisões, ele começou a escrever sobre as crianças pobres que trabalhavam nas fábricas, sem oportunidade para estudar e se preparar para uma vida melhor. Quanto mais ele escrevia, mais sentia-se empolgado com seu plano de ajudar as crianças. Ele resolveu neste primeiro editorial somente chamar atenção à condição deplorável dos pequeninos, e no próximo ele apresentaria uma solução que estava tomando forma na sua mente. 

Quando leram seu editorial, houve alguns que sentiram pena das crianças, outros que acharam que o jornal deveria se preocupar com assuntos mais importantes do que crianças, sobretudo, filhos dos operários pobres! Mas Robert Raikes tinha um sonho e este estava enchendo seu coração e seus pensamentos cada vez mais! No editorial seguinte, expôs seu plano de começar aulas de alfabetização, linguagem, gramática, matemática, e religião para as crianças, durante algumas horas de domingo. Fez um apelo, através do jornal, para mulheres com preparo intelectual e dispostas a ajudar-lhes neste projeto, dando aulas nos seus lares. Dias depois um sacerdote anglicano indicou professoras da sua paróquia para o trabalho. 

O entusiasmo das crianças era comovente e contagiante. Algumas não aceitaram trocar a sua liberdade de domingo, por ficar sentadas na sala de aula, mas eventualmente todos estavam aprendendo a ler, escrever e fazer as somas de aritmética. As histórias e lições bíblicas eram os momentos mais esperados e gostosos de todo o currículo. Em pouco tempo, as crianças aprenderam não somente da Bíblia, mas lições de moral, ética, e educação religiosa. Era uma verdadeira educação cristã. 

Robert Raikes, este grande homem de visão humanitária, não somente fazia campanhas através de seu jornal para angariar doações de material escolar, mas também agasalhos, roupas, sapatos para as crianças pobres, bem como mantimentos para preparar-lhes um bom almoço aos domingos. Ele foi visto freqüentemente acompanhado de seu fiel servo, andando sob a neve, com sua lanterna nas noites frias de inverno. Raikes fazia isto nos redutos mais pobres da cidade para levar agasalho e alimento para crianças de rua que morreriam de frio se ninguém cuidasse delas; conduzindo-as para sua casa, até encontrar um lar para elas. 

As crianças se reuniam nas praças, ruas e em casas particulares. Robert Raikes pagava um pequeno salário às professoras que necessitavam, outras pagavam suas despesas do seu próprio bolso. Havia, também, algumas pessoas altruistas da cidade, que contribuíam para este nobre esforço. 
Movimento mundial missões

No começo Raikes encontrou resistência ao seu trabalho, entre aqueles que ele menos esperava - os líderes das igrejas. Achavam que ele estava profanando o domingo sagrado e profanando as suas igrejas com as crianças ainda não comportadas. Havia nestas alturas algumas igrejas que estavam abrindo as suas portas para classes bíblicas dominicais, vendo o efeito salutar que estas tinham sobre as crianças e jovens da cidade. Grandes homens da igreja, tais como João Wesley, o fundador do metodismo, logo ingressaram entusiasticamente na obra de Raikes, julgando-a ser um dos trabalhos mais eficientes para o ensino da Bíblia. 

As classes bíblicas começaram a se propagar rapidamente por cidades vizinhas e, finalmente, para todo o país. Quatro anos após a fundação, a Escola Dominical já tinha mais de 250 mil alunos, e quando Robert Raikes faleceu em 1811, já havia na Escola Dominical 400 mil alunos matriculados. 

A primeira Associação da Escola Dominical foi fundada na Inglaterra em 1785, e no mesmo ano, a União das Escolas Dominicais foi fundada nos Estados Unidos. Embora o trabalho tivesse começado em 1780, a organização da Escola Dominical em caráter permanente, data de 1782. No dia 3 de novembro de 1783 é celebrada a data de fundação da Escola Dominical. Entre as igrejas protestantes, a Metodista se destaca como a pioneira da obra de educação religiosa. Em grande parte, esta visão se deve ao seu dinâmico fundador João Wesley, que viu o potencial espiritual da Escola Dominical e logo a incorporou ao grande movimento sob sua liderança. 

A Escola Bíblica Dominical surgiu no Brasil em 1855, em Petrópolis (RJ). O jovem casal de missionários escoceses, Robert e Sarah Kalley, chegou ao Brasil naquele ano e logo instalou uma escola para ensinar a Bíblia para as crianças e jovens daquela regiãoA primeira aula foi realizada no domingo, 19 de agosto de 1855. Somente cinco participaram, mas Sarah, contente com “pequenos começos”, contou a história de Jonas, mais com gestos,do que palavras, porque estava só começando a aprender o português. Ela viu tantas crianças pelas ruas que seu coração almejava ganhá-las para Jesus. A semente do Evangelho foi plantada em solo fértil. 

Com o passar do tempo, aumentou tanto o número de pessoas estudando a Bíblia, que o missionário Kalley iniciou aulas para jovens e adultos. Vendo o crescimento, os Kalleys resolveram mudar para o Rio de Janeiro, para dar uma continuidade melhor ao trabalho e aumentar o alcance do mesmo. Este humilde começo de aulas bíblicas dominicais deu início à Igreja Evangélica Congregacional no Brasil. 

No mundo há muitas coisas que pessoas sinceras e humanitárias fazem sem pensar ou imaginar a extensão de influência que seus atos podem ter. Certamente, Robert Raikes nunca imaginou que as simples aulas que ele começou entre crianças pobres e analfabetas da sua cidade, no interior da Inglaterra, iriam crescer para ser um grande movimento mundial. Hoje, a Escola Dominical conta com mais de 60 milhões de alunos matriculados, em mais de 500 mil igrejas protestantes no mundo. É a minúscula semente de mostarda plantada e regada, que cresceu para ser uma grande árvore cujos galhos estendem-se ao redor do globo. 
Ruth Dorris Lemos é missionária norte-americana em atividade no Brasil, jornalista, professora de Teologia e uma das fundadoras do Instituto Bíblico da Assembleia de Deus (IBAD), em Pindamonhangaba (SP)


Fonte:http://www.editoracpad.com.br/escoladominical/historia.php
Em: http://semiadecin.blogspot.com.br/2014/08/escola-biblica-dominical-movimento.html

sábado, 2 de agosto de 2014

A SÍNDROME DO CATIVEIRO NO EGITO




Ex 1.6-14
Síndrome = (do grego "syndromé", cujo significado é "reunião") é um termo bastante utilizado em Medicina e Psicologia para caracterizar o conjunto de sinais e sintomas que definem uma determinada patologia ou condição.

Síndrome de Estocolmo: sentimento de simpatia que um sequestrado (vítima) pode desenvolver em relação ao seu sequestrador (agressor).

INTRODUÇÃO

A síndrome do cativeiro manifesta-se de duas maneiras: Uma nos algozes e outra nas vítimas.
Enquanto Israel estava limitado á terra de Gósen, criando seu gado e fornecendo derivados aos egípcios isso não causava nenhuma perturbação. Não oferecia ameaça, pois vivia como eles e estava confinado a um território que podia ser controlado com facilidade. Porém quando o povo se agigantou e começou a se estender pela terra isso passou, para eles, a ser um caso de segurança nacional.
Quando Faraó e o povo egípcio viu que o povo de Israel crescia, temeu que pudesse ser ultrapassado em número e força, então agiu com estratégias e subterfúgios para conter o crescimento daquele povo, impondo-lhes o cativeiro. A primeira face do cativeiro.

Quando o povo arrancado do Egito por intervenção divina, no comando de Moisés, passou andar pelo deserto e a enfrentar situações que até então não estava acostumado. A euforia da partida, quando iniciaram a caminhada, desapareceu, e por muitas vezes lembraram das panelas cheias da terra do Egito e por diversas ocasiões murmuraram e levantaram-se  intentando voltar atrás, não lembrando do tempo em que serviram como cativos naquele país. É a outra face da síndrome.


A.   A SÍNDROME NOS OPRESSORES


I.                   A INCONFORMIDADE DOS ALGOZES (FARAÓ...)
1.      Motivo
-  Enquanto eram poucos não ofereciam perigo
-  Muitos -  poderiam ser uma ameça – Ex 1.9
   
II.                ESTRATÉGIAS DO OPRESSOR
1.      Astúcia – Ex 1.15-22; 1.10.
2.      Aflição – Ex 1.11
3.      Amargura – Ex 1.14; Ef 4.31
4.      Servidão – Ex 1.14
5.      Mistura – Ex 1.22

III.              RESULTADOS (opostos do esperado):
1.      Multiplicavam-se ainda mais – Ex 1.12
2.      Espalhava-se pela terra – Ex 1.12; At 8. 1,4.


    B. A SÍNDROME NAS FILEIRAS DE EX-CATIVOS

I.                   MURMURAÇÕES  -  (Inconformidade com a direção de Deus)
1.      Junto ao Mar Vermelho – Ex 14.10-12
2.      Em Mara – Ex 15.23,24
3.      Deserto de Sim – Ex 16.1-4 (45 dias depois da partida...)
4.      No deserto de Parã – Nm 11. 4-6
5.      Em Refidim – Ex 17.1-3
6.      Em Meribá – Nm 20.2-5
7.      Em Cades-Barnéia – Nm 14. 1-4.

II.                FALTA DE PÃO  - (A busca do pão significa correr atrás de bens materiais)
1.      Deserto de Sim – Ex 16.1-4 (45 dias depois de...)
2.      No deserto de Parã – Nm 11. 4-6       

III.              FALTA DE ÁGUA - (Vida espiritual vazia ou seca)
1.       Em Mara – Ex 15.23,24
2.      Em Refidim – Ex 17.1-3
3.      Em Meribá – Nm 20.2-5      
  
IV.               A SÍNDROME SE APRESENTA NA IGREJA DE NOSSOS DIAS QUANDO:
1.   Amamos mais o mundo do que a Deus (Ex 20.3; 1 Jo 2.15)
2.   Olhamos para o mundo com saudades  (Jz14.5-9; Is 43.18)
3.   Damos lugar ao diabo murmurando (1 Co 10.10)
4.   Nos envolvemos com coisas desse mundo(Hb 12.1,2)


CONCLUSÃO:

A Síndrome do cativeiro do Egito está presente no mundo opressor quando, embora o Povo de Deus contribua para o crescimento dos lugares onde habita, paga seus tributos, faz obras sociais, cumpre as leis e assim mesmo é desprezado, oprimido e odiado. Cada vez mais são criadas leis e projetos de lei que visam, de uma maneira disfarçada, atingir a igreja e seus princípios bíblico-cristãos.


Por outro lado o povo cristão que está marchando no deserto, rumo à terra prometida por muitas vezes acha-se atraído pelo mundo (Egito) e outras vezes manifesta desejo de voltar para lá quando defronta-se com o calor da batalha, lembra com saudades do Egito, das panelas cheias (do pecado), esquecendo, contudo que no Egito era escravo e oprimido por Faraó (Satanás).

Fonte de imagem: https://www.google.com.br/search?q=imagens+para+o+cativeiro+no+egito&tbm=isch&imgil 
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