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segunda-feira, 11 de abril de 2011

FILHOS POR ADOÇÃO




ADOÇÃO:
Ato pelo qual se confere a uma pessoa estranha o mesmo direito de seu próprio filho, como no caso de Moisés e de Ester, Ex 2.10; Et 2.7.
Em o Novo Testamento, esta palavra é usada para significar: a) A escolha que Jeová fez para que a nação judaica fosse o seu povo, Rm 9.4. b) A eleição de todos os verdadeiros cristãos como filhos de Deus, em um sentido todo especial, Gl 4.5; Ef 1.4. O espírito de adoção nos habilita a amar a Deus da mesma sorte porque os filhos amam a um pai extremoso. Distingue-se do espírito de servilismo que impele uma pessoa a ter por Deus o mesmo sentimento que um escravo tem pelo seu dono, Rm 8.14-21. c) A redenção do corpo; a sua libertação do pecado, da dor e da morte, por um estado de glória, Rm 8.23.
(John D. Davis, Dicionário da Bíblia, 15ª Edição, 1989, JUERP, RJ,p 19)



1. Israel é filho de Deus por eleição – Dt 32.6; Is 63.16.
2. Jesus é Filho de Deus por geração – Hb 1.5; Sl 2.7; Jo 1.14.
3. Os crentes são filhos de Deus por Adoção – Rm 8.1,23;Gl 4.5,6; Ef 1.5; 
4. Todas as pessoas são filhos de Deus por criação – Ml 2.10


Mas a todos quantos o receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus: aos que creem no seu nome.
Jo 1.12”.


A situação do homem perante Deus se define de três maneiras. A primeira situação encontramos na criação, quando o homem foi feito à imagem e semelhança de Deus “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança;...Gn 1.26a.”, o que o identifica como filho.

Essa situação mudou pelo pecado no Jardim do Éden. Isso foi uma grande calamidade, pois o homem perdeu o direito de filho e por isso também a Vida Eterna. Deus providenciou um paliativo, e o homem passou a apresentar sacrifício de animais o que temporariamente aplacava a ira de Deus contra o pecado, quando o homem já havia deixado de ser filho e passara a uma situação inferior.

Com a morte de Jesus, o verdadeiro Cordeiro de Deus, a situação primitiva do homem foi restabelecida e, por adoção, o homem pode apresentar-se a Deus com toda confiança, pois agora já não pesava mais sobre ele a sentença de morte pelo pecado mas lhe fora restituída a condição de filho.

O novo andar é o santo viver como nova criatura em Cristo. É um despojamento total da velha vida, do velho andar . No novo andar, os velhos andrajos do pecado são tirados, ou seja, a velha natureza pecaminosa é despida dos velhos hábitos para uma nova vida. O novo homem é uma nova criação segundo Deus. Não se trata de criação física, mas espiritual (Jo 3.3-6). Todos os sinais da velha criatura, do velho homem, foram desfeitos na cruz para que o novo convertido viva uma nova vida em Cristo. O novo homem é o crente regenerado pelo Espírito Santo. Duas características de Deus são a justiça e a santidade. Eles fazem parte do caráter de Deus. Quando o pecador é regenerado, pelo Espírito Santo na conversão, ele é criado "segundo Deus", isto é, à semelhança de Deus em "justiça e santidade (CPAD, Lições Bíblicas, 05.12.99)”. 

No momento extremo que o Filho de Deus rendeu a Deus seu Espírito rasgou-se o véu que separava o “Santo dos Santos” do povo no restante do templo (Mt 27.51). Neste lugar só podia entrar o Sumo Sacerdote e uma vez por ano, tendo antes de fazer sacrifício por si mesmo. Com isso foi franqueado o acesso do homem aquele lugar, simbolizando que em virtude de sua nova condição de “Filho de Deus” foi lhe proporcionado o direito a todas as bênçãos dela advindas e o livre transitar por todas as dependências da Casa do Pai.. Pode agora chegar com franqueza ao Pai, e rogar-lhe as bênçãos prometidas aos filhos.

Deus nos fez herdeiros de seus bens, isto é, uma plena certeza de salvação na pessoa de Jesus e agora podemos usufruir novamente a promessa de Vida Eterna. A primeira promessa com relação a essa regeneração podemos encontrar em Gn 3.15, onde Deus reconhecendo a queda do homem e que por suas próprias forças jamais poderia se restabelecer, prometeu que desta própria geração, de uma forma miraculosa, providenciaria Um, sem pecado, que de uma vez por todas pagaria o preço do pecado de toda humanidade, que por herança havia recebido de seus pais e recolocaria o homem no lugar do qual por sua própria negligência havia descido. Essa era a promessa de Deus e ela cumpriu-se na pessoa de Jesus.

Ao pecador, arrependido, portanto Deus prometeu e continua a cumprir a promessa de Adoção de Filho. “e nos predestinou para filhos de adoção por Jesus Cristo, para si mesmo, segundo o beneplácito de sua vontade,... Ef 1.5 para remir os que estavam debaixo da lei, a fim de recebermos a adoção de filhos – Gl 4.5”.

A muita convivência entre pessoas faz com que elas se tornem parecidas, não somente na personalidade, mas até mesmo com semelhanças físicas. Seus traços fisionômicos se assemelham de modo que se poderá dizer que sejam parentes sanguíneos, isto pode acontecer entre amigos, casais, etc.

Denota-se um fato semelhante no Sinédrio, enquanto todos acompanhavam o desenrolar do julgamento de Jesus naquela noite fria. Pedro também ali estava e aquecia-se ao redor do fogo, quando a criada do Sumo sacerdote achegou-se a ele e lhe disse – Tu também eras um deles, o teu semblante não nega (Mt 26.73).

Assim também é o cristão autêntico, sua convivência com Jesus reflete o semblante, a imagem da semelhança com Ele. São as marcas da alma. As mudanças interiores são mais profundas e elas se fazem refletir no exterior. Quando o cristão nasce de novo ele sofre uma transformação interior, espiritual, de grande abrangência. Ele agora pertence a uma nova família. A adoção não foi por documentos, mas espiritual. Seus atos são nobres, sua conversa é de bom nível e seu caráter é perfeito. Ele agora pertence à nobreza, à família do Rei, e tem o direito de ser chamado seu filho. Jesus disse que seus verdadeiros adoradores o adorarão em Espírito e em Verdade.

Essa semelhança com Cristo é que desperta o ódio dos filhos do Diabo, que vivem em constante pecado e, que ao avistar o crente, a santidade do filho de Deus  os agride e acusa o pecado existente naquela criatura, de modo que passa a hostilizá-lo, pois a luz e as trevas não podem permanecer juntas, onde chega a luz as trevas são banidas, a luz ofende a Satanás. O ódio que o mundo nos demonstra é um atestado da autenticidade de nossa filiação.

Pr. João Q. Cavalheiro

5 comentários:

  1. A paz do Senhor pr. João.
    Fico feliz em conhecer um pastor que é professor de ciências.
    Que Cristo use nossas vidas como um canal de bençãos para os que estão perdidos em trevas.
    Abrçs.
    http://ciencia-religiao.blogspot.com/

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  2. Paz do Senhor Pr. Demetrius!
    Obrigado por suas palavras. Com certeza juntamente faremos um bom trabalho em prol do Reino de Deus.
    Receba um forte abraço desse seu irmão.
    João Q. Cavalheiro.

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  3. Este comentário foi removido pelo autor.

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  4. Pr. João, gostei do texto acima, vem de encontro a um estudo que tinha preparado a um tempo atrás, sendo agora acrescido de outras importantes informações.
    Deus continue te abençoando no ministério, na família e no trabalho.
    Conte conosco nessa luta! Que Deus continue a nos proteger e nos dar discernimento.

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  5. Paz do Senhor Pr. João Luiz!
    Obrigado por seu comentário a esta mensagem. Certamente que participamos dos mesmos propósitos e tudo contribui para o engrandecimento do Reino de Deus. O Meu desejo é que Deus da mesma maneira continue abençoando seu ministério. Receba um forte abraço deste seu irmão...
    João Q. Cavalheiro.

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