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quinta-feira, 28 de abril de 2011

ESCOLA BÍBLICA DOMINICAL - Lição 5 / 2º Trimestre / 2011



  01 de Maio de 2O11A IMPORTÂNCIA DOS DONS ESPIRITUAIS 






Texto Áureo: 



Acerca dos dons Espirituais, não quero, irmãos, que sejais ignorantes"(1 Co 12.1).









Objetivos:
Reconhecer  a importânca dos dons espirituais para a obra do Senhor.
Compreender que os dons espirituais e o fruto do Espírito devem caminhar juntos

Saber os propósitos dos dons espirituais.








OS DONS ESPIRITUAIS


INTRODUÇÃO:

Uma corrente de teoria cessacionista afirma que os dons do Espírito são habilidades naturais, santificadas e aperfeiçoadas por Deus após a conversão do indivíduo. Uma outra acredita que os dons espirituais não são para os dias de hoje, mas estiveram restritos aos dias apostólicos. No entanto ao lermos as Sagradas Escrituras, não encontramos qualquer evidência de que os dons do Espírito tenham cessado com a morte dos apóstolos e muito menos de que se trata de talentos humanos santificados. O argumento antipentecostal é fundamentado na hermenêutica naturalista, que nega qualquer elemento sobrenatural nas Escrituras. Portanto, a dedução dos cessacionistas não é possível nem necessária como método de interpretação do Novo Testamento.

A atualidade dos Dons espirituais é confirmadas pela Escritura e experiência cristã. No primeiro caso podemos citar os propósitos dons, especificamente, o de fortalecer a Igreja (1 Co 14.3,4,26). Se os dons cessaram após a morte dos apóstolos, por que Paulo escreveria a Igreja de Corinto para que buscassem ardentemente os dons e zelassem por eles, sabendo que os dons não durariam mais do 50 anos? Não há qualquer analogia plausível para sustentar tal absurdo. A experiência pentecostal de incontáveis cristãos, em todas as épocas e lugares, é evidência complementar da atualidade dos dons conforme a verdade Bíblica.


  1. OS DONS ESPIRITUAIS:

Os dons do Espírito são dotações sobrenaturais, concedidas pelo Espírito Santo aos membros do Corpo de Cristo, para saber, agir, e falar de acordo com a graça de Deus (12.6-8; 1 Co 12.8-10, 28-30; Ef 4.7-16). São distintos do Dom do Espírito, a concessão do Espírito Santo como batismo àqueles que creem e esperam a promessa (At 2.1-4, 38, 39).

  1. OS DONS E O FRUTO

O fruto do Espírito é uma graça extraordinária comunicada ao crente por meio do Consolador a fim de ele tenha uma semelhante qualidade moral e a integridade de Cristo (Ef 4.24; 1 Co 1.30). É a expressão do caráter de Cristo no crente. Os dons espirituais, contudo, são outorgas especiais de poder divino com o intuito de realizarmos a obra do Senhor (1 Co 12-14). Nem os dons devem ser exercidos sem o fruto, nem este deve ser valorizado a ponto se extinguir aqueles (1 Co 13.3; 14.1; 1 Ts 5.19,20).


  1. FRUTO, DONS E DOM DO ESPÍRITO

O fruto e os dons espirituais distinguem-se quanto a obra do Espírito Santo. Estes estão condicionados ao batismo com o Espírito Santo, enquanto fruto, à presença dominante do Espírito no crente (At 10.45-47; 11.16,17; Jo 14.16,17; Rm 8.9). O Dom do Espírito é uma experiência sobrenatural que capacita o crente a servir a Deus com renúncia, graça e poder (At 1.8). A habitação do Espírito no crente é uma realidade imediata à regeneração e, portanto, algo contínuo e que deve ser crescente. Mediante essa habitação do Espírito, o caráter do novo convertido é transformado segundo a estatura de Cristo (2 Co 3.18; Ef 4.13).








Dom, Dons e Fruto do Espírito







Dom do Espírito
Dons do Espírito
Fruto do Espírito


Habilita a testemunhar e 


servir com eficácia


Habilita a saber falar e e agir com  
poder


Habilita a falar, agir e ser 


como Cristo



Possibilita os dons aos 


crentes


Devem ser exercidos com o 


fruto


Disciplina o uso dos dons

Enche aquele que é 


habilitado pelo Espírito 


de Poder do alto
Atestam o recebimento do 


Batismo com Espírito Santo
Evidencia a habitação do 


Espírito no crente


Concede o mesmo 


poder que habitava em 


Cristo.


Não transforma o caráter à 


Semelhança de Cristo


Transforma o caráter à 


semelhança de Cristo




  1. PROPÓSITOS DOS DONS DO ESPÍRITO

a) Glorificação do Senhor Jesus (Jo 16.14).

b) A confirmação da Palavra de Deus (Mc 16.17; Hb 2.3,4).

c)O crescimento em quantidade e qualidade da Obra de Deus (At 6.7; 19.20; 9.31; Rm 15.19).

d) O aperfeiçoamento dos santos (Ef 4.11,12).

e) A edificação espiritual da Igreja ( 1 Co 12.12-27).
Visto ser o propósito dos dons espirituais fortalecer a Igreja, as curas, os milagres, as línguas e a profecia não se confinam aos apóstolos, ou a umas poucas pessoas do primeiro século da era cristã. Antes, esses dons foram largamente distribuidos no seio da Igreja. Como já disse, o dom de profecia encontrava-se na Igreja em Roma (Rm 12.6), Corinto (1Co 12.10, Éfeso (Ef 4.11), Tessalônica (I Ts 5.20) e Antioquia (At 13.1).

0 Novo Testamento também cita alguns indivíduos não-apóstolos, mas que eram chamados profetas ou exerciam os dons de revelação: Ágabo (At 11.28; 21.10,11), Judas e Silas (At 15.32), as quatro filhas de Filipe, que profetizavam(At 21.9), e Ananias (At 9.10-19). Milagres eram operados em Corinto (1C0 12.20) e nas igrejas da Galácia (Gl 3.5). Havia dom de línguas em Jerusalém (At 2.1-13), em Cesaréia, entre os convetidos gentios (At 10.44-48), em Éfeso (At 19.1-7), em Samaria (At 8.14-25) e em Corinto (1 Co 10.12-14).

O propósito de fortalecer é particularmente verdadeiro quanto ao dom de profecia. Paulo mantém que o que profetiza, fala aos homens, edificando, exortando e consolando (1 Co 14.4).
Visto ser a edificação o propósito primário dos dons espirituais, como poderia alguém concluir que foram retirados da Igreja? Se esses dons edificaram a Igreja no primeiro século, por que não edificariam no século XXI? As próprias declarações da Bíblia forçam-nos a crer na sua continuidade.

f) Promover a unidade do Corpo de Cristo (1 Co 12.12,13).
Os dons espirituais visam promover a unidade da Igreja no sentido espiritual, mas também socialmente pois a operação dos dons dinamiza a comunhão entre os crentes, no aspecto físico, o sangue e o espírito são dois elementos que mantém a unidade do corpo humano. O sangue está espalhado em todo o corpo e atinge todos os membros. O espírito não se localiza em determinado órgão, mas está em todo o corpo. Assim sendo o sangue de Jesus (isto é, sua eficácia) está em todo o corpo de Cristo, a Igreja, e o Espírito manifesta-se através dos dons para manter e fortalecer o corpo de Cristo.

g) Promover a diferença e funcionalidade dos membros do corpo de Cristo ( 1 Co 12.14-16,27).
A Igreja é um corpo com muitos membros, de todos são indispensáveis para o seu perfeito funcionamento. Cada cristão é parte integrante da Igreja, e os dons são concedidos para o perfeito exercício do corpo; não são independentes e atuam pelo bem dos demais. Cada membro tem a sua função, e quando dotado de um dom espiritual , trabalhará para beneficiar a todos, A diversidade dos dons existe dentro da unidade do corpo (1 Co 12.4). Os dons emanam de uma mesma fonte : “Há diversidade de dons,mas o Espírito é o mesmo” (1 Co 12.4). É ele quem utiliza os dons conforme sua soberana vontade. Os dons não são para a exaltação das pessoas, nem para a sua individualização.




CONCLUSÃO:

Concernente aos dons espirituais, dois princípios devem ficar patentes. Primeiro, quando uma pessoa recebe do Senhor os dons do Espírito, não significa que ela é mais perfeita ou que é mais merecedora das bênçãos divinas do que as outras. Segundo, assim como o crente não é salvo pelas obras, mas pela Graça Divina (Ef 2.8; Tt 3.5),

Os dons do Espírito são concedidos pela graça de Deus para que ninguém se engrandeça (Rm 12.6).
Concluímos então que os dons espirituais são uma dotação sobrenatural concedida pelo Espírito Santo ao crente, para o serviço e execução dos propósitos de Deus na Igreja e através dela. Os dons espirituais, portanto, não são qualidades humanas aprimoradas e abençoadas por Deus.



Pesquisa e  organização:
João Q. Cavalheiro



Fontes:
Lições Bíblicas da EBD/CPAD/RJ, 3º Trim 2006, pp 36-40.
Lições Bíblicas da EBD/CPAD/RJ, 1º Trim 2005, pp 84-86.
Lições Bíblicas da EBD/CPAD/RJ, 1º Tim 2001, pp 78.

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