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segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

SÓ O SENHOR É DEUS


O povo de Israel vivia constantemente, isto desde o tempo do patriarcas, a servir a Deus e aos ídolos, deuses dos cananeus. Apesar do Senhor insistentemente haver determinado que assim não procedessem, pois Ele não os tomaria por inocentes.
Esse mau costume permaneceu pela história de Israel, desde as peregrinações dos patriarcas, sua instalação como nação, passando por suas diversas formas de governo, da teocracia ao reinado.
No tempo dos juizes, um homem da tribo de Efraim, fez uma imagem de escultura e construiu um altar àquela divindade. Alugou um levita e o instituiu como sacerdote. A esse “deus” acorriam as multidões em uma irreverente desobediência para com o Senhor. Em conseqüência desse mau procedimento naqueles dias houve uma grande assolação sobre Israel – Jz 17.1-6.



Salomão, ainda no começo de seu reinado foi um rei temente a Deus, do qual Deus se agradara, cumulando-o de riquezas e sabedoria. No final de seu reinado deixou levar-se pela idolatria de suas muitas mulheres de origem pagã e isto desagradou ao Senhor e por este motivo o reino foi dividido.



O período do reinado foi marcado indelevelmente por este procedimento. Foi intercalado por reis piedosos e reis idólatras, sempre acompanhados de advertências de Deus por intermédio dos profetas. Em certas ocasiões voltavam-se para Deus, mas no momento seguinte tornavam à idolatria e à desobediência.

O extremo desses cultos perversos podemos notar no reinado de Jeroboão, primeiro rei de Israel após a divisão. Este rei constantemente foi tomado como referência de idolatria e pecado em Israel – 1 Rs 12.26-36.
O rei Manassés procedeu com tanta maldade e idolatria que a paciência de Deus se esgotou e decidiu-se por cumprir o que havia avisado por intermédio do profeta Isaias – Is 39.6,7. Deus é longânimo, mas ninguém pode brincar julgando ficar no esquecimento seus atos.



Tanto brincou com Deus, Israel e Judá, que a paciência de Deus se esgotou que Ele permitiu que o rei da Babilônia, Nabucodonozor, invadisse Judá e subjugasse Jerusalém, levando o povo cativo para a Babilônia. O povo de Deus, que por brincadeira e desobediência havia voluntariamente adorado a Baal, agora sob pressão era obrigado a adorá-lo, sem direito à opção. A grande maioria se submeteu a esta adoração forçada, diante dos vasos sagrados da Casa de Deus que agora estavam na casa de Baal, na Babilônia, trazidos por Nabucodonozor. Isto doía muito para eles, vendo os vasos da Casa do Senhor usados em casa de bebedeiras e bacanais por efeminados e prostitutas. Ah! Como era humilhante curvar-se perante um deus cruel ao qual nada deviam. Já não tinham liberdade para entoar hinos de Sião e com saudade lembravam quando junto às suas casas, em sua própria Terra podiam livremente cultuar ao Senhor, e o salmista muito bem descreve esta tristeza no Salmo 137.1-4.



“Junto aos rios da Babilônia nos assentamos e choramos, lembrando-nos de Sião. Nos salgueiros, que há no meio dela, penduramos as nossas harpas. Porquanto aqueles que nos levaram cativos nos pediam uma canção; e os que nos destruíram, que os alegrássemos, dizendo: Cantai-nos um dos cânticos de Sião. Mas como entoaremos o cântico do SENHOR em terra estranha?”



Como esta lição custou caro! Por 70 anos permaneceram em Babilônia como cativos. Foram forçados a adorarem deuses estranhos até se enojarem. Não desejavam mais permanecer no meio daquela idolatria. Já não tinham desejo de tocar suas harpas que ficaram encostadas. Mesmo que lhes fosse pedido para cantarem hinos de Sião, Salmos de Davi, a alegria para cantar havia desaparecido.



Tanto abusaram da paciência de Deus que Ele estava permitindo um jugo tão pesado. Quem não quiser voluntariamente servir a Deus que é compassivo e perdoador, submeter-se-á ao domínio de um deus perverso, sem compaixão, que impõe a obrigação de seus servos lhe prestarem culto, através da prostituição, das blasfêmias, do jugo dos vícios, das drogas e de tantas coisas que o homem liberto jamais se submeteria.



Muita gente corre atrás de mensagens de deuses estranhos como o esoterismo, horóscopos, parapsicologia, e tantos outros, apesar das ordens expressas de Deus contra essas coisas. Até mesmo muitas pessoas que se dizem cristãs estão a se envolver com toda sorte de misticismo. Estão a prestar serviços na preparação do reino do Anticristo que governará por pressão e ditatorialmente sobre aqueles que hoje estão espontaneamente lhe sendo serviçais. Tudo está sendo preparado para a implantação deste reino perverso. Quando estas pessoas se derem conta então será tarde demais para retornarem do seu caminho. O povo de Deus, contudo, está vigilante e não se deixará levar por ventos de cultos e doutrinas estranhas e poderá dizer como Israel juntamente com Elias no monte Carmelo: “Só o Senhor é Deus”.


Pr.João Q. Cavalheiro

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