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segunda-feira, 21 de novembro de 2011

EBD- A ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO RELIGIOSO


SUBSÍDIOS
Escola Bíblica Dominical

Lição 9 do 4º Trimestre  2011

 A Organização do serviço religioso 
 27 de Novembro de 2011


Texto Áureo
“E sacrificaram no mesmo dia, grandes sacrifícios e se alegraram, porque Deus os alegrara com grande alegria; e até as mulheres e os meninos se alegraram, de modo que a alegria de Jerusalém se ouviu até de longe" (Ne 12. 43).

Verdade Prática
Nosso serviço em prol do Reino de Deus somente terá validade se o dedicarmos ao Senhor em adoração e louvor.

Leitura Bíblica em Classe 
Ne 12. 27 - 31, 43


Objetivos
Após esta aula, o aluno deverá estar apto a: 


Conscientizar-se  de que os obreiros da casa do Senhor devem ser santos e irrepreensíveis.

Saber  que o culto divino deve ser conduzido com reverência.

- Compreender que Deus não mais aceita sacrifícios de animais.




DEFINIÇÕES:

Sacerdote: 
Ministro autorizado por Deus para o exercício das coisas sagradas e mediador entre o homem e Deus.

Culto: 
Adoração ou homenagem reverente que se presta a Deus. A palavra culto é originária do vocábulo latino "culto", e significa adoração ou homenagem que se presta ao Supremo Ser. No grego, temos duas palavras para culto: "latréia", significando adoração; e: "proskynēo", reverenciar, prestar obediência, render homenagem.



COMENTÁRIO



INTRODUÇÃO

Com Moisés e Arão foi implantada a liturgia organizada no serviço religioso na nascente nação de Israel. Com esta liturgia a tribo de Levi ficou responsável pelo serviço do holocausto, das ofertas e de todo o serviço no tabernáculo. A família de Arão e seus descendentes ficaram encarregados do sacerdócio.
Com Davi e depois Salomão o serviço foi incrementado com a instituição de turnos de guarda, músicos e outros serviços diversos. 
Após a reconstrução do templo e dos muros a cidade ficou urbanizada e novamente, por Neemias e Esdras, reimplantaram o serviço religioso buscando seguir os padrões observados através dos tempos pré-exílico.
Neste estudo estaremos trazendo à luz o culto judaico da Velha Aliança e o culto cristão da Nova Aliança e um estudo estabelecendo um comparativo entre o sacerdócio arônico/levítico e o sacerdócio de Cristo. Esses estudos visam fornecer subsídios ao melhor desempenho de nossos professores. Sob hipótese nenhuma nos julgamos melhores que nossos estimados professores que tudo de si dão para ministrarem uma boa aula e alcançar seus objetivos, apenas queremos  ser co-participantes de vosso ministério contribuindo para o crescimento da obra de nosso Deus. Desejamos aos nossos leitores um bom aproveitamento neste estudo. Deus vos abençoe!


O sacerdócio de Arão 


 No Antigo Testamento, o sacerdote era o “ministro das coisas sagradas” (Êx 18.12; 28.1; Lv 1.1-8; Nm 3.3). Esta é também a concepção do Novo Testamento, segundo Hebreus 5.1 e 8.2,3. Os romanos chamavam-no de pontifex, isto é, “aquele que estabelece uma ponte”.
O sacerdócio da ordem de Arão foi estabelecido por Deus para oferecer sacrifícios pelos pecados do povo, e representar o Eterno entre os israelitas.
Este sacerdócio era exercido por Arão e seus filhos e, de uma forma geral, pela tribo de Levi (Nm 3.1-3,6-10). Todos, porém, eram falhos (Nm 3.4; Hb 7.27,28) e mortais (Hb 7.23). Após o exílio babilônico, os sacerdotes tiveram de atestar sua genealogia; os que não o conseguiram foram expulsos dessa Ordem (Ne 7.64).
De acordo com o historiador Josefo, de Arão até à destruição do Templo de Jerusalém, em 70 d.C, cerca de oitenta sumos sacerdotes exerceram o ministério entre os hebreus. Todos, ao morrerem, eram substituídos, como afirmam as Escrituras: “E, na verdade, aqueles foram feitos sacerdotes em grande número, porque, pela morte, foram impedidos de permanecer” (Hb 7.23). Todavia, o Todo-Poderoso estabelecera, mediante Cristo, um sacerdócio imutável e eterno: “Tu és sacerdote eternamente, segundo a ordem de Melquisedeque” (Hb 7.17,21, 24 cf. Sl 110.4). A ordem sacerdotal do Messias é única, singular, eterna (Êx 40.12,13; Hb 7.13-21).


Contrastes entre Cristo e o sacerdócio Arônico/Levítico:




Enquanto os sacerdotes Levíticos eram meramente homens
Nosso grande sumo sacerdote era tanto    homem quanto Deus. A Epístola aos Hebreus que fala muito a respeito do sacerdócio de Cristo, começa com um capítulo assegurando a Sua deidade (Hebreus 1:1-14). Sendo tanto homem quanto Deus Cristo pode verdadeiramente atuar como nosso mediador (I Timóteo 2:3-5).
Enquanto os sacerdotes Levíticos eram sacerdotes terrenos sobre uma casa terrena,
Nosso Salvador é um sacerdote celestial sobre uma casa celestial (Hebreus 8:1-2, 9:24)
Enquanto não havia nenhum juramento    conectado a consagração dos sacerdotes Levíticos,
.
Nosso Senhor foi feito sacerdote pelo juramento de Deus (Salmo 110:4, Hebreus 7:21 e 28).
Os sacerdotes terrenos eram pecadores    e necessitavam se purificar através do sacrifício.
Nosso Salvador era santo e sem pecado (Hebreus 7:26-28)
Os sacerdotes Levíticos nunca se sentavam quando ministravam, pois seu trabalho nunca acabava. Suas ofertas realmente nunca tiravam o pecado (Hebreus 10:11).
O sacrifício de nosso Senhor tirou de uma vez por todas os nossos pecados. Ele agora está assentado á direita de Deus (Hebreus 10:11-13).
Os sacrifícios dos sacerdotes Levíticos eram muitos porque eram apenas meras figuras e não podiam tirar os pecados (Hebreus 10:1-4).
Cristo ofereceu apenas um sacrifício que é eternamente o suficiente para salvar o Seu povo (Hebreus 10:10-14).
Os sacerdotes Levíticos eram muitos

Enquanto nosso verdadeiro sacerdote apenas Um (Atos 4:12).
Os sacerdotes do Velho Testamento morreram
Enquanto nosso Salvador vive para sempre (Hebreus7:22-25)

Os sacerdotes Levíticos pertenciam a um típico e temporário sistema baseado na aliança que terminou um dia.
Nosso Senhor tem um real e imutável sacerdócio (Hebreus 7:11-12, 24-25).
Os sacerdotes Levíticos pertenciam a uma ordem diferente de nosso Senhor.
Ele era sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque (Hebreus 7:17). 


A LITURGIA DO CULTO

 Velha Aliança:

O culto judaico possuía uma liturgia complexa e inflexível. Nos dias de Davi, muitos elementos dessa forma de adorar ainda continuavam. Isso é comprovado em todo o Velho Testamento, especialmente nas dezenas de regras que serviam para regulamentar o culto e que são mostradas com abundância no Pentateuco. O vocábulo liturgia é oriundo de duas palavras gregas, que são respectivamente leiton e ergon. A junção destes vocábulos significa literalmente serviço público. A Septuaginta usa esse vocábulo para traduzir os termos hebraicos sharat e 'avodah. Os estudiosos observam que no contexto do Velho Testamento a liturgia passa a ser aplicada a sacerdotes e levitas, que se ocupavam dos ritos sagrados no Tabernáculo ou no Templo. Tanto os sacerdotes quanto os levitas trabalhavam duro para darem conta do ritual litúrgico do culto judaico.

Nova Aliança:

Os escritores do Novo Testamento tomam emprestado esse significado e o aplicam à estrutura do culto cristão. Assim, no contexto neotestamentário, o termo é utilizado para "cristãos servindo a Cristo, seja pela oração, ou instruindo outros no caminho da salvação, ou de alguma outra forma". De fato, é o que podemos observar quando lemos o livro de Atos dos Apóstolos: "E, servindo eles ao Senhor" (At 13.2). Nesse contexto a palavra "servindo" é a tradução do grego leitourgeo, que no português é "liturgia".
A liturgia da Igreja Primitiva, ao contrário do culto veterotestamentário, é extremamente simples. Incluía a leitura da Bíblia e sua explanação (At 13.14-16; 1 Tm 4.13); a oração (At 16.13; 1 Tm 2.8); a recitação de Salmos, cânticos de hinos e expressões carismáticas do Espírito Santo (1 Co 14.26; Ef 5.19; Cl 3.16). Isso não quer dizer que os cristãos primitivos não se preocupassem com os rituais do culto e que fossem desprovidos de sentido. Devemos lembrar que há um contraste enorme entre o culto da Velha Aliança e o da Nova Aliança, o que justifica também essa diferença litúrgica.
Por exemplo, no Antigo Testamento a adoração era com base na letra; no Novo Testamento é no Espírito; No Antigo Pacto o sacerdócio é local e cabia à tribo de Levi; no Novo o sacerdócio é universal; no Antigo a unção do Espírito vinha especialmente sobre ofícios, isto é, reis, profetas e sacerdotes; no Novo o derramamento do Espírito é sobre toda carne; no Antigo a adoração é reservada ao Templo; no Novo há o "templo da adoração", isto é, cada crente é um santuário do Espírito Santo; no Antigo o Espírito estava com os crentes; no Novo o Espírito está nos crentes. Esses fatos justificam a diferença na forma litúrgica, no entanto, conservam de igual modo a sua essência.


O CULTO CRISTÃO NOS ENSINAMENTOS DO APÓSTOLO DOS GENTIOS

A liturgia da Igreja Primitiva, ao contrário do culto levítico, era simples e pentecostal. Os dons espirituais faziam parte dos serviços, e não se estranhava quando alguém manifestava-se noutras línguas; eram estas interpretadas, exortando, consolando, edificando os fiéis, e descobrindo os corações aos incrédulos.
Em pelo menos três ocasiões, o apóstolo Paulo refere-se aos elementos que acompanhavam o culto da Igreja Primitiva.
1. Aos coríntios. Deixa Paulo bem patente, aos irmãos de Corinto, que os atos litúrgicos devem ser usados para a edificação: "Que fareis, pois, irmãos? Quando vos ajuntais, cada um de vós tem salmo, tem doutrina, tem revelação, tem língua, tem interpretação. Faça-se tudo para edificação" (1 Co 14.26).
2. Aos colossenses. Já aos colossenses, realça ele os cânticos na adoração cristã: "Habite, ricamente, em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria, louvando a Deus, com salmos, e hinos, e cânticos espirituais, com gratidão, em vosso coração" (Cl 3.16 - ARA).
3. Aos efésios. Finalmente aos efésios, mostra o apóstolo que a liturgia é um eficiente meio da graça para enlevar a espiritualidade (Ef 5.18-21).

Elementos do culto cristão

 Embora não siga necessariamente esta ordem, aqui estão os elementos do culto cristão: 
1. Doutrina
2. Revelação
3. Línguas estranhas e interpretação
4. Salmos, hinos, cânticos espirituais e 
5. Ações de graças.


OS OBJETIVOS DO SERVIÇO CRISTÃO

Sempre preocupado com o Serviço Cristão, afirmou J. H. Jowett: "O ministério que nada custa, nada realiza". Como discordar do irmão Jowett? Os objetivos do Serviço Cristão, na difusão universal do Evangelho de Cristo, são mui amorosos e abrangentes.

1. Adorar a Deus. O autor do Apocalipse registra esta convocação, a fim de que todos adoremos a Deus na beleza de sua santidade: "Temei a Deus e dai-lhe glória, porque vinda é a hora do seu juízo. E adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas" (Ap 14.7).
Não há trabalho tão elevado como adorar a Deus. A palavra culto, em inglês, é representada pelo vocábulo service; significa este tanto um culto quanto um préstimo, obséquio ou ocupação.

2. Pregar o Evangelho. Antes de ascender aos céus, o Senhor Jesus comissiona os discípulos a pregar o Evangelho até aos confins da terra: "É-me dado todo o poder no céu e na terra. Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém!" (Mt 28.18,19).

3. Exercer o magistério eclesiástico. Notemos como é importante a Educação Cristã: "Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar, para redarguir, para corrigir, para instruir em justiça, para que o homem de Deus seja perfeito e perfeitamente instruído para toda boa obra" (2 Tm 3.16,17). Por conseguinte, temos de nos dedicar ardentemente ao ensino sistemático e ordenado da Palavra de Deus.

4. Visitar os santos em suas necessidades. É o que nos recomenda o enérgico Tiago: "A religião pura e imaculada para com Deus, o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo" (Tg 1.27).


CONCLUSÃO:

O serviço religioso no Antigo Testamento (Velha Aliança) estava regulamentado no Pentateuco e dependia do ofício de sacerdote sacrificador onde uma vítima (novilho, cordeiro, etc) era oferecida como remissão pelo pecado. Este sacrifício não era conclusivo pois o verdadeiro sacrifício houve na Pessoa de Jesus com o qual concretizou-se o sacrifício vicário. De uma vez por todas o preço foi pago e o sacrifício de animais foi dispensado. Hoje a nossa Salvação está firmado no holocausto vicário de Cristo que é digno de todo o nosso culto, louvor e adoração.
     

Pesquisa/Organização e comentários adicionais:
Prof. João Q. Cavalheiro



Fontes:
Lições Bíblicas/CPAD-RJ, 1º Trimestre 2008 (Lição 7)
Lições Bíblicas/CPAD-RJ, 2º Trimestre 2008 (Lição 5)
Lições Bíblicas/CPAD-RJ, 2º Trimestre 2008 (Lição 6)              
Lições Bíblicas/CPAD-RJ, 4º Trimestre 2009 (Lição 11)
http://www.estudantesdabiblia.com.br
http://www.palavraprudente.com.br/estudos/ron_c/guiaexodo/cap35.html





2 comentários:

  1. que belo artigo!
    em muito me ajudou e com certeza vai ser enriquecedor pra minha aula de hoje que o Senhor continue te iluminando.

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  2. A Paz do Senhor irmão Frank!

    Que bom que o irmão gostou dos post e que o mesmo está servindo de subsídio em suas aulas de EBD. Agradecemos a Deus e rogamos vossas orações para que possamos continuar a batalhar pelo crescimento do Reino de Deus.

    Abraços de vosso irmão em Cristo....

    João Q.C.

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