Nunca, em toda a história da igreja, vivemos em um tempo como o que estamos vivendo agora. Quando Jesus, em Mateus 16.18, disse que às portas do inferno do não prevaleceriam contra a igreja, não quis dizer que não haveria lutas.
A afirmativa de que não prevaleceria é real, como reais são todas as Suas palavras. Mas a luta que está se travando em nossos dias é de uma dimensão não comparada com nenhuma outra. Houve um tempo em que os levantes do inferno contra a igreja de Jesus eram de formas combativas e explícitas, com perseguições que causavam danos físicos e morais, incluindo prisões, torturas e mortes.
Hoje, no entanto, a insurreição tem sido de forma mais sutil, e não se dá a perceber que está havendo um levante ferrenho e terrível contra a igreja. As pessoas que observam a igreja evangélica em todas as partes do mundo (e eu quero me situar em nível de Brasil) acham que está acontecendo um grande avivamento. Igrejas estão sendo abertas em todo lugar. As pessoas têm ido às igrejas como nunca. Um número cada vez maior de ministros tem sido ordenado para suprir a grande demanda por conta do crescimento da igreja.
Mas, na realidade, não é bem isso o que está acontecendo. Inúmeras igrejas estão sendo abertas sim, em todo canto e lugares, de todos os tamanhos e para todos os gostos, mas a grande maioria delas, quase que de forma absoluta, está comprometida com um evangelho que não é o Evangelho de Jesus. Estão pregando uma mensagem que não foi ensinada por Jesus Cristo nem inspirada pelo Espírito Santo.
As pessoas estão indo à igreja sim, mas como se vai a um clube social, cumprir uma formalidade pseudorreligiosa ou como se estivessem indo a uma casa de jogos, a um cassino ou a um bingo. Um número muito grande de ministros está sendo consagrado sim, sem sombra de dúvida. Esse é o tempo da proliferação do cargo e da função de pastor, pois o ministério dito sagrado se transformou em um grande negócio.
A grande maioria dos ministros que está sendo consagrada sem nenhum respaldo espiritual, pois se criou uma demanda muito grande de pastores, apóstolos, bispos e outros cargos, sem que essas pessoas possuam qualquer tipo de ligação ou identificação com aquele que chamam de Senhor da Seara. O evangelho que está sendo pregado por essas pessoas e ensinado nessas igrejas não é o Evangelho de Jesus, e sim um outro evangelho, chamado de evangelho da prosperidade, ou como eu vou identificar aqui de “o contra-evangelho”.
Por conta disso, a igreja perdeu a sua credibilidade, pois a mensagem simples, livre e absoluta de Jesus cedeu lugar à mensagem da barganha, da compra e venda de bênçãos, da mercantilização da fé, da importação de amuletos evangélicos – como terra de Israel, azeite do monte das oliveiras, água do rio Jordão, pó do muro das lamentações e por aí vai -, que são usados nos cultos como adendo de força espiritual, para impulsionar o poder de Deus, para atuar nesses lugares e nessas reuniões.
A bênção de Deus passou a ser agendada com dia, hora e local pré-determinado para acontecer, pois se não for nesse dia, hora e local, Deus não atende. Aí foram criadas as “campanhas” e as “correntes fortes”, que não encontram base nenhuma nos Evangelhos, das quais as pessoas precisam participar para serem abençoadas.
E não precisa ir muito longe. Basta olhar na sua rua mesmo ou na rua próxima de onde você mora que você vai encontrar alguma igreja com uma placa ou faixa anunciando: campanha da prosperidade, da cura, da libertação, da força positiva, do consegue-se tudo, do amor, da afetividade, do emprego, da casa própria, do carro novo, do casamento e por ai vai.
Se você não quiser se ter trabalho de ir para constatar que o que estou dizendo aqui é a mais pura verdade, faça o seguinte: ligue o seu televisor ou seu rádio em determinadas emissoras, que você vai ver e ouvir os apelos mais estapafúrdios e as encenações mais dantescas, como que tiradas de um circo de horrores, que recebe o nome de culto que é prestado a Deus.
E em todos eles, e em todos esses lugares, as induções psicológicas com a manipulação das emoções das pessoas acontecem da forma mais explícita na mesma proporção comparativa que os cultos afro-ameríndios e de baixo espiritismo.
Tudo feito em nome de Deus e com a promessa de recompensas extraordinárias àqueles que se submeterem a fazer as campanhas ou acompanhar as correntes, sem perder um dia sequer, e também desembolsarem grandes ofertas, pois a mola que impulsiona esses movimentos, que rege esses lugares e que comanda esses cultos é o dinheiro. O culto que ali é prestado está longe de ser um culto ao Deus criador dos céus e da terra, o Senhor todo poderoso, mas sim a Mamom. Um demônio que tem regência sob a usura, a ganância, o desposo e o dinheiro.
Não é sem razão que nesses lugares se pede para você dar tudo, todo o dinheiro que você tem, e também se desfazer de seus bens que você conseguiu adquirir e as pessoas são incentivadas a venderem e trazerem e entregarem aos “homens de deus”, porque em assim fazendo a sua bênção está garantida. A Palavra de Deus já fazia uma advertência muito forte a respeito disso.
É preciso um apelo para que estes cristãos se voltem ao Evangelho, deixando de lado o encantamento do contra-evangelho e usufruindo verdadeiramente de tudo o que Deus tem reservado. O Evangelho não é da prosperidade. O Evangelho é a prosperidade!
Trecho do livro Quem me roubou do Evangelho, de Adry Araújo
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Infelizmente evangelhos falsificados tende à aumentar nestes dias de apostasia e engano, uma evangelho muito sutil é o novo evangelho da circunstancialidade, um pequeno mas importante texto sobre o assunto, clique ou copie o link à frente para ler o texto; http://giovannipinto.wordpress.com/2013/05/13/o-evangelho-da-circunstancialidade/
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