O uso do quadro de giz
(ou quadro branco)
O quadro de giz tem sido através dos tempos um excelente recurso didático. Entretanto, para usufruirmos de todos os seus benefícios, é necessário que saibamos usá-lo de modo eficiente. Como você costuma utilizar o quadro de giz? Observe algumas orientações abaixo:
- Sua utilização deve ser planejada,
a) Que vou colocar no quadro de giz: desenhos, sumários, gráficos
b) Que tipo de desenho vou precisar?
c) Por quanto tempo esse desenho deverá permanecer diante da classe?
d) Vou precisar de giz de cor, por quê?
e) Qual o estilo e o tamanho das letras que vou escrever no quadro de giz?
f) A classe irá participar da apresentação? Como?
- Ao escrever ou desenhar no quadro de giz, não fazê-lo em silêncio, mas falar e escrever simultaneamente para fixar melhor os conceitos e facilitar o acompanhamento da classe.
- Não dar as costas totalmente para os alunos; procurar escrever um pouco de lado, falando e olhando, constantemente para a classe.
Ilustrações
Que importância tem as ilustrações na concretização do aprendizado? Onde e como encontrá-las? Em que sentido elas tornam a comunicação do professor mais expressiva?
Procure ilustrar suas aulas utilizando as seguintes fontes:
- Pequenas histórias ou ilustrações escritas – Existem livros que ilustram diversos temas, e outros que citam o que alguém disse a respeito de determinado assunto. As enciclopédias são excelentes fontes de ilustrações.
- Recortes de jornais ou revistas – O professor deve ficar atento a qualquer coisa do seu dia-a-dia que sirva de ilustração para sua aula. Seu jornal diário ou revista semanal pode tornar-se em excelente fonte de ilustração. Habitue-se a levar “recortes” para a sala de aula. Esse simples procedimento causará motivação e interesse por parte dos alunos.
- Hinos – Mesmo que o hino não possa ser cantado em classe, sua letra poderá ilustrar o que o professor quer dizer.
- Testemunho pessoal – Esse tipo de ilustração não deve ser usado excessivamente. O professor deve ter cuidado para não dispersar-se do conteúdo principal da lição.
- Esboços – Antes de começar a aula escreva no quadro de giz um esboço ou resumo do conteúdo a ser desenvolvido. Você pode transcrever o esboço apresentado pelo comentarista da lição ou elaborar um outro, baseado em suas próprias pesquisas. Esse tem sido um importante recurso para despertar e garantir o interesse do aluno pelo estudo. O esboço visualizado no quadro lhes proporciona uma antevisão do desenvolvimento da aula, que tem como resultado uma mobilização geral pelo acervo de idéias e experiências que eles já possuem relacionados com o assunto. Outra vantagem desse procedimento é que, os alunos, tendo oportunidade de copiar desde logo o resumo feito no quadro, podem concentrar toda a atenção na palavra do professor, inclusive responder suas perguntas e, por sua vez, interrogá-lo; assistem à aula isentos da obrigação de “dupla atenção” : ao mesmo tempo acompanharem as explanações orais e fazerem apontamentos nos cadernos.
Você também pode ilustrar suas aulas utilizando-se de: Cartazes, gráficos, desenhos, figuras, gravuras, objetos, mapas bíblicos, etc.
Aluno preparado para a aula
Os alunos devem estar preparados com antecedência. Eles devem estudar a lição antecipadamente.
Há alunos que só têm contato com a lição nos últimos minutos antes do início da aula ou até mesmo durante a aula. Tais alunos sentem dificuldade de acompanhar o raciocínio do professor na exposição da aula. Incentive seus alunos a estudarem as lições ao longo da semana, a fim de estarem familiarizados com o conteúdo e aptos para participarem ativamente das aulas elaborando questões de interesse de toda a classe. Se todos estiverem afinados com o tema e o propósito das lições, as aulas serão mais dinâmicas e interessantes.
Participação valorizada
O professor deve valorizar a participação dos alunos em classe. As perguntas, por exemplo, devem ser sempre bem-vindas. Ao professor cabe provocar e até pedir a intervenção dos alunos, seja para demonstrarem que entenderam a matéria, seja para demonstrem que não entenderam. Além de que, é sabido que os alunos “perguntadores” são, muitas vezes, os alunos mais ativos e interessados no estudo; os que nada ou pouco perguntam, são quase sempre os que, por menos curiosos ou menos interessados, não sentem necessidade de clareza. De qualquer modo, toda intervenção, objeção ou pedido de esclarecimento, constitui preciosa colaboração dada ao professor. Sempre que o problema é proposto por um aluno, a classe manifesta mais interesse pela resposta. O professor poderá criar o hábito de perguntar criando situações em que os alunos sejam despertados a perguntar.
Feedback (recapitulação)
Uma boa maneira de introduzir uma aula é recapitulando e avaliando a anterior. Este procedimento, dentre outros benefícios didáticos, garante a unidade do ensino.
Por vários modos se pode verificar a assimilação dos conteúdos das aulas passadas: através de perguntas, pela proposição de problemas, por exercícios de aplicação, etc. O procedimento mais eficaz é o que consiste em atribuir à classe o dever de, no início de cada aula , apresentar uma breve recapitulação oral das idéias essenciais da uma lição realizada. Veja como funciona: dois ou mais alunos, que se apresentarão voluntariamente ou indicado pelo professor, farão a cada Domingo, nos cinco minutos iniciais da aula, um “apanhado” do conteúdo da aula anterior. Esse “apanhado” deverá evidenciar no mínimo três coisas importantes: 1) que os alunos estão conscientes da unidade de ensino em desenvolvimento; 2) que percebem os objetivos e concatenação dos temas; 3) que distinguem neles o essencial do pormenor ocasional ou ilustrativo.
Anotações
Grande parte do conteúdo ministrado em aula é esquecido pouco tempo depois. O único modo de assegurar aos alunos um melhor aproveitamento é criar neles o hábito de fazer anotações durante as aulas. Assim a seguir seguem algumas normas práticas:
Anotar, durante as aulas, os elementos fundamentais, resumidamente, sem preocupações de anotar tudo, mas sim, o que for essencial e com a preocupação de não perder o “fio da meada”. Em caso de dúvidas, perguntar, imediatamente. E se isso não for possível no momento, anotar as mesmas a fim de pedir esclarecimentos na primeira oportunidade. É preferível esclarecer uma dúvida logo do que guardá-la e deixá-la crescer com outras que, fatalmente, virão.
O professor, principalmente em aulas expositivas, deve orientar a tomada de notas. E em qualquer outro tipo de aula, o professor deve sempre alertar o que de fundamental esteja sendo tratado e que vale a pena anotar.
João Q. Cavalheiro
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