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sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

" JUGO DESIGUAL "




 CASAMENTOS MISTOS E O JUGO DESIGUAL 

(2 Co 6. 14). 
“Não vos prendais a um jugo desigual com os infiéis, porque que sociedade tem a justiça com a injustiça? E que comunhão tem a luz com as trevas


INTRODUÇÃO:

A vedação pela Lei de Deus no AT de casamentos entre o povo de Deus com povos vizinhos que não seguiam ao Senhor tinha como primeiro objetivo evitar o contato de seu povo com os cultos pagãos daqueles povos e assim virem a se desviar da  verdade. Contudo Israel não seguiu estas determinações o que resultou em consequências sérias para povo, culminando com o afastamento total dos princípios da Lei de Deus o que levou ao exílio em Babilônia por setenta anos.

Com Israel pós-exílio o povo voltou a esse mau costume, contra o que ferozmente se opôs Neemias.

Muitos casamentos mistos eram feitos também por vantagens financeiras. A ascensão social era uma tentação naqueles dias difíceis e o casamento misto oferecia uma escada atraente. No tempo de Neemias era um meio de subir socialmente. Em nossos dias as coisas também se parecem com o que acontecia naqueles dias. Há muitos casamentos por  conveniências sociais, financeiras e até mesmo políticas.

Esse problema também estava presente no primeiro século da Igreja, o que levou Paulo a posicionar-se firmemente contra essa prática ( Co 6.14-17). O casamento misto ainda hoje é um grande problema.


O jugo desigual

Jugo 

É o objeto de ligação, que tem como propósito unir e conjugar os esforços de dois animais da mesma espécie, num determinado sentido, com o propósito principal de levarem uma carga.

Este termo, também é utilizado de forma figurada, para descrever os laços de amor, a união, comunhão entre um casal, uma sociedade, as amizades.

Na prática o que se espera desses animais, é que ambos conjuguem esforços numa mesma e determinada direção, orientados por seu proprietário (uma figura de Deus). Que eles sejam compatíveis no seu trabalho, tenham um mesmo procedimento, possuam uma mesma natureza, sem a qual será impossível realizar a tarefa a que estão destinados.



A monogamia
É o ideal divino. O Criador instituiu o matrimônio com a união de um homem e uma mulher (Gn 2.18-24; Mt 19.5; 1Co 6.6). 

Entre os antediluvianos Adão, Caim, Noé e os três filhos deste, cada um tinha a sua mulher.
O número de homens e de mulheres é praticamente igual em uma nação. 




|A Poligamia
Lameque teve duas mulheres (Gn 4.19). A pureza do matrimônio foi-se enfraquecendo pela conduta de homens, que se deixavam governar por baixos motivos na escolha de suas esposas (Gn 6.12).
Deus não instituiu nem aprovou a poligamia pois criou uma só mulher para o homem. Se aprovasse a poligamia, teria criado duas ou mais mulheres para Adão, o que não fez. O primeiro casamento é o único caso que Jesus cita para ensinar sobre o matrimonio e o divórcio. Isto é, o matrimonio deve se manter intato. Ninguém deve separar os dois. Por que? Porque foi DEUS quem fez o matrimonio. Os dois, (não três), são uma só carne. A presença de um terceiro seria uma separação dos dois, a dissolução da família original!
O casamento estabelece relações permanentes (Mt 19.6).




Homossexualidade e a Constituição da família

Como o casamento tem como missão primária a constituição da família e a geração natural de filhos, Deus não recomendou a união pela instituição do casamento de duas pessoas do mesmo sexo, antes condenou como abominação tal prática -  Rm 1.26,27.
DEUS declarou que não era bom que o homem estivesse só, e deparou-lhe uma adjutora igual a ele (Gn 2.18).




Casamentos Mistos


e que não daríamos as nossas filhas aos povos da terra, nem tomaríamos as filhas deles para os nossos filhos“(Ne 10:30). O casamento misto pode produzir conflitos conjugais, desmoronamento do lar, bem como uma educação deficiente dos filhos (Ne 13:23-29). Ao tirar Israel do Egito, Deus ordenou-lhe, de modo claro e veemente, que não se misturasse com outros povos (cf Ex 34:12,16).


O chamado casamento misto é a união entre o que professa a Deus como Mestre e Senhor com alguém que não comunga a mesma fé. Em toda a história do povo escolhido por Deus para servi-lo, vê-se a orientação clara para não tomarem esposas de outros povos (houve raras exceções), os casamentos deviam ser restritos aos da mesma raça.


Aplicando aos nossos dias, nos quais, o povo escolhido para servir ao Senhor não está restrito a uma raça especificamente, mas, a sua condição de seguidor ou não dos princípios Divinos ditados pela Bíblia e manifestação do Espírito Santo; é inconcebível que haja nos corações de alguns o desejo de formar uma família, sendo ele ou ela descrente. Podem até constituí-la, mas, cientes que estão destituídos das bênçãos do Senhor. É a dureza de coração!
Melhor é ouvir o ensinamento do Senhor, honrá-lo com a obediência e temor.


A Bíblia contém um número impressionante de advertências contra o casamento denominado misto, estas recomendações iniciam-se em Deuteronômio e estende-se até os dias do Apóstolo Paulo, este fez questão de frisar o infortúnio desta união.


Em Israel, o casamento acontecia com aqueles que eram da família imediata. Uma razão para isso acontecer, era para que o casal tivesse a mesma crença. Mas é lógico que se a pessoa tivesse o parentesco muito próximo, aí seria considerado incesto. Deus deu então regras ao povo para desencorajar as pessoas a se casarem com pessoas com o parentesco muito próximo ou mesmo muito distante. Casamentos entre primos, tais como Isaque e Rebeca eram comuns. Esse tipo de casamento nunca foi condenado nas Escrituras.




As consequências do casamento misto


O Dilúvio:


O casamento misto sempre foi um problema na história do povo de Deus. O dilúvio foi provocado, quando os filhos de Deus se casaram com as filhas dos homens, ou seja, quando houve casamentos entre aqueles que serviam a Deus com aqueles que não O serviam (Gn 6:1-3).




Apostasia espiritual 


Mais tarde, quando o povo de Israel entrou na Terra Prometida, o casamento misto foi uma das causas da apostasia espiritual da nação, desaguando no cativeiro babilônico (Êx 34:16). O motivo, portanto, para proibirem o casamento misto não era racial, mas espiritual. A questão não era preconceito racial, mas pureza doutrinária. A mistura de credos levaria ao afrouxamento das relações com Deus. Esdras (Ed 9:1-3), Neemias (13:23- 29) e Malaquias (Ml 2:10-16) confrontaram esse problema de forma firme depois do cativeiro babilônico.


Entre as diversas formas com que Deus pode ser esquecido como único e verdadeiro Deus é justamente quando um de seus filhos ou filhas resolve se unir com quem não é filho dEle. Esse tipo de convivência tende a suprimir a fé de um dos cônjuges, e afastá-lo de suas crenças e culto. Essa é uma forma de se negar a Deus, e começa justamente pelos sentimentos que um (a) crente nutre por um, ou uma, não-crente. 


Deus pode parecer radical para algumas pessoas hoje, mas Deus deixa claro o motivo: “pois elas fariam desviar teus filhos de mim, para que servissem a outros deuses”. Portanto, Deus, em sua sabedoria, determinou que o povo fosse preservado em sua fé também a partir do matrimônio.

Portanto, o princípio espiritual tratado aqui é lealdade a Deus. Essas uniões mistas com estrangeiros pagãos eram condenadas pela lei (Ex 34:12-16; Dt 7:3; Ed 9:12,14), mas era permitida quando o estrangeiro era convertido a Deus. Rute, por exemplo, sendo moabita, casou-se com Boaz e tornou-se membro da família genealógica do Messias.




Muitos casamentos mistos eram feitos também por vantagens financeiras. A ascensão social era uma tentação naqueles dias difíceis e o casamento misto oferecia uma escada atraente. No tempo de Neemias era um meio de subir socialmente. 


Em nossos dias as coisas também se parecem com o que acontecia naqueles dias. Há muitos casamentos por  conveniências sociais, financeiras e até mesmo políticas.




Separações dolorosas

Não sabemos o motivo dos casamentos mistos terem sido tão frequentes na ocasião do exílio, mas sabemos que Deus se desagradara deles, e que exigia uma mudança urgente daquela situação. Neemias relata que houve consenso entre os filhos de Israel, de não entregarem suas filhas para os povos da terra, nem desses povos tomarem esposas para seus filhos (Ne 10:30). Deve ter sido uma situação muito difícil para aqueles homens, pois haviam se aparentado com estrangeiros há bastante tempo (Ed 10.1-14,19,44). Não é fácil cortar laços familiares antigos, mas Deus o exigiu, a fim de que o povo pudesse ser abençoado e cumprisse os mandamentos do Senhor.



Com respeito ao casamento misto há três possibilidades: 

(1) o cônjuge incrédulo converter-se; 

(2) o cônjuge incrédulo não converter-se; 
Pode haver no meio cristão aqueles que levados pelas paixões da carne, encontram muitas formas para justificar o relacionamento e até chegam a casar-se. Afirmam possuir uma fé grande o suficiente, para ver o cônjuge ser liberto das trevas, convertendo-se. Esta fé é imatura e despojada da realidade, não é aconselhável agarrar-se a tais expectativas. 

(3) o cônjuge crente afastar-se da igreja. Setenta e cinco por cento dos casamentos mistos tornam-se experiências amargas para o cônjuge crente.
A advertência Bíblica que reprova a união em jugo desigual é muito atual e deve ser levada a sério se quiser-se levar a evitar consequências funestas.



CONCLUSÃO

Você teria coragem de pegar um vôo para determinado destino sabendo que naquela rota 75% dos vôos estão caindo? Você se aventuraria num casamento misto, sabendo que 75% por cento deles estão naufragando ou enfrentando sérios problemas?
Os jovens precisam se acautelar nessa área vital da vida. Creio que todo jovem crente precisa observar alguns aspectos antes de dizer sim no altar. A pessoa com quem vai se casar já nasceu de novo? É uma pessoa que tem caráter aprovado? Ela possui valores familiares sólidos? É uma pessoa que respeita os pais? Ela respeita você? Essa pessoa ama você e demonstra isso em palavras e atitudes? Seus pais apóiam esse relacionamento? As pessoas que acompanham você testificam positivamente acerca desse relacionamento?



Obs. A convite do Pr. Nelson Bastian e do irmão Elano, responsável pelo Departamento de EBD da Igreja Assembléia de Deus de Mafra/SC, onde preside o amigo Pastor Vílson Dias, estaremos ministrando  naquela igreja sobre este tema no próximo dia 05/02/2012,  Obrigado a eles pelo convite e confiança. Rogamos vossas orações! (Pr. João Q. Cavalheiro).

2 comentários:

  1. Paz Seja Contigo, irmão JCavalheiro.

    A ORIGEM DO 1º JUGO DESIGUAL NA TERRA E SUAS CONSEQUÊNCIAS

    ORIGEM: Os descendentes de Sete que viviam em comunhão com o Senhor Deus, tomaram para si (conjunção carnal) mulheres formosas da descendência de Caim, as quais por serem separadas de Deus, não andavam nos caminhos do Senhor.

    DA UNIÃO DESIGUAL entre os filhos de Deus e as filhas dos homens, prevaleceu a corrupção e a carnalidade. O que levou o Senhor a punir o homem com a REDUÇÃO DA LONGEVIDADE do mesmo, para no máximo cento e vinte anos. Mas, essa medida provisória não evitou que da mesclagem desta união desigual nascessem também alguns gigantes, porém com a diferença de serem valentes de renome na terra. O que, por não ser somente deformação genética como antes, foram úteis pela suposta existência de perigos naquele período da história antiga.


    VIOLÊNCIA: A terra estava corrompida e cheia de violência, então o Senhor Deus decretou o fim de toda a carne. Ordenou a Noé que construisse uma arca, e estabeleceu com ele uma aliança:

    "entrarás na arca tu e os teus filhos, e a tua mulher, e as mulheres de teus filhos. E tudo o que vive, de toda carne, dois de cada espécie, farás entrar na arca, para conservares vivos contigo; macho e fêmea."
    Gên. 6. 18


    CONSEQUÊNCIA: "então se arrependeu o Senhor de ter feito o homem na terra, e isso lhe pesou o coração.
    Disse o Senhor: Farei desaparecer da face da terra o homem que criei, o homem e o animal, os répteis e as aves do céus; me arrependo de os haver feito.
    Porém Noé achou graça diante do Senhor.
    Eis a história de Noé: Noé era homem justo e íntegro entre os seus contemporâneos; Noé andava com Deus. Gerou três filhos: Sem, Cam e Jafé."
    Gên. 6. 6 à 10

    Um abraço do Discípulo de Cristo
    J.C.de Araújo Jorge

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  2. A Paz do Senhor estimado irmão JC de Araújo!

    Obrigado por sua visita e excelente comentário nesta postagem, muito contribuiu para o enriquecimento da mesma e deste blog. Sempre serão bem vindos suas visitas e comentários, fique à vontade. Já visitei seu bem elaborado blog o que também voltarei a faze-lo. Deus vos abençoe!
    Aceite um abraço de seu irmão em Cristo...

    João Q.C.

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