“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre – Jo 14.16”.
“... o Pai das misericórdias e o Deus de toda consolação, - 2 Co 1.3.
Um murmúrio e logo uma multidão se aproxima. São muitas vozes. Pessoas que perguntam e entre eles há um, cuja voz se faz ouvir com maior intensidade, é o Mestre Jesus que caminha rumo ao monte das Oliveiras acompanhado por seus discípulos. Enquanto caminham Jesus passa-lhes as últimas instruções. Estão prestes a separar-se e muita coisa ainda há para ser confirmado. Os discípulos não conseguem entender quando Jesus diz-lhes que não se ausentassem de Jerusalém até receberem algo especial que eles ainda não conheciam.
Enquanto lhes falava, algo sobrenatural começa a acontecer e o Mestre afasta-se e começa a subir. Tão estranho aquilo lhes parece, mas a alegria de participar da comunhão com Jesus depois de havê-lo julgado acabado não os deixa despertar para a realidade: “O Mestre está sendo ascenso ao céu”. Dentro de poucos instantes uma nuvem o encobrirá e não O verão mais. Só então despertam para a realidade: “O Mestre não está mais entre eles”. A tristeza da separação começa a tomar conta deles. Para onde foi o amado Mestre? Será que devemos aguardá-lO? Ele retornará? Quando? Agora ou vai demorar? Subitamente, enquanto ainda estão a olhar para cima, da mesma nuvem que encobriu Jesus, dois moços vestidos de branco descem e se põem entre eles e começam a lhes falar: ”Varões galileus, por que estais olhando para o céu?" Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim como para o céu o vistes ir. – At 1.10,11”.
Ah! Estas palavras trouxeram-lhes conforto. Começaram então a lembrar-se de tudo o que Jesus havia lhes falado durante o tempo que com eles estivera e ficaram consolados na esperança do que lhes prometera, de que haveria de voltar e que durante a sua ausência deixar-lhes-ia o Consolador, o Espírito Santo. Firmados nestas promessas entraram em Jerusalém, foram revestidos do poder no Pentecostes e deram prosseguimento no seu ministério. Sempre aguardando e confiando na fidelidade de Deus de que haveria de cumprir tudo o que prometera. Assim o Senhor era com eles e foram consolados nEle .
O cristão tem muitas lutas com que digladiar-se durante a sua jornada rumo às portas eternas. Jesus disse: “ ... no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo. – Jo 16.33b”. O salmista já dizia: “Muitas são as aflições do justo, mas o SENHOR o livra de todas. – Sl 34.19”. São as preciosas promessas de Deus sobre as quais o cristão deve firmar-se na certeza que Deus é fiel para cumpri-las. Amém.
(Publicado antes com o título "O Consolador")
(Publicado antes com o título "O Consolador")
João Q. Cavalheiro
Fonte: (imagem)
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