Pesquisar este blog

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011


DEUS DESCE PARA REALIZAR A PROMESSA




Portanto, desci para livrá-lo da mão dos egípcios e para fazê-lo subir daquela terra a uma terra boa e larga, a uma terra que mana leite e mel”
Ex 3.8

A promessa permaneceu viva durante a retirada do povo, na peregrinação pelo deserto, e os seguiu até colocá-los na nova terra, onde manava leite e mel. Desta maneira Deus foi com Josué, o grande capitão, sobre o qual caiu a responsabilidade de conquistar a terra, após a morte de Moisés. Esteve com ele quando cercou Jericó e os muros vieram abaixo.

Jericó era uma cidade fortificada. Segundo alguns historiadores a cidade mais antiga do mundo, a primeira cidade da costa ocidental do Jordão e provavelmente a mais importante da região do Mar Morto, distava 12 quilômetros ao norte deste, 24 Km de Jerusalém e 272 metros abaixo do nível do Mediterrâneo (Osvaldo Ronis, em Geografia Bíblica). Deus permitiu que Israel lutasse primeiramente contra esta cidade porque esta conquista provavelmente alimentaria a confiança do povo na promessa e traria ânimo para as próximas batalhas.

A conquista da cidade não oferecia facilidade, seus muros eram reforçados, conforme alguns arqueologistas, eram constituídos de duas paredes, separadas uma da outra por um espaço de cerca de 5 metros; o muro externo era de 4 metros de espessura e o interno possuía 2 metros e ambos tinham cerca de dez metros de altura, pareciam intransponíveis, levando-se em consideração os equipamentos de guerra da época. No entanto Deus estava decidido a entregar a cidade nas mãos de Josué e seu exército.

Deus determinou que a cidade fosse arrasada para nunca mais ser reconstruída, e pôs uma maldição sobre quem se atrevesse a desobedecer esta ordem. Determinou também que nada de valor fosse poupado daquela cidade. Fatos estes que figuradamente nos demonstram que nada do “mundo” devemos manter como lembranças. O mundo ficou para trás, arrasado , embora ainda atraente pelas suas riquezas perecíveis, nada dele manteremos como lembranças ( Js 6.17,18,24,26).

A conquista de Jericó foi de uma maneira surpreendente. No livro de Josué, capítulo 6 encontramos a descrição deste fato maravilhoso, onde a fé do povo e sua confiança em Deus foram testadas.

Por seis dias os sacerdotes, com a arca do Senhor, e se fazendo acompanhar do povo rodeou a cidade. Durante esta jornada os sacerdotes tocavam as buzinas. No sétimo dia rodearam seis vezes a cidade e tocaram as buzinas, mas os muros permaneciam fortificados, sem nenhum sinal de ruptura ou de uma brecha pela qual o exército pudesse penetrar. Este fato nos traz à memória de que nos últimos dias a nossa fé deverá ser exercitada de uma maneira mais eficaz, pois é durante eles que veremos operar a mão do Senhor.

Não temos conhecimento pleno da situação do ânimo do povo dentro da cidade, mas o certo é que eles confiavam na resistência dos muros. O povo poderia estranhar esta maneira peculiar de fazer guerra, tocando buzinas e rodeando a cidade. Alguém talvez pudesse se opor a isto e provavelmente Josué tenha encontrado alguma resistência. A nossa vivência e maneira de agir pode causar estranheza para alguns que convivem conosco, mas não importa o que eles pensam, o que interessa é que tenhamos plena convicção de que estamos no plano de Deus.

O exército de Israel naquele dia rodeou a cidade por seis vezes, mas ainda faltava a última manobra: rodear a cidade mais uma vez e todo o povo gritar. A convicção de Josué era tão grande que Deus operaria por meio desta ação, que antecipadamente passou ordens, orientando o povo de como deveriam agir e comportar-se quando entrassem na cidade.

Cumprida a última etapa desta estranha maneira de guerrear, ouviu-se um grande estrondo e os muros começaram a vir abaixo. Era Deus operando. Certa vez Ele disse: “O Senhor pelejará por vós- Ex 14.14”. Os muros de lutas podem parecer intransponíveis, o cristão olha e não vê nenhuma possibilidade de ultrapassá-los, mas o Senhor nos orienta a não lutarmos com nossas próprias forças, mas a confiarmos no Senhor, de onde provém toda a força e coragem para lutarmos e vencermos - Zc 4.6.

Muitas pessoas permanecem fiéis por muito tempo e quando já ao aproximar-se o fim da batalha desanimam, fracassam, voltam atrás ou param. Não podemos esquecer que a vitória é para quem for fiel até o fim (Ap 2.10b).

Deus ainda dirigiu Josué e o povo em todas as demais conquistas, pois ele consultava o Senhor antes de guerrear contra qualquer cidade que haveria de conquistar. Enquanto prevalecia vitoriosamente contra as cidades o ânimo e a fé do povo eram alimentados, porém quando se defrontavam com dificuldades novamente a fé do povo vacilava. Isto não é um demérito apenas daquele povo, quantas vezes tem acontecido conosco, que, diante às dificuldades fracassamos na fé, vacilamos e começamos a murmurar e olhar para trás como se lá no mundo estivéssemos melhor. Quantas vezes, quando faltava o pão ou havia qualquer outra necessidade o povo lembrava com saudades da panelas fartas do Egito!

Caro leitor, como está você? Tem muitas recordações do “Egito” ou está a olhar para a frente deixando as coisas que para trás ficam? Deus ainda permanece fiel até colocá-lo na terra que tem preparado para você. Continua firme nesta caminhada, na certeza de Deus está te acompanhando e dirigindo. Por mais duras que possam ser as provas e batalhas, segue lutando. Elas são pequenas em relação à glória que Deus tem lhe preparado. Ele cumpre suas promessas.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...