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terça-feira, 29 de março de 2011

UMA PROMESSA E MUITOS OBSTÁCULOS



E disse o Senhor: Se tivésseis fé como um grão de mostarda, diríeis a esta amoreira: Desarraiga-te daqui e planta-te no mar, e ela vos obedeceria “ Lc 17.6.


Vejamos alguns obstáculos enfrentados por Israel durante a sua jornada com destino à Terra Prometida. Deus, tendo ouvido o gemido do povo debaixo das pesadas cargas que lhes eram impostas, determinou a Moisés que fosse ao Egito com uma Missão, a de retirar o povo daquele lugar.
O primeiro obstáculo enfrentado foi o da dureza de Faraó, que estava decidido a não deixar o povo partir. Era de grande valor a mão de obra prestada por aquele povo que ali estava a lhe servir.
O rei deste mundo não se conforma com a perda do pecador arrependido que se decide a abandoná-lo e partir rumo à Canaã Celestial e tudo fará para detê-lo, impedindo a sua marcha.
Todos os obstáculos colocados por Faraó foram removidos pela mão forte de Deus, um a um foram sendo postos por terra não obstante a objeção do rei. Apesar da murmuração do povo que não estava preparado a pagar o preço de deixar tudo e enfrentar a objeção dos egípcios que lhes impunham maiores cargas para que eles desistissem daquela idéia “maluca” de abandoná-los, Deus continuou fiel e impôs a sua vontade e de lá tirou o povo. A porta aberta por Deus, homem nenhum pode fechar ( Ap 3.8).
Já em marcha rumo à Canaã, mais uma barreira foi defrontada, Faraó seguia após com um grande exército procurando forçá-los retroceder. Encontraram pela frente uma barreira aparentemente intransponível: o grande mar vermelho. Nenhum barco possuíam para transpor para o outro lado do mar toda aquela grande multidão.
Quando o cristão depara-se com dificuldades aparentemente insolúveis, olha para todos os lados e não vê solução imediata, é muitas vezes levado ao desespero, mas quando ele olha para o alto, como o salmista contempla o socorro: “Elevo os olhos para os montes: de onde me virá o socorro? O meu socorro vem do SENHOR, que fez o céu e a terra. Sl 121.,2“.
Deus veio em socorro de Israel e determinou a Moisés que com sua vara tocasse o mar e de uma forma milagrosa as águas se abriram e Israel passou o mar como se fosse terra seca. Quando já estavam de outro lado e o exército de Faraó que vinha após eles foi todo submerso, pois Deus mais uma vez ordenou a Moisés que tocasse as águas e estas voltaram a seu lugar tragando todo um exército, com seus carros e cavalos. O livramento de Deus é completo. Até mesmo aquilo que não pedimos Deus faz.
O mesmo podemos observar que aconteceu com Elias, quando rogava a Deus para que mandasse fogo do céu e queimasse o holocausto que havia colocado como desafio aos profetas de Baal para provar a presença viva do Senhor. Deus não só mandou fogo para consumir o holocausto, como também o fogo consumiu o próprio altar, as pedras, a lenha, o pó e até a água que havia sido despejada ao redor do altar - 1 Rs 18.30-38. Deus é grande e as suas fiéis promessas cumprem-se literalmente, sem deixar dúvidas “...em quem não há mudança, nem sombra de variação – Tg 1.17b”.
Assim durante a marcha pelo deserto sempre Deus foi o livramento de Israel. Providenciou alimento, água, abrigo para todo o povo e o seu rebanho. Transpuseram o Jordão, apesar de suas bravias águas, pois elas se detiveram e o povo andou sobre seu leito como se fosse uma estrada. Enfrentaram intempéries e muitas dificuldades mas em todos os momentos o Senhor era com eles.
Um povo sem armas ou experiência de guerra defrontou-se com homens armados e poderosos e saiu vitorioso. Deus estava na frente removendo barreiras e abrindo ferrolhos, derribando muros intransponíveis e entregando cidades fortificadas em suas mãos.
Desta maneira a Igreja primitiva também enfrentou obstáculos. Foi perseguida, maltratada pelos governantes e homens religiosos de sua época. Seus líderes foram aprisionados, injuriados, apedrejados, mortos das maneiras mais ignominiosas e perversas possíveis, mas nunca negaram a fé. A Igreja foi forçada a refugiar-se nas matas, subterrâneos, catacumbas. Foram jogados às feras.
Enquanto seus algozes regozijavam-se vendo esses animais ferozes os estraçalharem as vítimas cantavam e davam glórias a Deus, mantendo firme sua fé. Nenhuma tortura foi capaz de detê-los. A Igreja permaneceu, enquanto seus inimigos sofreram o dissabor da derrota. Viram seus domínios serem submetidos e seu reinado passar para outros. Não puderam subsistir. A Igreja, porém, apesar dos obstáculos, permaneceu triunfante.
Em tempos mais recentes vê-se a Igreja estendendo-se, progredindo e alcançando as nações. Mesmo nos lugares mais remotos da terra ela está prevalecendo e conduzindo almas para o Reino de Deus em obediência ao mandamento “Amplia o lugar da tua tenda, e as cortinas das tuas habitações se estendam; não o impeças; alonga as tuas cordas e firma bem as tuas estacas – Is 54.2”.
No Brasil, em 1911, aportaram em Belém do Pará dois missionários suecos, Daniel Berg e Gunnar Vingren, que aquecidos pela chama do Espírito Santo para cá vieram com uma missão, a de trazer para estas longínquas terras a mensagem do Pentecostes. Enfrentaram dificuldades, terras inóspitas, chefes religiosos intolerantes, multidão enfurecida, fome, doenças. Eles não retrocederam por que o Senhor era com eles. Permaneceram firmes no seu propósito e alcançaram vitória. A Igreja floresceu, cresceu e se expandiu. Hoje em qualquer cidade deste país continental, mesmo onde não exista a luz elétrica, onde o telefone ou o correio não chegam, a mensagem das Boas Novas chegou e lá está plantado um marco do Evangelho.
Apesar de o inimigo estar agindo de maneiras sutis, procurando deter a obra de Deus, faz ofertas atraentes, tentando desviar a Igreja de seu alvo, quando não tem se levantado procurando fechar portas e dificultar a expansão do Evangelho, mas a Igreja tem passado por cima destas barreiras e quando Satanás percebe ela já está lá na frente com a bandeira da Vitória tremulando e avançando sempre para a frente, olhando para o Alvo que é Jesus, até alcançar a Canaã Celestial, morada dos remidos, esperança dos fiéis e objetivo de nossa fé.
Que razão teria o Servo de Deus para duvidar da autenticidade das promessas divinas. Ele prometeu estar com a Igreja todos os dias para sempre “......e eis que eu estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos. Amém! – Mt 28.20b” Em Hebreus 13.5 vê-se a repetição da promessa feita a Josué como prova de que aquela promessa também foi estendida à Igreja Primitiva e em conseqüência à igreja de nossos tempos “Não te deixarei, nem te desampararei – Hb 13.5; Js 1.5”.
Como vimos, não há razão para o cristão estar apreensivo com relação aos empecilhos que o inimigo, adversário de nossas almas, coloca em seu caminho durante sua jornada. Nosso Deus é forte e nenhum mal poderá atingir aquele que anda nos caminhos do Senhor. Que diz o Salmo 91.5 ? “Mil cairão ao teu lado, e dez mil, à tua direita, mas tu não serás atingido”. “...vindo o inimigo como uma corrente de águas, o Espírito do SENHOR arvorará contra ele a sua bandeira - Is 59.19b” . A porta que Deus abre ninguém poderá fechar – Ap 3.7.


Pr. J.Q.Cavalheiro

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