Baal e outros deuses assemelhados
BAAL: A palavra hebraica ba'al quer dizer "dono",, "Senhor" e "marido". No paganismo de Canaã, era o nome coletivo para expressar várias ideias que o povo fazia das divindades da natureza, que seriam protetores de certas regiões, especialmente de bosques e montanhas. Alguns consideram-no o deus das chuvas, outros um deus do fogo. Gradualmente, o nome se tornou um nome próprio, o Baal, o "grande"deus da fertilidade, e produção agrícola, adorado pelo cananitas e pelos seus sucessores, os fenícios (Bíblia de Estudo Shedd, pp 514).
Enquanto mantinha amizade e comunhão com o Criador, o ser humano não conhecia outro deus. Mas veio a queda e a separação entre Deus e o homem. E , longe de Deus e não sabendo como encontrá-lo, voltou-se para as forças vivas da natureza e divinizou-as. O sexo, por ser um meio de reprodução da vida, desempenhou importantíssimo papel religioso, particularmente em Babilônia. A liturgia nada mais era do que a descrição de relações sexuais entre deuses, mediante as quais, segundo os babilônicos, todas as coisas vieram à existência.
Deste modo o homem precipitou-se do monoteísmo original num abismo de inumeráveis cultos idólatras politeísticos, alguns deles indiscritivelmente vis e abomináveis, como a prática nefanda de queimar vivos inocentes bebês.
Em Canaã, em Tiro e em Sidom, o mais popular dos deuses era Baal (que quer dizer "senhor"). Era considerado a fonte da vida e da fertilidade, e por isso todas as colinas e montanhas eram dedicadas aos ídolos de Baal, especialmente pelos povos agrícolas. "Em Sidom, esse Deus era conhecido como Baal Melkart. Consideravam-no o deus do fogo e do poder, sendo seu símbolo um machado de guerra. Sua deusa e esposa chamava-se Aserá... Baal Melkart era sinônimo de todas as formas de imoralidades e desvios sexuais, de materialismo e luxúria.
Nos tempos das conquistas de Israel já se praticavam rituais de sacrifício de crianças ao Deus Moloque que também recebia outros nomes entre os diversos povos da antiguidade a depender da nação que o adotava. Era chamado de BAAL: na JUDÉIA, OM = OSIRIS e, DIONYSIUS na GRÉCIA, ATTIS na ÁSIA MENOR, MARDUK na MESOPOTÂNIA, MITHRAS na PÉRSIA e ADONIS na SÍRIA e EGITO (Alguns nomes do deus SOL a quem sacrificavam crianças, em favor de prosperidade).
Israel e o culto a Baal
Alguns reis de Judá e de Israel que apostataram de servir ao Senhor também entraram por este caminho de horror, entre os quais o perverso Manassés, rei de Judá, que não só adotou o culto a Baal como ele mesmo ofereceu seu próprio filho nos altares pagãos da idolatria - 2 Rs 21.1-6. Entre os reis do norte, Israel. nos deparamos com Acabe, marido de Jezabel, rainha cruel, que deu amplo e público culto a Baal com todas as suas perversidades - 1 Rs 16.29-33. Quando Jezabel foi escolhida como noiva de Acabe, rei de Israel, ela determinou que haveria de entregar seu marido e o povo de Israel como sacrifício a seus deuses. Jezabel, filha de um sacerdote-rei de Tiro, era a grande incentivadora do culto a Baal na Palestina, tendo conseguido tal progresso no assunto que provocara o desafio público do profeta Elias.
Porque Elias matou os profetas de Baal?
Escavações realizadas em Megido, que fica perto de Samaria, trouxeram à luz, na camada do templo de Acabe, as ruínas de um templo de Astarote, outra deusa da Síria e de Canaã, também esposa de Baal. "Os templos dos dois comumente não eram muito afastados. A poucos passos do templo de Astarote havia um cemitério, onde se acharam muitos jarros contendo despojos de crianças sacrificadas no dito templo. Vale isso como amostra do que era o culto de Baal. Os profetas de Baal e de Astarote eram assassinos oficiais de criancinhas.Isso esclarece a razão da matança deles por Elias, e ajuda a compreender porque Jeú se mostrou impiedoso no extermínio do baalismo.
"Este ato de matar ofenderia sensibilidade do homem moderno, pois que já estamos na era da graça de Cristo; mas para aquele povo, naquela situação histórica se justificava por vários motivos: 1) Vingava a morte dos profetas do Senhor; 2) Era o cumprimento do julgamento do Senhor contra os falsos profetas em Israel (Dt 13. 1-5); 3) Era uma guerra autêntica, dos servos de Baal contra o Senhor e seus seguidores (Bíblia de Estudo Shedd, pp 515)."
"Este ato de matar ofenderia sensibilidade do homem moderno, pois que já estamos na era da graça de Cristo; mas para aquele povo, naquela situação histórica se justificava por vários motivos: 1) Vingava a morte dos profetas do Senhor; 2) Era o cumprimento do julgamento do Senhor contra os falsos profetas em Israel (Dt 13. 1-5); 3) Era uma guerra autêntica, dos servos de Baal contra o Senhor e seus seguidores (Bíblia de Estudo Shedd, pp 515)."
O Baalismo moderno
A prática dos sacrifícios de crianças não é tão remota como poderia parecer à primeira vista. Os missionários cristãos dos tempos modernos depararam-se com tais cenas em muitos países onde o evangelho de Cristo era desconhecido.
Na Polinésia por exemplo, encontram-se pais que haviam sacrificado cinco, sete, dez e até dezenove dos seus filhos aos ídolos pagãos. As próprias mães cuidavam do sacrifício dos seus filhos recém-nascidos. No ritual diabólico, os pobres e inocentes bebês morriam de muitas maneiras: enterrados vivos, afogados com pano molhado ou mediante a quebra de todas as articulações, uma a uma, começando pelos dedos das mãos, depois dos pés, em seguida os braços, as pernas etc. Se com todas estas torturas não morriam, eram então sufocados. Trata-se de morte lenta, cheia de requinte de inominável perversidade, tendo por carrascas as próprias mães, que a tudo isso chamavam de um "heroísmo santo". (Almeida, Abraão de, em Lições da História, CPAD, RJ, 2000, pp 15-17).
Diversas formas de baalismo de nossa sociedade
Hoje se oferece crianças inocentes no altar do Baal do homossexualismo, da pedofilia, da prostituição infantil e no mais nefando de todos altares do sacrifício do aborto no pré e pós(?) parto com o incentivo e pressão de uma sociedade corrompida e permissiva, e não poucas vezes promovida por campanhas do governo.
Não causa surpresa, por mais estranhos que tais comportamentos e conceitos, possam parecer, atitudes semelhantes já eram tomadas por faraó no Egito quando determinou que as parteiras dessem fim aos meninos hebreus quando nascessem. Aquelas mulheres talvez não tivessem nenhum conhecimento de ética segundo os nossos padrões, no entanto foram muito mais humanas que muitos médicos de nossos dias que fazem juramento pela salvação da vida e, no entanto, tomam lugar de Deus decidindo quem deve viver ou morrer.
Herodes também teve semelhante atitude quando mandou matar os meninos de Belém, e o tomamos por louco, no entanto agiu da mesma maneira que outros governantes de hoje que na surdina autorizam o cometimento de semelhante estupidez.
Os chamados neo-nazistas são condenados quando tomam atitudes de agressão física contra grupos das chamadas minorias (gays, lésbicas e travestis) mas são amplamente tolerados e defendidos quando agem segundo os padrões éticos estranhos, de uma mídia e sociedade deturpados e vendidos para defender toda sorte de perversidades e maldades contra a humanidade e mormente contra um grupo de minoria de indefesos fetos em formação, ou recém-nascidos.
Nessa inversão de valores vamos encontrar aqueles que, em nome de defender o meio ambiente e os animais, superestimam o valor destes ( até mesmo prestando-lhe culto) e desprezam seus semelhantes (???). Nossa sociedade está moralmente doente, um câncer maligno e contagioso está afetando e contaminando aquilo que de bom e saudável ainda poderia haver em nosso meio. Deus tenha misericórdia e não venha destruir a humanidade, e tal como Sodoma retire o que ainda há de bom e derrame fogo sobre a face da terra".
Pr. JQCavalheiro.