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segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

PECADO, SUAS CAUSAS E CONSEQÜÊNCIAS E O CAMINHO DO PERDÃO

2 Sm 11.1 -12.1 – 25;
Sl 51.1-19; Sl 32.1-11.

I. Pecado

a) Definição

O pecado teve sua origem na rebelião de Satanás quando numa atitude de soberba levantou-se e pretendeu-se igualar a Deus, o Criador, e foi derribado com todo o seu orgulho – Is 14.12-14:
Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações! E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, e, acima das estrelas de Deus, exaltarei o meu trono, e, no monte da congregação, me assentarei, da banda dos lados do Norte. Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo. E, contudo, levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo.

Uma vez caído na Terra, Satanás voltou-se com toda fúria contra a criação, contra o homem. Obteve certo sucesso quando o induziu a desobedecer às ordens divinas, levando-o a também desejar ser igual a Deus – Gn 3.1-7. Houve uma mudança de direção, um erro de alvo, e este é o sentido original da palavra pecado no grego. Trocou o alvo, que era prestar culto ao criador e buscou ser alvo de culto e poder. Uma clara demonstração de oposição a Deus. Portanto, pecado é tudo aquilo que se opõe aos preceitos e à santidade divinos.

Davi
Certa vez Davi, escolhido por Deus para suceder o rei Saul no trono de Israel, quando seu reinado já estava estabelecido e estabilizado, mandou seu general para a guerra contra os amonitas, mas ele ficou em casa, em pleno ócio. O ócio tem sido a causa de muitos pecados, quando o cristão deve estar no labor da obra de Deus deixa-se ficar no comodismo. Existe um adágio que diz que uma mente vazia é oficina de satanás.
Uma tarde de verão quando se refestelava no aconchego de seu leito, ao levantar-se, contemplou uma mulher que se banhava nas proximidades do palácio real, encantou-se dela, mandou busca-la, seduziu-a e deitou-se com ela. Julgou ficar tudo no esquecimento e oculto, mas não foi assim que aconteceu. Desse adultério (2 Sm 11.4.) resultou que Bate-Seba, este era o nome dela, que era casada, esposa de um general do exército real que estava na guerra, engravidou. Era urgente tomar-se uma atitude para manter encoberto o seu adultério. Determinou imediatamente o retorno de Urias, assim se chamava o marido de Bate-Seba, para que voltasse ao aconchego do seu lar, aos braços da esposa e assim ficaria resolvido o problema da gravidez. Mas as coisas não aconteceram como o rei havia planejado. Urias, como bom soldado, preferiu permanecer junto à guarda palaciana, com seus colegas, a achegar-se à sua esposa.
As coisas começaram a complicar-se, e como diz o Salmo 42 e verso 7 “um abismo chama outro abismo”, um pecado chama outro, um crime induz a outro crime. Davi tomou outra atitude errada, decidiu matá-lo. Colocou na mão do próprio Urias cartas seladas dirigidas ao comandante da frente de batalha, Joabe, determinando que este colocasse estrategicamente Urias no ponto mais perigoso da frente de batalha, para que morresse pela mão do inimigo, e assim aconteceu. A primeira fileira do exército recuou e Urias ficou só diante do inimigo, não fugiu e morreu. Assim o rei Davi teve o problema resolvido, mas somava ao pecado do adultério, o crime da traição e homicídio contra um dos mais fiéis generais de seu exército (2 Sm 11.15, 17, 24, 25.).
Mandou buscar a, agora, viúva de Urias e casou-se com ela. Os problemas estavam resolvidos, ao modo humano, mas para Deus as coisas não ficam ocultas e nem os pecados impunes. O profeta Nata foi enviado ao rei com a revelação dos pecados do rei e uma sentença, o que ainda veremos no discorrer desse comentário.

II. Causas do pecado:

Em 1 Jo 2.16 a Bíblia afirma que são três as origens ou causas do pecado, veja: “Porque tudo o que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo”. Concupiscência da carne, Concupiscência dos olhos e Soberba da vida, assim aconteceu com Adão e Eva no Jardim do Éden – Gn 3. 6. (E, vendo a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento, tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela). Quando ela viu que o fruto daquela árvore era bom para comer – concupiscência da carne; agradável aos olhos – concupiscência dos olhos; e desejável para dar entendimento – soberba da vida. Na tentação a qual Jesus foi levado após o batismo (Mt 4.1-11) também aconteceu desta maneira, com a diferença que Jesus foi vencedor, dando o exemplo pelo qual nós também poderemos vencer.
Davi deixou-se levar pelas artimanhas do tentador e incorreu nos pecados da cobiça, lascívia, ócio e abuso do poder. Quando ele viu aquela mulher cobiçou-a - 2 Sm 11.1,2. (concupiscência dos olhos), desejou-a e adulterou com ela (concupiscência da carne). Para encobrir o pecado consumado tomou uma atitude característica de quem faz mal o uso do poder, mandou matar o marido dela (soberba da vida). Se ele tivesse ido para frente de batalha, como era o dever de um rei, talvez não tivesse pecado, mas não, preferiu ficar no ócio, dormindo, enquanto os soldados estavam no calor da batalha, e assim deu lugar à luxúria e aos pecados que a sucederam.
O cristão deve estar em constante vigilância e labor para que o inimigo não se aproveite da fraqueza do espírito e o induza às portas do pecado.
Em Tiago capítulo primeiro e versos 13 a 15 encontramos uma demonstração de como o pecado se projeta e instala-se no coração do homem “Ninguém, sendo tentado, diga: De Deus sou tentado; porque Deus não pode ser tentado pelo mal e a ninguém tenta. Mas cada um é tentado, quando atraído e engodado pela sua própria concupiscência. Depois, havendo a concupiscência concebido, dá à luz o pecado; e o pecado, sendo consumado, gera a morte”.
Esse processo inicia-se com a cobiça (pensamento) a imaginação atrai e o desejo seduz. A decisão (concepção) leva à ação (pecado) que conduz à morte que é a separação eterna de Deus. O pecado começa em nossa mente. Se perdermos a batalha na mente, o passo seguinte é a imaginação. Da imaginação vem o desejo. Do desejo surge a decisão. Após a decisão vem a ação. Uma vez consumada a ação (em palavras, pensamentos, ações ou reações) vem a morte (separação). (sic)”.

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