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quarta-feira, 27 de abril de 2011

COMISSIONADOS COM PODER



Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço e as fará maiores do que estas, porque eu vou para meu Pai. “ - Jo 14.12. -
Mas recebereis a virtude do Espírito Santo, que há de vir sobre vós; e ser-me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judéia e Samaria e até aos confins da terra – At 1.8”.

A corrida pelo poder é uma constante na vida do homem, corre sempre em busca dele, tudo faz para obtê-lo, até coisas desaconselháveis para alcançá-lo. No posto de poder se apega a ele de tal maneira e procura perenizar-se. Um exemplo bem característico podemos observar em grandes conquistadores, ditadores e líderes mundiais que a história registra. Vê-se os políticos governantes de muitos países, que no poder inventam maneiras e subterfúgios para que possam permanecer alguns anos a mais no exercício do cargo para o qual foram colocados por tempo determinado. E o que dizer então de alguns de nossos líderes evangélicos? Sem comentários. Outros despendem grandes somas de dinheiro a fim de alcançar uma posição elevada e se apegam a ela de maneira tal que podem se tornar vitalícios.

O homem se apega ao poder temporal porque não conhece outro o poder verdadeiro, o poder legítimo que tem origem eterna, e ele desconhece porque não busca e porque tem um custo a ser pago para adquiri-lo. É o poder que emana do Todo Poderoso. O Deus que fez os céus, a Terra e tudo que neles há, a fonte de todo o poder.

Quando Jesus, no julgamento que antecedeu a sua condenação e sacrifício, foi mandado para Pilatos para ser julgado. Pilatos, interrogou-o, mas Jesus nada falava. Então ele disse-lhe: “Nada dizes a teu respeito para te defenderes? Não sabes que tenho poder para te mandar matar ou te libertar?” Jesus respondeu a ele: “Nenhum poder tu terias sobre mim se do alto não te fora concedido” (Jo 19.10,11). O homem natural com poderes julga-se soberano, não dá glórias a Deus, apesar do seu poder ser temporal, finito, efêmero. Mesmo os maiores conquistadores da história tiveram um poder passageiro e tudo se foi. Alexandre, o Grande, apesar de seu grande poderio e conquistas, em tão pouco tempo o seu poder esvaiu-se e logo tudo estava nas mãos de outros. Nabucodonozor dominou sobre 120 províncias, as quais lhes prestavam honra e pagavam tributos. Foi o maior poder daqueles tempos. Não reconheceu o poder de Deus e foi levado ao campo, a pastar como animal por um período de 7 anos. Herodes, após fazer uma grande prédica recebeu muitos elogios devido à sua boa oratória. O povo gritava: “Ele fala como um Deus”. Ele não deu glória a Deus e no mesmo momento foi ferido de morte e morreu pouco tempo depois comido por um câncer -At 12.21-23.

Roma dominou sobre o mundo conhecido da época por séculos. Todas as nações conhecidas de então estavam sob seu domínio. Suas riquezas eram muitas, a mesa era farta e de nada mais tinha necessidade, mas há muito tempo já passou. Quando o homem é dotado de poder absoluto sua natureza o leva a cometer absurdos. O poder dos imperadores, gregos ou romanos, era tão grande que foram levados até a fazer loucuras e desvarios. Conta a história que Calígula elegeu seu cavalo como senador. Nero, em sua loucura, colocou fogo em Roma e, enquanto a cidade ardia em chamas ele contemplava e deliciava-se com o espetáculo. Posteriormente atribuiu aos cristãos, já perseguidos, a culpa pela “façanha”. Alexandre, o grande conquistador macedônio, em certa ocasião, em uma região conquistada em que o betume, ou petróleo, produto hoje de grande valor comercial, era abundante, foi informado que os povos daquela região usavam este produto para fazer tochas do tamanho da cabeça de um homem e com elas iluminavam a cidade; mandou que se tomasse um de seus soldados e que se embebesse com petróleo a cabeça do pobre infeliz e fosse ateado fogo para certificar-se da possibilidade de iluminar. Seu poder também passou e seu reino foi dividido. Poder humano e temporal.

Só há um poder que se perpetua pela eternidade, e quem possui esse poder não precisa temer pelo final. Este poder passa a fazer parte do seu viver diário e nunca faltará. O poder divinal é para todo sempre, porque ele provém da Fonte de todo o Poder, do qual o crente fiel é participante. Deus quer dar deste poder a todo aquele que submeter-se à sua vontade para executar as suas obras.

Quando Jesus ressuscitou, ressurgiu glorioso, e quando seus discípulos o encontraram Ele disse: “É me dado todo o poder no céu e na terra – Mt 28.18” Ele não permitiu que seus discípulos partissem para o trabalho, para o qual os havia instruído e comissionado, sem antes receberem deste poder para o exercerem(At 1.8). Sua convivência com eles já havia demonstrado que mesmo tendo recebido toda a instrução para o trabalho, não o poderiam exercer com eficácia sem antes ter poder. As hostes infernais se levantariam contra eles, mas com poder resistiriam e marchariam em frente.

É inútil ao cristão pensar que com suas próprias forças poderá enfrentar as lutas com que se depara, procurando impedir o bom êxito de seu trabalho. Se o Senhor nos chama para um trabalho, estejamos certos que ele também nos dotará de poder suficiente para executá-lo. Ele não envia ninguém, sem antes prepará-lo. Eliseu sabia que para o ministério profético ao qual fora escolhido precisava de poder e por isso antes de Elias ser elevado ao céu, ele pediu encarecidamente o poder e assim foi revestido, e saiu fazendo coisas extraordinárias. Assim nós também precisamos agir. Será que você está devidamente cheio de poder para o trabalho ao qual tem se determinado a fazer? Examinemo-nos, e se não estivermos convictos de que temos poder suficiente para sua concretização, primeiro empenhemo-nos em revestimento dele.

Pr. João Q. Cavalheiro

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