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quarta-feira, 13 de abril de 2011

UM LÍDER CHEIO DO ESPÍRITO SANTO


E Jesus lhes disse: Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome; e quem crê em mim nunca terá sede. Jo 6.35” 
“e todo aquele que vive e crê em mim nunca morrerá. Crês tu isso? Jo 11.26”.
"Escolhei,pois, irmãos, dentre vós, sete varões de boa reputação, cheios do Espírito Santo e de sabedoria aos quais constituamos sobre este importante negócio. 
At 6.3"


Uma grande necessidade do verdadeiro cristão é a de viver plenamente em espírito, caso contrário a sua vida será uma derrota constante (Rm 8.9). Ao encontrar-se com a mulher samaritana junto ao poço de Jacó em Sicar, àquela pecadora, que para justificar-se alegava sua participação da herança de Jacó e que por isso aguardava naquele monte a manifestação do Salvador, Jesus falou: 
“Mas a hora vem, e agora é, em que os verdadeiros adoradores adorarão o Pai em espírito e em verdade, porque o Pai procura a tais que assim o adorem. Deus é Espírito, e importa que os que o adoram o adorem em espírito e em verdade. Jo 4.23,24”.

Uma vida destituída de espiritualidade, vindo as intempéries das lutas cotidianas é condenada a fracassar, pois quando vê os problemas, aos quais está sujeito o crente, ele não encontrará apoio, e a carne sendo fraca não resistirá. Essa era a situação de Pedro antes da experiência do Pentecostes e por este motivo Jesus encareceu a que os discípulos ficassem em Jerusalém aguardando até que fossem cheios do Espírito para então passarem a ser testemunhas nos locais em que haveriam de evangelizar – At 1.8.

A grande preocupação de Eliseu, que sucederia Elias no ministério profético foi o de receber grande porção do Espírito que havia em Elias e só então passou a realizar todos os milagres de que somos conhecedores pela Palavra de Deus ( 2 Rs 2.9).

Estêvão só foi capaz de suportar todas as agruras a que foi submetido por causa de seu testemunho por que estava cheio do Espírito. Por isso Jesus havia dirigido os Apóstolos a que escolhessem para o ministério homens cheios do Espírito Santo ( At 6.3,8,ss).
Muitos servos de Deus fracassaram em seu trabalho por que não estavam preparados para exercê-lo, faltava-lhes ser repleto do Espírito. Muitos missionários não foram bem sucedidos em sua missão quando não estavam repletos do Espírito. Mais tarde receberam o revestimento, voltaram para o campo e então tiveram êxito no trabalho, por estarem preparados.

No capítulo 13 de Números, quando o povo de Israel estava no deserto de Parã, Moisés enviou 12 homens escolhidos para ir a Canaã, espiar. Daqueles homens, dez voltaram com mensagens pessimistas cujos depoimentos causou grande transtorno na congregação. Faltava a estes homens a unção do Espírito. Tinham apenas uma visão carnal, limitada por obstáculos.

Diferentes deles foram Josué e Calebe, Estes estavam cheios do Espírito e suas palavras foram confortadoras e de ânimo, incitando-os à fé da qual foram testemunhas durante sua jornada até ali.

O povo preferiu dar ouvidos às palavras desapontadoras dos outros dez, murmuraram e levantaram-se contra Deus e Moisés e isto fez que aquela geração jamais entrasse na Terra Prometida, pela dureza do coração. Peregrinaram pelo deserto por mais 38 anos.

Trouxemos à lembrança este fato com objetivo de mostrar ao nosso leitor que um obreiro, um líder na obra de Deus precisa ser cheio do Espírito Santo para avivar na Igreja a fé e confiança no Senhor. De suas decisões e atos depende, muitas vezes, a vitória da congregação. A responsabilidade que pesa sobre quem lidera é muito grande e por isso ele deve pedir a Deus sabedoria espiritual como fez Salomão quando foi indicado Rei de Israel. Julgou-se pequeno para tão grande trabalho, mas foi na fonte certa, pediu a Deus sabedoria e foi atendido.

Um obreiro que não possui a experiência do Espírito ao se defrontar com as lutas procurará agir com suas próprias forças, entrará em desespero ou desânimo. Vide o exemplo de Pedro em três ocasiões diferentes: Na primeira nos deparamos com ele diante de uma grande turba que viera para aprisionar Jesus, ele tomou de uma espada e atacou um servidor do Sinédrio, cortando-lhe a orelha (Jo 18.10). Em outra ocasião, diante dos criados, durante o julgamento de Jesus, negou conhecer o mestre ( Lc 22.56-60), mesmo antes tendo jurado ir com o Senhor até a morte se fosse preciso ( Lc 22.33). Em ambas as situações Pedro estava na carne, na primeira agindo com violência (Zc 4.6,) e na Segunda acovardando-se, portanto fracassou. Na terceira ocasião que gostaríamos de dar ênfase, Pedro, no dia de Pentecostes, poucos dias depois, diante de uma grande multidão, fez um poderoso sermão, com tamanha convicção e autoridade que quase três mil almas vieram a congregar-se à Igreja naquele dia. Agora ele estava cheio do Espírito Santo (At 2.14-41). É isto que diferencia um homem carnal de outro que esteja saturado do poder do Espírito Santo. Ser cheio do Espírito Santo não é fazer barulho ou movimentos emocionais cuja única finalidade é mexer com os sentimentos da pessoa, mas que no momento seguinte ela poderá sentir-se vazia. Certa pessoa disse: “lata vazia faz barulho e palha seca arde com facilidade mas o seu fogo dura pouco tempo”. Ser cheio do Espírito é estar saturado, de maneira que o rosto brilha e as palavras são tão convincentes que o inimigo ou o pecado não poderão resistir na presença do servo de Deus.

Na Igreja primitiva, muitos cristãos foram torturados, caluniados, perseguidos mas se mantiveram firmes porque estavam cheios do Espírito Santo.

Muitos outros exemplos teríamos para mencionar, mas, cremos que com o que vimos teremos base suficiente para nos conscientizarmos que: “Só se o obreiro for cheio da graça de Deus ele poderá lutar com as armas do Espírito( Ef 6.10-18) e sairá vencedor pois não temos que lutar contra a carne ou contra o sangue, mas sim contra hostes da maldade que operam nos lugares celestiais (Ef 6.12). Em outra palavra diz “não por força nem por violência mas pelo Espírito do Senhor” (Zc 4.6).

Pr. João Q. Cavalheiro

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