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segunda-feira, 17 de outubro de 2011

EBD - COMO ENFRENTAR A OPOSIÇÃO À OBRA DE DEUS



 
SUBSÍDIOS À 
ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL
Lição 4 do 4º Trimestre  2011


Como enfrentar a oposição à Obra de Deus 

 23 de Outubro de 2011


Texto Áureo

“Porém nós oramos ao nosso Deus e pusemos uma guarda contra eles, de dia e de noite, por causa deles" (Ne 4.9)


Verdade Prática

 Não devemos nos amedrontar com os que se opõem `obra  de Deus, porque o Senhor está conosco e por nós batalha

Leitura Bíblica em Classe 
Ne 4. 1 - 9


Objetivos

Após esta aula, o aluno deverá estar apto a: 

Identificar a oposição ferrenha dos adversários de Neemias

- Compreender a importância da união do povo de Deus diante da oposição.


Saber  que a oração e a vigilância devem ser prioridades na vida cristã.

LEGENDAS E VOCABULÁRIO: 


QUEM ERAM NEEMIAS, SAMBALATE, TOBIAS E GESÉM?


Neemias era um judeu que servia o Imperador Artaxerxes I, voltou do exílio babilônico para reconstruir a cidade de seus pais, Jerusalém. Na História Geral foi contemporâneo dos fundadores de religiões Buda, Confúcio e do filósofo Sócrates.
Sambalate era da cidade de Horonaim, em Moabe. Era descendente, pois, de Moabe, gerado por Ló a partir de uma relação incestuosa com sua filha mais velha. Era um governador local, representante do governo persa em Samaria, tendo Judá e Jerusalém sob sua jurisdição. 

Tobias, por sua vez, era amonita, descendente de Ben-Ami, também gerado por Ló a partir também do incesto com sua filha mais nova. É bom lembrar que Ló era sobrinho de Abraão, pai do povo de Israel. Portanto, os moabitas e amonitas eram primos dos judeus. Tobias era um Vice-governador, servo da coroa persa e subordinado ao Vice-Rei responsável pela autoridade civil e militar numa espécie de comarca.

Gesém, era um morador do deserto arábico, habitado por diversas tribos sem  definição genealógica. Por isso, eram chamados de arábios, que significa “misturados”. Era aliado do Rei Persa, um vassalo ( Governador que paga tributos e jura fidelidade a um rei mais poderoso), que governava uma extensa área, que se estendia do norte da Arábia até o Egito.

Cidade de Davi

A Cidade de Davi
A Cidade de Davi é considerada a parte mais antiga de Jerusalém. A antiga cidadela de Sião, fortaleza dos jebuseus, que foi conquistada por Davi e se tornou na capital do seu reino (2Sm 5:6-9; 1Cr 11:5-7). Mais tarde, fez parte da zona sudeste da Jerusalém alargada. A cidade situa-se numa cordilheira que se dirige para sul, agora chamada “o monte a sudeste” e que se localiza a sul e completamente fora da atual Antiga Cidade (cujos muros datam do século XVI). A “Cidade de Davi” media somente 90x460 m.
A presença da nascente d'água chamada de Gião(Gion ou Gihon em hebraico) foi o que impulsionou o desenvolvimento de uma civilização agrícola na região através de seus primeiros habitantes, os jebuseus(Yevussi em hebraico). Sendo assim o nome da vila existente nestas colinas era Jebus, conforme citado nas escrituras em I Cronicas 11:4-6. Nos dias de hoje a Cidade de Davi está fora das muralhas da cidade velha de Jerusalém, pois as atuais muralhas da parte sul foram construídas pelos Turcos. 


ESBOÇO:

INTRODUÇÃO

I.  OPOSIÇÃO FERRENHA
    1. A ira dos adversários
    2.A  falsa acusação
    3.  A resposta à insinuação caluniosa 
II. A CRÍTICA DOS ADVERSÁRIOS
    1. O conteúdo das críticas
   2.  A oposição ao culto a Deus
III. A GUERRA CONTRA OS EDIFICADORES
    1.  Os inimigos se uniram
    2. Oração e vigilância
    
CONCLUSÃO


COMENTÁRIO

INTRODUÇÃO


      Neemias poderia ter-se omitido de fazer a obra de Deus, pois tinha excelente lugar garantido no palácio. Ele era copeiro do rei Artaxerxes.
     No entanto, ouviu a chamada de Deus e, renunciando ao bem-estar, empenhou-se em reconstruir Jerusalém. Deparou-se com três figuras indesejáveis para a causa do Reino de Deus. Sambalate, Tobias e Gesém. (Ne. 2.19) Se Neemias não fosse homem de oração (Ne. 1.4), perseverante (Ne. 2.20), com visão da grande obra que estava fazendo (Ne. 6.3) e zeloso (Ne. 13.25), teria parado imediatamente por causa das críticas desanimadoras destes homens. Sambalate acusou Neemias de rebelião contra o rei. Tobias zombou e menosprezou a obra que os judeus estavam fazendo (Ne. 4.3). Gesém inventou uma mentira para intimidar Neemias, acusando-o da pretensão de querer fazer-se rei dos judeus. (Ne. 6.6,7) 



I.  OPOSIÇÃO FERRENHA


    1. A ira dos adversários


Os inimigos Sambalate e Tobias, bem como os arábios e os amonitas, eram informados do progresso que ia sendo feito. Ao saber que os reparos tinham avançado e que as brechas estavam sendo fechadas, ficaram furiosos e se juntaram para planejar um ataque a Jerusalém e causar confusão. Se enfureceram ao vê-los organizados e empenhados na reconstrução dos muros de Jerusalém.


Sua primeira reação foi de sarcasmo e de desprezo. Diante dos seus irmãos e do exército de Samaria, o governador Sambalate zombou dos que edificavam dizendo:
  • "Que fazem estes fracos judeus?" Os judeus não tinham força militar para se impor sobre os seus vizinhos, e ele os despreza por isso diante do seu próprio exército.
  • "Permitir-se-lhes-á isso?" Sambalate era governador de Samaria e poderia ter ambicionado governar a Judéia também, mas a vinda de Neemias teria prejudicado seus planos. Ele põe em dúvida a autoridade de Neemias.
  • "Sacrificarão?" O sacrifício aos deuses era uma prática usada pelos povos pagãos para conseguir a sua ajuda em suas empreitadas. Esta é uma ironia de Sambalate, que não cria no SENHOR, o Deus de Israel.
  • "Acabá-lo-ão num só dia?" Ele se surpreendeu com a grande disposição dos judeus para o trabalho, e procurou desanimá-los apontando para o longo tempo que seria necessário para a conclusão da obra.
Estas perguntas, feitas em tom de zombaria, tinham alguma base. O povo estava ciente da sua fraqueza e da enormidade da obra que haviam começado, e da oposição que estava surgindo por parte dos outros povos entre os quais conviviam naquela região. Tinham já bons motivos para duvidar se realmente teriam condições de completar a obra por si próprios. O inimigo usa o escárnio como uma arma, e ela pode cortar profundamente, causando o desânimo e o desespero.


2.A  falsa acusação


       O inimigo Sambalate lhe mandou uma carta aberta (para que outros pudessem ler), contendo uma ameaça velada para maior efeito. Segundo disse na carta, havia um boato circulando por ali segundo o qual os judeus estavam reconstruindo o muro com o fim de se revoltarem contra a Pérsia, e fazer de Neemias o seu rei. Ele estaria até subornando profetas para apoiarem seu direito ao trono. Esse boato seria levado ao conhecimento do rei da Pérsia, e convinha a Neemias ir conversar com ele primeiro.

     Os inimigo de Neemias, não alcançando o resultado com suas artimanhas para  paralisar a obra, levantaram uma calúnia contra ele. 
       O inimigo vai te caluniar. Vai dizer para ti mesmo que és um exaltado em achar que Deus tem uma chamado para ti. Vai usar pessoas para dizer que és interesseiro em cargos; que te aproxima do pastor ou de teu líder por motivos interesseiros; vai insinuar que queres dinheiro, etc. Satanás, os primos e o misturado são especialistas nisso. Assim, quando Neemias resolveu reconstruir Jerusalém, os três “amiguinhos” o acusaram de querer rebelar-se contra o rei.

    3.  A resposta à insinuação caluniosa

         Neemias não se deixou enredar: declarou categoricamente que nada do que Sambalate dizia estava acontecendo e era pura invenção dele. Neemias sabia que os inimigos queriam intimidar os judeus e enfraquecê-los para que não terminassem a obra. Ele orou a Deus pedindo força para continuar.


      Eles não sabiam é que Neemias havia conversado pessoalmente com o rei na sala do trono (Ne 2.2-8); era o rei que havia dado recursos para Neemias; era o rei que havia dado cartas para que Neemias tivesse autoridade na sua empreitada; era o rei que estava por trás de tudo.


   Não te preocupa com as zombarias, o desprezo e as calúnias do inimigo. O importante é que estejas em contato com o Rei dos reis, Jesus Cristo, o Senhor de toda terra. Se ele te deu a carta, se ele te deu a autoridade de sua Palavra, se estás em um projeto traçado na sala do Trono, não temas. Prossiga. Teu negócio é com o Rei.




II. A CRÍTICA DOS ADVERSÁRIOS


    1. O conteúdo das críticas
   
      Os inimigos haviam dito que os "fracos" judeus não completariam a obra. A obra era grande demais, e os problemas enormes. Mas os homens e mulheres de Deus, trabalhando juntos em tarefas especiais, podem resolver problemas difíceis e atingir os objetivos. Nunca deixemos que o tamanho de uma tarefa ou do tempo necessário para executá-la nos impeça de levá-la avante. Com a ajuda de Deus, se for da vontade dEle, tudo poderá ser feito.


    Primeiro ele zomba. Diz que você é um sonhador, que os planos são muito altos, que as metas são inatingíveis. A zombaria se dá em relação a tua fé, ao que você crê. Depois ele despreza. Enquanto a zombaria se dirige à revelação, o desprezo se dá em relação a tua pessoa. Foi isso, por exemplo, que aconteceu quando Golias desprezou Davi pela sua juventude. Satanás também vai dizer que  és incapaz, cheio de falhas, muito velho ou muito novo, sem sabedoria, sem conhecimento, que és incorrigível, um rejeitado por Deus, que os teus erros fizeram o teu tempo passar.


2.  A oposição ao culto a Deus


  • "Sacrificarão?" O sacrifício aos deuses era uma prática usada pelos povos pagãos para conseguir a sua ajuda em suas empreitadas. Esta é uma ironia de Sambalate, que não cria no SENHOR, o Deus de Israel.
         Frente à grande disposição de Neemias e seus comandados e, depois de usar todas as maneiras para dissuadir ou causar desânimo nos construtores,  desprezou à fé dos obreiros. "poderiam eles sacrificar ao Senhor?"  Da fé dependia o bom andamento e o sucesso da obra. Buscaram desestimular o povo a cultuar. Sem culto estariam a descoberto da proteção Divina. 
       Muitas vezes o inimigo busca dentro de nossa própria fé argumentos para desviar-nos da confiança que temos em Deus. Não pode-se dar ouvidos à cantilena adversária. Estamos seguros de nossos propósitos e de nossa fé.


 III. A GUERRA CONTRA OS EDIFICADORES

     1.  Os inimigos se uniram 

      Todas as forças do mal, embora se oponham entre si,  quando trata-se de combater o povo de Deus unem-se, fazem frentes para impedir a obra. Sambalate, Tobias e Gesém, embora militassem em campos e áreas diferentes da política, quando foram atacar os homens de Neemias que reconstruíam os muros pensavam e agiam da mesma maneira e com o mesmo objetivo.
     Essa lição serve para nós como Igreja de Deus: O inimigo não poupará esforços e estratégias para atrapalhar aqueles que buscam realizar os planos de Deus. O diabo continua usando as mesmas armas, e as mesmas pessoas. Usa pessoas que são “quase irmãos”, que não têm a mesma revelação, e pessoas que não têm nada a ver com Deus, mas que simplesmente pelas circunstâncias da vida se misturaram a nós. Por meio desses instrumentos, ou diretamente na mente do cristão, o inimigo usa essas armas.

    2. Oração e vigilância
    

      Os trabalhadores estavam espalhados ao longo do muro. Para que o trabalho não parasse, mas ao mesmo tempo estivessem preparados para algum ataque, Neemias ordenou que metade fizesse o trabalho de construção enquanto a outra metade permanecia armada de lanças, escudos, arcos e couraças. Os oficiais lhes davam o seu apoio.
       Com esse plano de defesa, o povo estava unido e protegido. Devemos também estar unidos como igreja de Cristo dando apoio uns aos outros, e orando uns pelos outros. Precisamos uns dos outros em nosso trabalho na obra de Deus e em nossa defesa contra o inimigo das nossas almas.
     Os que se moviam de um lugar para outro, carregando entulho e materiais, portanto isolados, faziam o trabalho com uma mão e com a outra seguravam uma arma - também cada um dos construtores trazia na cintura uma espada enquanto trabalhava.

    Neemias e os seus companheiros oraram a Deus e também colocaram guardas de dia e de noite para se protegerem. Devemos fazer o que podemos e Deus suprirá o que nos falta.
  Neemias constantemente combinava a oração com preparação, planejamento e ação. A oração assegurava o apoio divino naquilo que ele sabia que correspondia com a vontade de Deus. É a atitude correta daquele que anda com Deus: primeiro assegurar-se qual seja o desejo de Deus, em seguida orar pedindo o Seu apoio e direção, em seguida colocar mãos à obra. Devem-se fazer as três coisas.



CONCLUSÃO


     Os ataques pessoais doem, e quando a crítica não é justificada podem facilmente levar ao desespero. Ao fazer o trabalho de Deus é possível ser alvo de ataques ao caráter. O exemplo de Neemias deve ser seguido, confiando em Deus para o cumprimento da tarefa e deixando de lado os insultos não justificados.
      Eles haviam escarnecido dos judeus porque julgavam que tinham um deus fraco, que pouco podia fazer por eles. O sucesso alcançado pelos judeus resultou em temor nos inimigos e povos vizinhos, pois reconheceram que o SENHOR, seu Deus, estava com eles. 

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