O PLANO ESPECIAL DE SALVAÇÃO

“Mas para vós que temeis o meu nome nascerá o sol da justiça e salvação trará debaixo das suas asas; Ml 4.2”
Portanto agora nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus; 

Rm 8.1”.

O tema “Salvação” foi cogitado desde a queda do homem no Jardim. A derrota do homem ocasionou também a perda do direito de participar do Reino de Deus.

O propósito de Deus era de que o homem fosse feito senhor de toda a criação e também tivesse uma vida de convivência diária com Ele, uma Vida Eterna. Este plano foi interrompido pelo pecado. Deus cortou relacionamento com o homem, pois Ele não pode conviver com o pecado, e a vida do homem havia sido maculada pelo pecado. Foi uma calamidade. O homem estava condenado para sempre, a não ser que se providenciasse um meio pelo qual este homem pudesse regenerar-se. Como o homem nada podia fazer por si mesmo, mais uma vez Deus agiu e assim coseu roupas de pele de animais para que o homem pudesse vestir-se e a vergonha de estar desnudo na presença de Deus fosse superada.

Dois mistérios aí se fazem notar. O primeiro é de que Deus confeccionou algo para ocultar a vergonha do homem pecador estar na presença de Dele. O verdadeiro motivo da vergonha, o pecado, permaneceu; o uso de roupas foi apenas paliativo, simbolizando que o pecado não fora removido, apenas ocultado temporariamente. Necessitava providenciar-se uma maneira definitiva de remoção deste pecado e isso só poderia ser por uma iniciativa divina.

O segundo mistério que nos deparamos é o de que para confeccionar estas roupas foi necessário que um animal fosse sacrificado, foi o primeiro sacrifício pelo pecado. O sacrifício de um animal tornou-se mandamento. Toda vez que o homem quisesse chegar a Deus deveria primeiro oferecer um sacrifício, holocausto a Ele, como para trazer à memória de que, apesar do pecado, havia um sacrifício que aplacava a ira de Deus sobre o pecador. A morte de Jesus foi a concretização deste sacrifício, o qual levou sobre si toda a nossa iniquidade – Is 53.4 .

Quando Jesus consumou seu sacrifício, na cruz, a Palavra nos diz que o Pai virou as costas para Ele. Desprezava Deus o seu próprio Filho? Não. É que sobre Ele pesava os pecados da humanidade, desde Adão, alcançando seus algozes, o ladrão e assassino que sofria e morria a seu lado com todos seus crimes e que rogava por misericórdia,  até à humanidade pecadora de nossos dias e do futuro, e por isso o Pai não podia contemplá-lo.

Com este sacrifício o preço da remissão foi pago em nosso lugar. Nele consumou-se toda a obra Redentora e o homem foi justificado na pessoa de Jesus e pode aproximar-se de Deus com total confiança.

“Sendo pois justificados pela fé temos paz com Deus por nosso senhor Jesus Cristo - Rm 5.1. 

A Salvação é uma promessa de Deus, desde o primeiro livro da Bíblia foi mencionada e repetiu-se durante todo o discorrer do texto sagrado. Sempre Deus, através de seus servos, os profetas, reavivava essa promessa, para que o homem pecador tivesse a esperança que no  tempo de Deus haveria de realizar-se e assim na pessoa de Jesus teve cumprimento esta promessa. - Rm 1.16; 1 Pe 2.6.

“E em ti serão benditas todas as famílias da terra” – Gn 12.3.

Muitas vezes buscamos de Deus a solução para nossos problemas, conflitos e lutas materiais, alcançando a resposta nos conformamos com isso, quando Deus tem um plano muito maior para nós. Conformamo-nos em apenas arranhar as promessas e não buscamos a sua plenitude.

O Plano e a promessa de Deus são muito mais abrangentes do que possa alcançar a nossa limitada concepção humana. Em Adão todos os homens pecaram e Deus ao providenciar um Salvador, este não poderia ser uma exclusividade ao povo judeu como eles pensavam, mas a todos os povos. Hoje, portanto, usufruímos a dispensação da promessa de um Deus Fiel que zela pela sua Palavra (Jr 1.12).

João Q. Cavalheiro