O Arminianismo é uma escola de pensamento soterológica de dentro do cristianismo protestante, baseada sobre idéias do teólogo reformado holandes Jacobus Arminius (1560 – 1609) e seus seguidores históricos, os Remonstrantes. A aceitação doutrinária se estende por boa parte do cristianismo desde os primeiros argumentos entre Atanásio e Orígenes, até a defesa de Agostinho de Hipona do "pecado original."
Desde o século XVI, muitos cristãos incluindo os batistas (Ver A History of the Baptists terceira edição por Robert G. Torbet) tem sido influenciados pela visão arminiana. Também os metodistas, os congregacionalistas das primeiras colônias da Nova Inglaterra nos séculos XVII e XVIII, e os universalistas e unitários nos séculos XVIII e XIX.
O ARMINIANISMO SEGUE OS SEGUINTES PRINCÍPIOS:
- Os seres humanos são naturalmente incapazes de fazer qualquer esforço para a salvação. (veja também graça preveniente)
- Os crentes são capazes de resistir ao pecado, mas não estão além da possibilidade de queda da graça através da persistência, sem o arrependimento do pecado.
O termo arminianismo é usado para definir aqueles que afirmam as crenças originadas por Jacobus Arminius, porém o termo também pode ser entendido de forma mais ampla para um agrupamento maior de idéias, incluindo as de Hugo Grotius, John Wesley e outros. Há duas perspectivas principais sobre como o sistema pode ser aplicado corretamente: arminianismo clássico, que vê em Arminius o seu representante; e arminianismo wesleyano, que vê em John Wesley o seu representante. O arminianismo wesleyano é por vezes sinônimo de metodismo. Além disso, o arminianismo é muitas vezes mal interpretado por alguns dos seus críticos que o incluem no semipelagianismo ou no pelagianismo, ainda que os defensores de ambas as perspectivas principais neguem veementemente essas alegações.
Dentro do vasto campo da história da teologia cristã, o arminianismo está intimamente relacionado com o calvinismo (ou teologia reformada), sendo que os dois sistemas compartilham a mesma história e muitas doutrinas. No entanto, eles são frequentemente vistos como rivais dentro do evangelicalismo por causa de suas divergências sobre os detalhes das doutrina da predestinação e da salvação.
OS CINCO PONTOS DO ARMINIANISMO
1.VONTADE LIVRE: O primeiro ponto do arminianismo sustenta que o homem é dotado de vontade livre.
1.1. Os reformadores reconhecem que o homem foi dotado de vontade livre, mas concordam com a tese de Lutero — defendida em sua obra “A Escravidão da Vontade” —, de que o homem não está livre da escravidão a Satanás.
1.2. Arminius acreditava que a queda do homem não foi total, e sustentou que, no homem, restou bem suficientemente capaz de habilitá-lo a querer aceitar Cristo como Salvador.
2.ELEIÇÃO CONDICIONAL
2.1. Arminius ensinava também que a eleição estava baseada no pré-conhecimento de Deus em relação àquele que deve crer.
2.2. Em outras palavras, o ato de fé, por parte do homem, é a condição para ele ser eleito para a vida eterna, uma vez que Deus previu que ele exerceria livremente sua vontade, num ato de volição positiva para com Cristo.
3.EXPIAÇÃO UNIVERSAL
3.1. Conquanto a convicção posterior de Arminius fosse a de que Deus ama a todos, de que Cristo morreu por todos e de que o Pai não quer que ninguém se perca, ele e seus seguidores sustentam que a redenção (usada casualmente como sinônimo de expiação) é geral. Em outras palavras:
3.2. A morte de Cristo oferece a Deus base para salvar a todos os homens.
3.3. Contudo, cada homem deve exercer sua livre vontade para aceitar a Cristo.
4.A GRAÇA PODE SER IMPEDIDA
4.1. O arminiano, em seguida, crê que uma vez que Deus quer que todos os homens sejam salvos, ele envia seu Santo Espírito para atrair todos os homens a Cristo.
4.2. Contudo, desde que o homem goza de vontade livre absoluta, ele pode resistir à vontade de Deus em relação a sua própria vida. (A ordem arminiana sustenta que, primeiro, o homem exerce sua própria vontade e só depois nasce de novo.)
4.3. Ainda que o arminiano creia que Deus é onipotente, insiste em que a vontade de Deus, em salvar a todos os homens, pode ser frustrada pela finita vontade do homem como indivíduo.
5.O HOMEM PODE CAIR DA GRAÇA
5.1. O quinto ponto do arminianismo é a conseqüência lógica das precedentes posições de seu sistema.
5.2. O homem não pode continuar na salvação, a menos que continue a querer ser salvo.
CALVINISTAS X ARMINIANOS
- Natureza da eleição – arminianos defendem que a eleição para salvação eterna está ligada a condição da fé. A doutrina calvinista da eleição incondicional declara que a salvação não pode ser ganhada ou alcançada e, portanto, não depende de qualquer esforço humano, de modo que a fé não é uma condição de salvação, mas os meios divinos para isso. Em outras palavras, arminianos acreditam que devem sua eleição a sua fé, enquanto que os calvinistas acreditam que devem sua fé a sua eleição.
- Natureza da graça – arminianos acreditam que através da graça de Deus, é restaurado o livre-arbítrio concernente a salvação da toda a humanidade, e que cada indivíduo, portanto, é capaz de aceitar o chamado do Evangelho através da fé ou resistí-la através da incredulidade. Calvinistas defendem que a graça de Deus que permite a salvação é dada somente ao eleito e que irresistivelmente o conduz a salvação.
- Extensão da expiação – arminianos, juntamente com os quatro pontos calvinistas ou amiraldiano, defendem uma tiragem universal e extensão universal da expiação em vez da doutrina calvinista que a tiragem e expiação é limitado em extensão somente aos eleitos. Ambos os lados (com a exceção dos hipercalvinistas) acreditam que o convite do Evangelho é universal e que "deve ser apresentado a todo o mundo, [eles] podem ser alcançados sem qualquer distinção."
- Perseverança na fé – arminianos acreditam que a salvação futura e a vida eterna está segura em Cristo e protegida de todas as forças externas, mas é condicional sobre permanecer em Cristo e pode ser perdida através da apostasia. Calvinistas tradicionais acreditam na doutrina da perseverança dos santos, que diz que porque Deus escolheu alguns para a salvação e efetivamente paga por seus pecados particulares, Ele os conserva da apostasia e que aquels que apostataram nunca foram verdadeiramente regenerados (que é, novo nascimento). Calvisnistas não tradicionais e outros evangelicais defendem uma similar, mas diferente doutrina de segurança eterna que ensina, se uma pessoa já foi salva, sua salvação nunca pode estar em perigo, mesmo se a pessoa abandone completamente a fé.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Arminianismo
http://www.monergismo.com/textos/arminianismo/cincopontos_arminianismo.htm
http://www.google.com.br/#pq=arminianismo&hl=pt-BR&cp=8&gs_id=3g&xhr=t&q=Imagens+Jaocobus+arminius&pf=p&sclient=psy&source=hp&pbx=1&oq=Imagens+Jaocobus+arminius&aq=f&aqi=&aql=&gs_sm=&gs_upl=&bav=on.2,or.r_gc.r_pw.&fp=69d3af8be3ffb9c6&biw=1280&bih=685
A paz do Senhor pr. e amigo João.
ResponderExcluirParabéns pelo texto. O assunto é um pouco polêmico, mas o objetivo da postagem é transmitir o conhecimento histórico sobre estas idéias.
Deus lhe abençoe.
Muita paz, saúde e sabedoria ao querido irmão.
Abrçs do amigo,irmão e leitor assíduo do blog,
Demétrius A. Silva
http://ciencia-religiao.blogspot.com/
A Paz do Senhor irmão Demetrius!
ResponderExcluirObrigado por sua visita. Que Deus também o abençoe ricamente.
O assunto de fato é bastante polêmico e creio que dificilmente chegar-se-á a uma solução que abrigue estas correntes, mas graças a Deus que essa divergência teológica não chega a atingir o objetivo central da Salvação em Cristo Jesus.
Um forte abraço deste seu irmão em Cristo, amigo e fiel seguidor....
João Q. Cavalheiro
Obrigado pela visita! Estou seguindo o seu blog tambem. Eu queria estudar sobre Arminius e gostei muito deste post.
ResponderExcluirA Paz do Senhor Pr. Rodrigo!
ResponderExcluirObrigado por sua visita e comentário em meu blog!
Disponha sempre deste seu irmão em Cristo e que Deus o abençoe em seu ministério e projetos.
Tenha uma boa semana de trabalho.
Aceite um abraço de....
Pr. João Q. Cavalheiro