Quando comparamos as igrejas de hoje à planta original, fica obviamente claro que muitos desvios foram permitidos, os quais tem sido prejudiciais à vida da Igreja. Através dos séculos, a Igreja afastou-se gradualmente das provisões simples - que faziam dela, em seus primeiros anos, uma força poderosa e capaz de compelir - e entrou em terríveis distorções que hoje têm nos feito sofrer grandemente. O pensamento popular fixado sobre o edifício como um símbolo identificador e enfático foi feito sobre estruturas imponentes e catedrais maciças. No começo, "trabalhar na igreja" significava exercer um dom ou ministério entre o povo cristão, onde ele estivesse. Gradativamente, porém, passou a significar algum ato religioso dentro de um edifício.
Juntamente com isto, veio a transferência gradual da responsabilidade do povo para o que foi denominado de "o clero", que é um termo derivado do latim clericus, referindo-se a um sacerdote. O conceito bíblico de que cada crente é um sacerdote perante Deus foi-se perdendo, e emergiu um grupo especial de super-cristãos procurado praticamente para todas as coisas, o qual passou a ser designado como "o ministério"...
Quando o ministério foi, deste modo, deixado aos profissionais, nada ficou para o povo fazer, a não ser vir à igreja e ouvir. Foi-lhes dito que é responsabilidade trazer o mundo para a igreja-edifício, a fim de ouvir o pastor pregar o evangelho. Logo, o cristianismo tornou-se um mero esporte para espectadores, muito semelhante à definição de futebol: 22 homens no campo precisando desesperadamente de descanso e , e 20.000 homens nas arquibancadas, precisando desesperadamente de exercício!
Esta distorção antibíblica colocou o pastor sob uma carga insuportável. Eles tem-se provado totalmente inadequados para a tarefa de evangelizar o mundo, aconselhar os angustiados e abatidos de espírito, ministrar aos pobres e necessitados, libertar os oprimidos e aflitos, expor as Escrituras, e desafiar as forças do mal entrincheiradas num mundo de crescente escuridão. Eles não foram feitos para isto.
Nada é mais desesperadamente necessário do que voltar à dinâmica da Igreja Primitiva.
Novamente, é o corpo inteiro de salvos que deve atender ao trabalho do ministério, equipado e dirigido por homens dotados e capazes de expor e aplicar as Escrituras com tal sabedoria que até o último crente descubra e comece a exercitar o dom ou dons que o Espírito Santo lhe tenha concedido. Todo o corpo, então, agita-se com o poder da ressurreição. A coragem e o poder tornam-se, outra vez, a marca registrada da Igreja de Jesus Cristo.
Fonte: (adaptado):
Ray G. Stedman (Body Life) em Bíblia de Estudo Devocional-Max Lucado, CPAD-RJ, 2005, pp 552-3.
A paz do Senhor pr. e amigo João Q.
ResponderExcluirJá estava sentindo falta de postar um comentário em seu excelente blog, no qual a excelência das matérias são indiscutíveis.
Parabéns pelo texto.
Será que um dia teremos uma igreja parecida com a descrita nas escrituras (primitiva)?
Deus lhe abençoe meu querido irmão.
Que a graça do Senhor Jesus Cristo repouse sobre sua vida e família.
Muita paz e saúde.
Abraços do irmão e fiel seguidor...
Demétrius A. Silva
http://ciencia-religiao.blogspot.com/
A Paz do Senhor estimado amigo e irmão Demétrius!
ResponderExcluirÉ com grande satisfação e prazer que recebo seus comentários em minhas postagens que são sempre aguardados com expectativa, são de grande estímulo para meu trabalho. Meu desejo é da mesma maneira que Deus continue abençoando seu tão conceituado blog, seu trabalho, e toda sua família. Tenha uma ótima semana!
Abraços do amigo....
João Q. Cavalheiro
www.aramasi.blogspot.com