Tempestade cerebral
Esta técnica, também chamada de “explosão de idéias” consiste no seguinte: O professor faz uma pergunta ou proposição, e um aluno de cada vez responde imediatamente com suas próprias palavras sem ter o tempo necessário para estruturar ou ordenar logicamente a resposta. Esta técnica constitui-se num modo de estimular a geração de novas idéias a respeito de determinado tema e intenciona captar a idéia em estado nascente.
Após algum tempo de exercício o professor vai ao quadro e, com os alunos construa o conceito mais adequado, de acordo com assunto em estudo. Este método pode ser usado em conexão com outros métodos visando os seguintes objetivos:
- Encorajar o pensamento criativo.
- Encorajar a participação de todos os alunos.
- Determinar as possíveis soluções para problemas.
- Encorajar a apresentação de novas idéias.
- Criar um ambiente cordial e sentimento fraternal em todo o grupo.
Uso racional do vocabulário
Não se pode negar a eficácia da boa comunicação no processo ensino- aprendizagem.
Alguns professores não obtém bons resultados em sua prática docente por serem deficientes comunicadores. Uma dessas deficiências está na má administração do vocabulário. Por exemplo: há professores que utilizam conceitos ou termos que ainda não existem na experiência dos alunos. E outros, que não se preocupam em aumentar o vocabulário.
O exemplo acima citado corresponde a dois extremos: de um lado, vemos o professor utilizando conceitos e termos desconhecidos sem a preocupação de dar o significado ou esclarecer o sentido a seus alunos. De outro, está o professor que evita expressar-se de forma mais aprimorada, no intuito de evitar o uso de novos e desconhecidos termos. Em ambos extremos, os alunos perdem.
O ideal em termos da boa comunicação em sala de aula, é tentar conciliar ambos os procedimentos: O professor deve, sempre que necessário, usar palavras novas para enriquecer o vocabulário de seus alunos, porém, nunca ocultar-lhes o significado e o pleno sentido desses novos termos. Para por em prática esta proposição, peça a seus alunos para sublinharem na lição todas as palavras que não souberem o significado. Em seguida relacione estas palavras no quadro de giz com seus respectivos significados.
Perguntas e respostas
Este método tem sido largamente utilizado por ensinadores experientes desde os dias da antigüidade. A eficácia dele reside no fato que as perguntas sempre são desafiadoras. A mente, neste caso, não apenas recebe a informação, mas a analisa e pondera. Existe todo um processo de reflexão, análise e avaliação que ocorre no cérebro do aluno, enquanto ele recebe a pergunta, medita nas suas implicações e verbaliza a resposta. Observe a seguir algumas vantagens:
- Ajuda a manter a atenção.
- Serve como treinamento para o raciocínio dos alunos.
- Permite que os alunos tenham participação ativa na aula.
- Auxilia e desenvolve a forma de expressão das idéias.
- Permite ao professor monitorar a aprendizagem e avaliar a eficácia da sua aula.
- Pode ser aplicado a todas as idades.
Como trabalhar com o método de perguntas e respostas?
O que deve ser evitado?
- Evite dirigir perguntas à classe com demasiada freqüência. O que em didática faz um bom diálogo não é a quantidade de perguntas feitas aos alunos, mas a qualidade delas. Algumas perguntas bem feitas desencadeiam intensa motivação, o que não se consegue com uma longa série de perguntas irrelevantes.
- Evite formular perguntas vagas ou ambíguas. Há perguntas que não permitem ao aluno orientar-se em relação ao sentido em que deve ser procurada a resposta.
- Evite formular perguntas relativas a questões já tratadas, cujas respostas dependem apenas de apelo à memória. As melhores perguntas são as que propõem problemas e suscitam a intervenção da inteligência para a descoberta ou construção da resposta.
- Evite ao dirigir perguntas à classe reservar ao alunos apenas a tarefa de completar frases ou vocábulos. Por exemplo: A Bíblia é a Palavra de.........? (Deus). Jesus morreu na...........? (cruz).
Se você pensa em fazer perguntas durante a aula, deverá reservar um tempo para prepará-las antecipadamente. Pense: Que tipo de perguntas deverei fazer? Quais respostas poderei obter? Vou escrevê-las em tiras de papel?
Clareza de exposição
Como deve ser a linguagem do professor?
Para transmitir bem a mensagem e facilitar a compreensão do aluno, a linguagem do professor deve primar pela clareza, simplicidade, acessibilidade. Ela deve ser fluente, porém, relativamente pausada.
A voz deve ser agradável, bem audível e a dicção mais perfeita possível.
A clareza de exposição depende essencialmente da clareza da idéia. Se o professor não tem domínio do assunto, e se sente titubeante e confuso, jamais se expressará com limpidez, apresentando ordenadamente os fatos e argumentos.
A acessibilidade relaciona-se com os termos que empregamos que empregamos. Palavras pouco usadas, neologismos (palavra ou frase nova) e excesso de termos teológicos dificultam a recepção da mensagem, tornando-a até incompreensível para certos alunos ou mesmo para toda a classe. Todavia o professor deve por meio de sua linguagem, melhorar e enriquecer a linguagem dos alunos.
Cuidado com a rotina
A rotina, a ausência de criatividade o desinteresse dos professores constituem os grandes inimigos da escola Dominical. Há professores que nunca mudam seus métodos. Na maioria das vezes limitam-se à exposição oral. Alguns, pelo fato de não conhecerem outras técnicas; outros, devido à dificuldade de adaptá-las à realidade de suas turmas. Procure variar sempre sua metodologia de ensino. Existe um grande número de técnicas, dinâmicas e recursos didáticos que o professor pode dispor para tornar sua aula mais atraente e interessante. Eis alguns:
- Phillips 66. Esta técnica consiste na divisão de um grupo grande de alunos em pequenas frações de seis membros, que discutem um assunto durante 6 minutos.
- Díade. Consiste em pedir aos alunos que formem pares, isto é, minigrupos de duas pessoas para discutir assunto ou resolver exercícios.
- Grupos simples com tarefa única. Os alunos se dividem em grupos de 5 a 8 membros cada, e o professor escreve no quadro de giz uma pergunta ou proposição que todos os grupos devem discutir durante um período de tempo “x”. Cada grupo nomeia um coordenador e um relator. Terminado o tempo de discussão, os grupos se reúnem em grupão e os relatores de cada grupinho apresentam suas conclusões. Estas podem ou não ser resumidas no quadro de giz.
- Pergunta circular. O professor anuncia que a mesma pergunta será feita a todos os alunos, um por um, com a obrigação de todos responderem quando chegar a sua vez.
- Estudo de casos. Consiste em apresentar de forma sucinta uma situação real ou fictícia, para ser discutida em grupo. A forma de como apresentar o caso pode consistir em descrição, narração, diálogo, dramatização, seqüência fotográfica, filme, artigo jornalístico e outras.
- Debates. Uma boa forma de estimular a participação da classe é promover debates em sala de aula. Os debates proporcionam oportunidade para os alunos compartilharem idéias e verdades aprendidas. Observe alguns componente de um bom debate:
- Todos os componentes devem estar inteirados do assunto a ser debatido.
- As perguntas propostas nunca devem ensejar uma única resposta. Uma resposta objetiva limita a discussão.
- O debate deve fazer parte da lição em apreço.
- Deve ser organizado de tal forma que os alunos sintam-se à vontade para compartilhar suas idéias e opiniões.
Deve haver tempo suficiente para se completar o debate, para que haja um período de aplicação do conceito ou assunto à vida cotidiana do aluno.
- Apresentação: Apresentação do tema, explicação e objetivos do debate. O professor deve nomear um moderador.
- Participação: Cada aluno apresenta sua contribuição pessoal, dizendo o que pensa do assunto. É o início do debate.
- Argumentação: É o momento de cada aluno apresentar o motivo do seu ponto de vista.
- Discussão: É a troca de argumentos. A discussão tem a finalidade de chegar à verdade ou elucidar as dificuldades.
- Conclusão: É feita em primeiro lugar pelo líder do grupo e depois apresentada à classe, se esta está dividida em grupos. O professor ouvirá cada líder e dará a conclusão final.
O professor e seu comportamento
O comportamento do professor durante a aula pode tornar-se uma excelente forma de estímulo para que a aula não se torne monótona e a mensagem tenha sua relevância enfatizada. Merecem atenção a esse respeito:
1. Movimentos. O professor poderá, movimentando-se adequadamente, solicitar certos ajustamentos sensoriais dos alunos, mantendo-os atentos. Esses ajustamentos são efetivados quando o professor:
- movimenta-se de um lado para outro da classe, posicionando-se ora do lado direito, ora do lado esquerdo,
na classe, bem como na frente ou atrás do grupo de alunos;
- movimenta-se ocasionalmente entre o grupo de alunos ou permanece numa posição bem próxima ao aluno
que está falando.
2. Gestos. O gesto torna mais dinâmica e expressiva a apresentação do professor para a classe. Movimentos bem adequados de mãos, cabeça e corpo são importantes aspectos da comunicação. A mensagem oral é mais efetiva se combinada com gestos expressivos.
3. Foco.
a) Focalizar verbalmente, dizendo por exemplo: olhem este gráfico, mapa, etc.
b) Focalizar com gestos, apontando apenas para o objeto, ou para o que intenciona tornar mais relevante.
c) Focalizar com a palavra e o gesto, isto é, falando e ao mesmo tempo apontando para o objeto.
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