A PROMESSA E A LIÇÃO A SER APRENDIDA
Numa repetição da história, durante a Segunda Grande Guerra foi promovida, a nível mundial, uma enorme perseguição contra o povo judeu, especialmente na Alemanha e nos países que iam sendo submetidos à força aos intentos do implacável ditador, Hitler, visando a extinção deste povo.
Nesses países os judeus eram confinados a guetos; eram desterrados, desapropriados, e levados para locais previamente planejados onde se promovia o extermínio em massa. Consta que cerca de 6 milhões de judeus morreram desta maneira. O remanescente porém Deus providenciou para que voltasse para suas terras de onde tinham sido banidos por volta do ano 70 quando Tito, general romano, cercou e destruiu Jerusalém, o templo, e arrasou a nação. Foi necessário que um grande “holocausto” fosse realizado para que a Organização das Nações Unidas - ONU, por intermédio do Secretário Geral, embaixador Osvaldo Aranha, brasileiro ilustre, que assinou um ato criando o Estado de Israel e para lá foi conduzido, de todas as partes do mundo, o remanescente, ao qual Deus providenciou o crescimento e desenvolvimento em todas as áreas, tornando-se uma das mais importantes nações do planeta.
A permanência da Igreja aqui, também é temporária. Há uma missão a cumprir. Deus permite que ela passe por lutas, provações e perseguições no mundo porque Ele tem preparado uma terra especial, de delícias e satisfação,
“Portanto, desci para livrá-lo da mão dos egípcios e para fazê-lo subir daquela terra a uma terra boa e larga, a uma terra que mana leite e mel – Ex 3.8”,
a Canaã Celestial. Portanto, importa não desvanecermos perante as provações, pois no tempo determinado Deus dará livramento, mas convém lembrar-se que a nossa pátria não está aqui.
Parece que Deus, quando pretendeu preservar alguém permitiu que descesse ao Egito. Abraão desceu ao Egito para escapar da fome. Isaque também o fez; seu filho Jacó também, como já vimos. Moisés desceu da terra de Midiã ao Egito com um objetivo, tirar de lá o povo de Deus e assim preservá-los. José e Maria, protegendo o Menino da fúria de Herodes, por aviso de Deus, também desceram para lá.
O Egito representa o mundo e seria um paradoxo Deus permitir que alguém desça ao mundo. Este fato porém nos fala de descer, não para conviver com suas coisas, mas para resgatar os que estão no mundo e mostrar-lhes o caminho da Salvação. Moisés desceu ao Egito com uma missão: Libertar um povo que lá estava cativo, tipificando Jesus que desceu ao mundo para libertar e oferecer à humanidade um meio de salvação. Assim, se alguém tiver que descer ao “Egito” que de lá traga almas que estão sob a escravidão do pecado e o jugo de Satanás. Espera-se que seja fiel à sua Missão e não que passe a fazer parte daquele reino mundano (Jo 17.6-20).
A saída do povo do Egito aconteceu de uma forma extraordinária. Apesar da oposição de Faraó que não admitia perder uma mão de obra tão preciosa aos seus intentos. A partida foi de uma maneira corajosa e, "irresponsável", diria um estrategista.
Quando Moisés foi abordado por Deus junto à sarça ardente, ele tomou conhecimento do tamanho do empreendimento que Deus estava a requerer ele que realizasse. Deus estava a lhe determinar que descesse ao Egito e tirasse de lá um grande povo constituído por homens, mulheres, crianças e idosos, bem como todos os animais. Povo este que nem treino, nem armas possuíam para a guerra e certamente pelo caminho encontrariam muitos revezes.
Deveriam peregrinar por um deserto, onde enfrentariam a falta de água, alimento e abrigo. Isto correria tudo por sua responsabilidade. Onde haveriam de encontrar lugar apropriado para uma grande multidão peregrina? Haveria pastagem para o gado? Será que não encontrariam perigos, inimigos, doenças e até mesmo a morte? Não enfrentaria ele oposição por parte dos companheiros e até mesmo de seus familiares? Sobre tudo isto Moisés ponderava e chegou à conclusão que não estava habilitado para realizar tremenda tarefa e por isso resistia, procurando justificar e propondo a Deus que colocasse isso sob a responsabilidade daquele que ele haveria de enviar, isto é o Messias cuja promessa ele cria. (Ex 3 e 4.1-17).
Muitas vezes estamos pronto a criticar a resistência de Moisés a este mandado. Será que após constatarmos todos os problemas que poderiam aparecer, estaríamos mais dispostos do que ele? Apesar de todas as dificuldades que Moisés via, assim mesmo Deus continuava a pressioná-lo a fazer sua vontade. Quando Deus determina algo, Ele está disposto a realizar, e quando Ele chama alguém para uma tarefa também habilitará para o trabalho. Por mais estranho que possa parecer, a ordem de Deus tem um fim. Importa que se alguém for chamado para executá-la obedeça, pois assim estará dentro do plano de Deus e isto resultará em bênçãos para sua vida.
Israel saiu apressadamente e não teve tempo suficiente para organizar a viagem. Não podiam levar muita coisa. Nenhuma provisão para um longo tempo poderia ser arranjado. Alimentos e água seriam apenas para alguns dias, cerca de 45 dias após sua partida o alimento já havia terminado (Ex 16.1). E para os animais como arranjariam? Somente quem tem muita fé estará disposto a empreender obra de tamanha envergadura. Esta fé não habitava no povo, que estava possuído de uma forte emoção pelos milagres que tinham sido testemunhas que Deus operara, mas logo ao se defrontar com os primeiros problemas já estavam a murmurar (Ex 16.1). Esta fé deveria fazer parte da vida de seu líder.
Caro leitor, se estiver decidido a realizar uma tarefa para Deus, tenha em mente que você precisa ser diferente. Precisa estar revestido de poder e fé. As lutas, oposição e críticas hão de surgir, mas sendo portador de uma fé inabalável, tenha certeza que realizará a obra para qual Deus o chamou e os revezes são sinais de que a obra que está realizando é o plano de Deus e está deixando o inimigo furioso, pois está sentindo seu reino ameaçado- 2 Tm 3.12.
Nenhum comentário:
Postar um comentário