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segunda-feira, 2 de maio de 2011

SOMOS UM EM CRISTO



Houve algum tipo de jogo de dados ao pé da cruz...Fico imaginando como Jesus teria visto esta cena. Ao olhar para baixo, além de seus pés sangrando, até o círculo dos jogadores, o que ele teria pensado? Que emoções teria sentido? Deve ter ficado admirado. Ali estavam soldados comuns testemunhando o acontecimento mais incomum do mundo, e não tinham percebido. Para eles , aquela era apenas era uma outra manhã de sexta-feira....e Ele apenas mais um criminoso.

      - Vamos, ande depressa, agora é a minha vez!
      - Está bem, está bem. Esta jogada é pelas sandálias
.
Jogavam dados disputando aquilo que Jesus possuía. Abaixados, olhos fixos no jogo. Esqueceram-se da cruz.

O simbolismo é assustador. Você consegue perceber?

Ele me faz pensar a nosso respeito. Nos religiosos. Naqueles que reclamam herança ao pé da cruz. Estou pensando em todos nós. Em cada crente na terra. Nos pretensiosos. Nos negligentes. Nos rigorosos. Nos simples. Na igreja “superior”. Na igreja “inferior”. Nos “cheios do Espírito”. Nos milenialistas, evangélicos, políticos, misticos, literais, cínicos, nas vestes, nos colarinhos, nos ternos de três peças, nos nascidos novamente. Nos que dizem “amém”.

Estou pensando em nós.

Estou pensando que não somos muito diferentes daqueles soldados (sinto muito dizer isto).

Também jogamos ao pé da cruz. Competimos por membros. Brigamos por “status”. 

Negociamos nossos juizos e nossas condenações.

Competições. Egoísmo. Vantagens pessoais. Está tudo ali. Não gostamos do que o outro fez, portanto, pegamos a sandália que ganhamos e saímos correndo.

Tão perto do lenho, mas tão longe do sangue.

Estamos tão perto do evento mais incomum do mundo, mas agimos como apostadores ordinários amontoados em grupos de briguentos, lutando por tolas opiniões.

Quantas horas de púlpito foram desperdiçadas em pregações triviais?

Quantas igrejas tombaram ante a dor da insignificância. Quantos líderes sobrecarregaram com suas ranhices, desembainharam a espada da amargura e iniciaram uma batalha contra irmãos a respeito de assuntos que não valem a pena discutir?

Tão perto da cruz, mas tão longe de Cristo.

Tornamo-nos especializados em competições do tipo “Estou certo”. Escrevemos livros sobre aquilo que os outros fazem de errado. Especializamo-nos em criar mexericos e descobrir fraquezas. Dividimos as pessoas em pequenos grupos e, depois, Deus me livre, dividimos outra vez...

São as nossas diferenças tão divisíveis? São as nossas opiniões tão embaraçosas? Seriam as nossas muralhas tão amplas? Seria impossível encontrar uma causa comum?

Para que todos sejam um”, Jesus orou.

Um. Não um grupo em grupo de dois mil. Apenas um em um. Uma Igreja. Uma fé. Um Senhor. Apenas cristãos. Um em Cristo.

(Extraído da obra No Wonder TheyCall Him the Savior, de Max Lucado, em Bíblia de Estudo Devocional, CPAD/RJ, 2003, pp 1437)

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